Arruinado pelo design

Esse livro me foi recomendado em tantos lugares diferentes que não podia deixá-lo de fora. Então chegou a vez de “Ruined by Design: how designers destroyed the world, and what we can do to fix it” (tradução livre: “Arruinado pelo design: como os designers destruíram o mundo, e o que podemos fazer para consertar isso“, de Mike Monteiro.

A capa já é dramática: uma bomba atômica explodindo sob um filtro vermelho e, na frente, uma chamada para que os trabalhadores da Amazon se reúnam em um sindicato para lutar por condições de trabalho decentes. Mais panfletário, impossível. Mais necessário, impossível também.

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Lembranças

O livro “Lembranças”, de Munir Charruf, veio parar nas minhas mãos porque vi uma resenha no Instagram, de um moço que eu sigo. Ele parecia empolgadíssimo e acabei sendo contagiada. Assim, encomendei meu volume para a Valéria do Clube do Livro de Münster, que traz a papelada para cá (eu só consigo ler em papel, desculpaí…).

Olha, o que posso dizer? Que o livro está longe de ser ruim, mas também não corresponde tanto assim aos comentários do rapaz (as percepções são diferentes, então isso é bem normal).

O autor pegou elementos de Admirável Mundo Novo (a droga Soma), The Handmaid’s Tale (mulheres sendo usadas como reprodutoras contra a sua vontade), 1984 (o Grande Irmão monitorando tudo pelas telas), e Fahrenheit 451 (a ausência de livros e a vida vivida em telas), Matrix (as pílulas azul e vermelha)  e mais algum agora que não estou me lembrando onde as pessoas não têm memória por mais de 24 horas, e fez essa distopia mix — melhores momentos…rs

Vamos ver então como ficou a história.

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O mapa da cultura

Esse livro é um clássico e é sucesso desde que foi lançado, há 10 anos. Estava esperando a vez dele na minha pilha e eis que chegou a hora do “The culture map: decoding how people think, lead and get things done across cultures” (tradução livre: “O mapa da cultura: como as pessoas pensam, lideram e fazem coisas em diferentes culturas“), de Erin Meyer.

O livro merece realmente toda a fama que tem porque, além de bem escrito, é muito útil, principalmente para pessoas que trabalham com profissionais de outras nacionalidades ou fazem negócios internacionais.

Erin nasceu e cresceu nos Estados Unidos, mas hoje mora na França, onde é pesquisadora e professora do INSEAD, uma das escolas de negócios mais prestigiadas no mundo. O trabalho dela é preparar executivos internacionais para morar, trabalhar e negociar em outros ambientes culturais.

No início, achei que fosse algo parecido com o excelente “O código cultural”, de Clotaire Rapaille (resenha nesse link), mas a abordagem é totalmente diferente (mas igualmente interessantíssima).

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Oração para desaparecer

Mais uma obra que chega às minhas mãos graças à Valéria Bernardelli Jansen, do Clube do Livro de Münster. Dessa vez é “Oração para desaparecer”, de Socorro Acioli.

Eu tinha gostado muito do seu livro anterior “A cabeça do Santo” (resenha aqui) e, quando soube que a autora tinha lançado mais um romance, pedi para a Valéria.

A Socorro é professora universitária e tem uma cultura sobre os costumes e lendas do Brasil vasta e aprofundada; ela usa esses elementos como ninguém em suas histórias.

Para mim, que não sou religiosa ou mística, “Oração para desaparecer” é uma fábula belíssima — mas tem potencial para que pessoas mais espirituais que eu tenham uma leitura com mais camadas e significados. 

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De volta a Dresden

Minha primeira visita a essa cidade linda foi em 2012 (veja o relato aqui), numa viagem com a escola com mais 20 pessoas (eu ODEIO excursão com todas as minhas forças…rs). Fiquei decepcionada porque não consegui ver quase nada (complicado andar em bando)e prometi a mim mesma que iria voltar.

De fato, voltei sozinha e com mais tempo em 2020 (só me esqueci de publicar as fotos aqui no blog.

Mas foi muito, mas muito bacana! É que lembro que um dos primeiros posts do meu blog, em meados de 2007 (faz temmmmpo…), publiquei uma foto de uma instalação de canos que “cantava” com a água da chuva. De vez em quando alguém publica de novo e a notícia vai e volta. Naquela época, a Alemanha para mim era um lugar tão distante que nem registrei mentalmente que a obra ficava em Dresden, a 190 km de Berlim.

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Missioni

Olha, preciso falar a verdade: eu detesto livro de guerra. Eu já li muitos e sofro demais. Quando eu leio, é como se eu me teletransportasse para o lugar e a situação, e guerra é uma das coisas que me deixa mais indignada, nervosa e revoltada no mundo. Eu li esses dias uma frase que é bem verdade (não tinha o autor, infelizmente): ler é uma coisa muito louca, pois você simplesmente alucina sob o efeito de uma folha de papel impressa. O livro é uma droga poderosíssima. E é isso mesmo.

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Mundo sem amanhã

Achei esse livro num mercadinho de livros usados e adorei; preciso ler mais coisas desse autor!

Welt Ohne Morgen” (tradução livre: “Mundo sem amanhã”), de Tom Roth (um dos pseudônimos de Tibor Rode) é um thriller desses de deixar a gente grudada no livro até terminar. Com capítulos curtos e cheios de suspense, já dá para imaginar um filme.

O autor trabalha como jornalista, Especialista em TV, dá aulas na universidade e hoje atua também como advogado e tabelião. Ele estudou mudanças climáticas e certificação de CO2.

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