A amante do poliglota

Um os principais atrativos de um romance, para mim, é o lugar onde se passa a história. “Die polyglotten Liebhaber” (tradução livre: “A amante do poliglota”), da sueca Lina Wolf, se passa em três cidades: Malmö e Copenhagen, duas que tive a oportunidade de visitar esse ano e Estocolmo, que ainda está na minha lista.

A mim me encanta a descrição dos cenários e os hábitos dos moradores. A trama é bem construída e começa contando a história de Ellinor, nascida em uma cidadezinha perto de Malmö e que depois vai morar um tempo com o namorado em Copenhagen. A moça parece não ter problemas financeiros, pois aparentemente não trabalha e não tem nenhum objetivo profissional na vida. Já próxima dos 40 anos, vai se mudando da casa de um namorado para o outro até que conhece pelo Tinder um homem que mora em Estocolmo. Ela vai visitá-lo e, apesar de uma briga violenta no primeiro encontro, acaba ficando na casa dele em definitivo.

Como vingança pelo estupro que sofre, Ellinor destrói os originais de um livro que o tal homem estava analisando (ele tinha mostrado a ela um pouco antes da briga). Aí a história começa a se desdobrar e surgem outros personagens, envolvidos com o tal autor. “Die Polyglotten Liebhaber” é o título do livro que foi queimado.

Max, o tal que escreveu o livro, aparece na segunda parte. Ele é poliglota e muito culto, porém, um típico macho escroto e mesquinho. Nesse capítulo ele mostra toda a sua baixeza nos relacionamentos, até que chegamos à terceira parte e conhecemos Lucrezia, mais uma vítima do sujeito.

Lucrezia é de família nobre italiana e mora em Roma. Ela conta todo o escândalo e o estrago que Max provoca em sua família, de caso pensado. E mais não posso contar, para não dar spoiler.

A história é muito bem escrita e prende até o final.

Recomendo bastante.

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