Budapeste, sua linda!

Nossa, eu já tinha ouvido falar da beleza de Budapeste, mas não esperava ficar tão encantada. Por isso, vou levar todo mundo para conhecer esse lugar antigo e surpreendente. A língua é um capítulo (e um post) à parte…

Quando eu falo em antigo, não estou brincando. O lugar foi ocupado primeiro por tribos celtas, no ano 1 D.C. Depois vieram os romanos (tem um castelo lá construído nessa época; foi incendiado e destruído mais de uma vez, mas as fundações são as mesmas). Aí vieram os hunos (aqueles discípulos do rei Átila) no século V, depois os mongóis, no século XIII e ficaram por ali até a ocupação otomana, em 1541. Vem daí a herança dos banhos turcos, presentes em toda a cidade (os banhos são tão importantes para a cultura desse povo, que fiz um post só sobre eles; clique aqui para ler).

Os húngaros lutaram 150 anos para se libertarem do domínio turco, e só conseguiram com a ajuda da Áustria (aí formando o poderosíssimo Império Austro-Húngaro). Eles eram ricos e poderosos (os cafés de Budapeste têm Viena como modelo), mas com a Primeira Guerra Mundial, a Hungria perdeu quase 70% do seu território e ficou pequena (a Áustria também se deu mal). Aí vieram os soviéticos e ocuparam todo o leste europeu. Só com a queda do muro de Berlin, em 1989, é que o país passou, pela primeira vez na sua história, a ser realmente independente.

Budapeste é uma cidade dividida pelo rio Danúbio (que não é azul coisa nenhuma). O lado montanhoso, onde ficam os principais palácios e castelos chama-se Buda. O lugar deve ser bom para meditar, pois desse lado não acontece nada…

A margem completamente plana, mais agitada e cheia de cafés, teatros, óperas e comércio, é Peste. Do alto dos morros de Buda dá para ver toda Peste; é lindo! A cidade só se unificou em 1873 e para ligar as duas partes há 8 pontes antigas e duas novas (o comprimento é mais ou menos o mesmo da Hercílio Luz, em Floripa; menos de 1 km).

Aliás, olha só uma curiosidade sobre o nome: há duas teorias para a origem do nome. Uma diz que Buda vem de Bleda, o irmão de Átila, rei dos Hunos. A outra é que vem de uma palavra eslava que significa água (e seria a tradução de Aquincun, o nome que os romanos deram ao lugar por causa de suas fontes termais). Já Peste vem de uma palavra eslava que significa caverna ou fogo (provavelmente onde eram os acampamentos originais).

Bom, a arquitetura do lugar é de cair o queixo e os três dias que fiquei lá só deram para amostra. Dei uma geral nas duas partes, mas não consegui visitar nenhum museu com calma (exceto o Memento Park, que é pequeno e tem um post especial aqui), não fui à ópera e não assisti nenhum espetáculo. Mas acabei todos os dias com pés nas bolhas…rsrsrs

Vem dar uma olhada e veja que não estou exagerando…

Buda: morro do Castelo, cheio de igrejas e construções históricas (o telhado dessa aí é impressionante)
Essa fortaleza é chamada "Bastião dos Pescadores", pois numa das guerras, os pescadores é que ajudaram a defender a cidade
Buda é bem calminha, tudo na mais santa paz
Buda: do morro mais alto, chamado Cidadela, dá para ver Peste inteirinha
Um dos inúmeros cafés de Peste
Nossa, tem tanta vida cultural em Peste que não dá nem para escolher o que ver (e o que são esses arbustos-parafuso? Amei!)
Mercado público de Peste: além de zilhões de tipos de pimentões e todos os seus familiares, também tinha peles de Mink (!) e carne de pinguim (!!!!)
Praça dos heróis, em Peste, em homenagem aos que lutaram nas guerras todas em que a cidade se meteu
O Parlamento, em Peste, à beira do Danúbio, é hipnotizante...

Quer ver mais de Budapeste? Então clica aqui e vai direto no Flickr!

12 Responses

  1. Clotilde♥Fascioni
    Responder
    28 junho 2012 at 10:18 pm

    Que lugares lindos. A cada dia, a cada viagem,um mundo novo. Bjs♥

  2. Luciana Castelan Bastian
    Responder
    28 junho 2012 at 11:41 pm

    Oi Ligia, que relato maravilhoso, é com muito prazer que venho te acompanhando e vê só que coincidência: Agora em julho vamos viajar em familia para comemorar os 15 anos da caçula Flávia e seu sonho é Paris, então serão 10 dias na Cidade Luz, e ficamos algum tempo pensando o que fazer com os nove dias restantes, bem, depois muitas conversas escolhemos conhecer Viena e Budapeste, e depois de passear pelo booking procurando onde ficar nesta cidade resolvo te visitar e descubro essas imagens maravilhosas. Obrigada Ligia, já comecei a viajar contigo, hehe. Podes me indicar o hotel que ficaste? Vou viajar mais pelo flickr.
    Um beijo de Floripa
    Lu, Aguinel, Júlia e Flávia

    • ligiafascioni
      Responder
      29 junho 2012 at 5:07 am

      Oi, Luciana!
      Que bom que o post ajudou você a se inspirar!
      Sobre o hotel, é que meu marido foi para um congresso, então fiquei no hotel em que ele estava (fui só de carona…eheheh). O hotel era ótimo, mas ficava num local afastado da cidade do lado Buda (perto da universidade) e não o recomendo por isso. Sugiro você procurar alguma coisa do lado Peste, que é mais animado e tem mais recursos (bares, restaurantes, etc), além de mais hoteis. Não tenho nenhuma dica para dar agora, mas uma boa referência que sempre uso é o Tripadvisor.com.

      Ah, e uma dica se for de avião: eles têm dois aeroportos diferentes com o mesmo nome. O que diferencia um do outro é o número do terminal. O mais antigo é o terminal 1 e o mais novo, terminal 2. A EasyJet me mandou um e-mail quando eu já estava lá dizendo que o terminal tinha mudado e eu nem liguei, pois nos outros aeroportos não faz muita diferença; aqui isso significa que você vai embarcar em outro aeroporto. Não sei para que economizar em nome de aeroporto, mas se a pessoa não se ligar, pode até perder o voo se for parar no terminal errado… fique ligada!

      Beijocas e ótima viagem!

  3. 11 julho 2012 at 11:52 am

    Parabéns Lígia,

    Como sou filho de hungaros, fiquei encantado com a sua reportagem sobre Budapeste.
    Tenho um primo que mora em Buda…é fantástico mesmo. Até o Diabo respeita a língua, certo?
    Grande abraço,

    Daniel Regöczi

    • ligiafascioni
      Responder
      11 julho 2012 at 12:15 pm

      Aahaha… que bom, Daniel!
      Puxa, deve ser o máximo ter ancestrais naquelas terras (e com aquela língua!).
      Abraços e parabéns 🙂

  4. Rosana
    Responder
    21 julho 2014 at 4:01 am

    Lígia, parabéns pela sua página. Eu agradeço, pois antes eu havia pesquisado vários blogs para programar minha ida a Budapeste em setembro 2014, e foram as suas fotos em cores mais vivas e as suas descrições simples e entusiasmadas que me deram o maior gás. Agora estou em contagem regressiva. Valeu!

    • ligiafascioni
      Responder
      22 julho 2014 at 10:10 am

      Obrigada e tomara que a sua viagem seja tão bacana quanto a minha!
      Divirta-se!
      Abraços 🙂

  5. Rosana
    Responder
    21 julho 2014 at 4:27 am

    Lígia, acabei de ver que vc mora em Berlim. Berlim também está no meu roteiro, e vc arrasou novamente nas informações. Vc é 10 em comunicação. Não é a toa que ganhou um prêmio alemão com suas páginas. Vc é surpreendente com seus livros, cursos e palestras. Entrei para me informar sobre Budapeste, e me deparei com uma profissional brasileira fantástica que faz bonito no exterior. Um orgulho para as mulheres. Parabéns novamente.

    • ligiafascioni
      Responder
      22 julho 2014 at 10:10 am

      Puxa, obrigada, Rosana!
      Vamos ver se a gente toma um café quando você vier conhecer Berlin!
      Abraços e obrigada pela visita <3

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