Ler é o melhor remédio

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Se tem uma coisa que os alemães gostam mais do que cerveja e salsicha, são histórias policiais. E porque amam esse gênero, são muito bons nisso. Toda livraria que se preze tem pelo menos uma seção muito bem sortida de livros policias (que, em alemão, se chama Krimi); é mais ou menos como as livrarias brasileiras e suas seções de auto-ajuda. Simplesmente não existe livraria alemã, seja de livros novos ou usados, em que uma parte significativa do acervo não seja sobre essas histórias.

Daí que para um escritor ganhar um prêmio alemão no gênero tem que ser mesmo muito bom. Pois Wolfgang Schorlau, autor de Die letze Flucht (tradução livre: “A última fuga”), de 2011, conseguiu esse feito em 2006. E não foi à toa.

Quem me emprestou a obra foi a querida Elia Dolya e devorei tudo nesse final de semana, mesmo estando cheia de trabalho para fazer. A Elia deve ter achado bacana também porque, além da história se passar em Berlim, fala da relação entre os médicos e a indústria farmacêutica (ela é cardiologista).

A trama gira em torno de um caso de abuso infantil seguido de assassinato de uma menina de 9 anos. O acusado é um médico professor da universidade, pesquisador de novos medicamentos. Ele é preso e seu advogado pede ajuda do investigador particular, ex agente da Polícia Federal, Georg Dengler (fiquei sabendo que esse é o sexto caso do personagem). Dengler viaja de Stuttgart (onde mora) para ajudar a resolver o caso em Berlim. Aí está parte da graça do livro; dá para reconhecer absolutamente todos os lugares, até um grafite numa parede que Dengler observa de passagem.

A trama é muito bem amarrada (pelo menos não achei furos) e prende até o final.

Não sei se tem tradução em português, mas recomendo muitíssimo a quem tiver acesso. Virei fã. Obrigada, Elia!

1 Response

  1. 16 novembro 2015 at 9:31 pm

    Que pena que não tem o título em português.
    Bj e fk c Deus
    Nana
    http://procurandoamigosvirtuais.blogspot.com

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