Meu primeiro Neil Gaiman

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Não sou propriamente fã de histórias em quadrinhos fantásticas e estou em falta com o cinema já faz um tempo; então, que fique claro, já ouvi falar do Sandman, mas não muito mais que isso.

Mesmo assim, queria muito conhecer esse autor tão consagrado e admirado. Como estou buscando inspiração para escrever uma história de ficção (minha primeira), achei que Gaiman poderia ser uma boa referência.

Na verdade, esse não é o primeiro livro que leio dele, mas penso que “Make Good Art”/”Fantastic Mistakes” não conta, pois é apenas o relato de sua palestra mais famosa (Gostei muito, mas a engenheira dentro de mim está um pouco cansada desses discursos de “siga sua paixão”, “quebre as regras”, “largue a escola”, etc. Pareceu-me um pouco Tom Peters nos anos 2000).

Enfim, lá fui me embebedar no “The ocean at the end of the lane“. Olha, respeito por esse sujeito, viu? Uma história envolvente, criativa, e muito bem escrita.

Conta uma parte da infância de um menino que, aos sete anos, encontrou um homem morto dentro do carro de seu pai, que havia sido roubado. O mineiro, o mesmo que matou seu gatinho por engano, havia se suicidado por problemas com dívidas de jogos. Na oportunidade, conheceu uma família de mulheres misteriosas que morava quase em frente ao local onde o carro havia sido encontrado.

A partir daí, eventos fabulosos e assustadores acontecem, sempre relacionados com a família de mulheres, cuja menina, de 11 anos, torna-se sua melhor amiga.

Triste, profundo, encantador.

Vou procurar outros.

Neil não é famoso à toa não.

1 Response

  1. Eliene
    Responder
    28 setembro 2015 at 11:44 am

    Ligia,

    Adorei o “Gostei muito, mas a engenheira dentro de mim está um pouco cansada desses discursos de “siga sua paixão”, “quebre as regras”, “largue a escola”, etc.”!

    E nem sou engenheira!! rs Esse tipo de “ideal de vida” faz parecer que toda outra forma de viver não vale a pena!! rs Como se sempre houvesse algo melhor para vivermos e estivemos o tempo todo perdendo tempo!! Vejo como uma massificação do individualismo! Ora, se todo mundo fosse gênio criador o tempo todo, nunca teríamos saído da idade da pedra, pois ninguém iria usar o conhecimento do outro e amplia-lo. Bjs

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