Moda estranha

Na semana passada, quando estive em Blumenau, estava havendo um feira têxtil de grande porte. Por conta disso, praticamente todos os outdoors da cidade estampavam propagandas de empresas expositoras. Duas me chamaram especial atenção: uma chamada Cativa e outra, Colisão. Dois nomes com significados muito negativos. Que valor positivo pode ser atribuído à marca Cativa, já que o nome quer dizer presa, encarcerada, sem liberdade, mantida como escrava?

cativa

E de uma colisão só pode sair coisa ruim, ou pelo menos com grande potencial de estrago, né não? Ainda mais com um estillo assim, digamos, tão explosivamente cósmico…

Pois enquanto procurava essas duas marcas na Internet acabei achando outras, igualmente infelizes na escolha do nome (não vamos discutir o design dos casos abaixo porque nem sei por onde começar…). Vê se não é mesmo.

Não me perguntem o que vem a ser um xarão. Não faço a menor ideia...
Sempre que penso em rabisco, penso em algo mal acabado... como essa marca.
Será que é moda para mulheres grandes ou muito peruas? O que eles quiseram dizer com excessiva? Bom, pelo menos a marca está coerente: bem excessiva mesmo!
Pra que tanto "s"? E o que é esse @?

12 Responses

  1. 25 maio 2010 at 11:22 pm

    Tosquice não tem limites, não é mesmo?

  2. 25 maio 2010 at 11:30 pm

    Noooosssa…. “Colisão” e “Intenssiv@” são campeões… O “Cativa” é o menos pior deles, pois ainda pode ter alguma conotação positiva (se, com boa vontade, associarmos a palavra ao verbo “cativar”; provavelmente eles pensaram em uma moda “que cativa” — hehe). 😉

  3. 26 maio 2010 at 8:24 am

    Oi Ligia!
    Espero que essas ‘pérolas’ não tenham sido desenvolvidas por designers.
    Beijos!
    Mônica

  4. Marta
    Responder
    26 maio 2010 at 2:33 pm

    Lígia, sou leitora assídua do seu blog, porque também adoro gatos e admiro seu trabalho!!Mas esse seu post não foi feliz!!!
    Primeiro, porque como lojista estive na feira e não encontrei a marca Cativa lá, e segundo porque me dei ao trabalho de procurar o significado de “cativar” no dicionário e olha o que encontrei “Ganhar a simpatia, atrair, seduzir.” Então acredito que talvez devesse rever o conteúdo. Podemos sim, analisar o que está ao nosso redor, mas não devemos emitir opiniões sem fundamento!!!
    Abraços,
    Marta

    Lígia Fascioni: Oi, Marta! Sinto muito se ofendi alguém, realmente não era a minha intenção. Apenas analisei o que vi ao meu redor; não disse que fui à feira, apenas disse que vi outdoors espalhados pela cidade. Sobre o significado da palavra cativa, dei-me ao trabalho de colocar um link sobre a palavra na segunda vez em que ela foi citada no post. O link remete diretamente para o dicionário Aulete da Língua portuguesa. Olha o link aqui novamente (observe que a palavra procurada é “cativo” porque esse dicionário, como todos os outros, registra apenas o substantivo masculino).

  5. Malu
    Responder
    26 maio 2010 at 2:43 pm

    Em primeiro lugar o titulo de seu post está extremamente equivocado, uma vez que você escreve para criticar o nome das empresas e não a moda que as mesmas produzem.

    Em segundo lugar, eu visitei a Feira e a Cativa está entre as GRANDES empresas que deixaram de participar do evento este ano, portanto, mais um erro grotesco de sua parte mencionar a empresa como expositora.

    Sou a favor da liberdade de expressão, mas não da opinião sem fundamentos concretos, sem estudo de caso. Para falar, principalmente quando trata-se de falar mau, é no minimo necessário ter conhecimento geral de causa.
    Me desculpe, mas você não conhece a história das empresa mencionadas acima, portanto, seu conteúdo não tem fundamento algum.

    O que me deixa mais admirada é que estando em Blumenau, cidade maravilhosa… Não tinha um assunto mais interessante para dividir com os leitores do seu blog?


    Lígia Fascioni:
    Oi, Malu! Puxa, não tinha ideia que alguém pudesse se ofender tanto, uma vez que não usei nenhuma palavra pejorativa para depreciar a marca. Apenas analisei seu significado do nome de uma maneira totalmente isolada da empresa, que nem conheço. A análise é apenas do nome, não da empresa (imaginei que isso estivesse claro, pois essa é a prática corrente nesse blog).

    Sobre a presença da Cativa na feira, disse apenas que vi outdoors pela rua; sendo ela uma empresa têxtil e tendo tantos outdoors veiculados na semana da feira, não penso que deduzir que a empresa está participando configure um erro grotesco.

    Não estamos estudando aqui as empresas, seu sistema de gestão ou o que seja. Convidei o leitor para analisar criticamente os nomes escolhidos e não vi problema algum, uma vez que ninguém está desrespeitando ou desmerecendo as respectivas empresas.

    Como estudiosa da área de identidade corporativa, interesso-me muito em conhecer e analisar a forma como as empresas se comunicam publicamente. Não é raro elas comunicarem uma coisa e serem outra (tenho um livro publicado especialmente sobre esse assunto intitulado “Quem sua empresa pensa que é?”).

    Sobre Blumenau, concordo que a cidade é maravilhosa, mas você deve ter visto no post anterior que choveu o tempo todo em que estive lá. Só vi outdoors mesmo… espero voltar outras vezes com assuntos mais interessantes.

    Realmente lamento que você tenha se ofendido tanto, mas, sinceramente, não vejo motivo para tanto…

  6. Matheus Silva
    Responder
    26 maio 2010 at 3:10 pm

    Seu comentário: Que valor positivo pode ser atribuído à marca Cativa, já que o nome quer dizer presa, encarcerada, sem liberdade, mantida como escrava?

    Olá Lígia, se você ao menos digitasse Cativa Têxtil no google, observaria os valores positivos que a empresa poderia atribuir ao seu insignificante conhecimento.

    Abraços
    Matheus Silva

    Lígia Fascioni: Oi, Matheus!

    Não sei porque é tão difícil entender que não estou avaliando a empresa, apenas a palavra que ela escolheu para representá-la como seu nome.

    Se a empresa tem tantos valores positivos, então, de fato, ela não está sendo coerente na comunicação deles. Há um ruído na transmissão da mensagem, entende? É isso que estou tentando fazer com que as pessoas entendam: a empresa pode ser competente e sensacional, mas ela tem que comunicar isso com coerência.

    Usar um nome que pode ser interpretado de maneira negativa não contribui para que esses valores sejam consolidados como marca; uma escolha infeliz pode, inclusive, prejudicar uma marca ou limitar o seu crescimento. O nome é uma parte muito importante da marca para que ele possa dar margem a interpretações negativas.

  7. Marta
    Responder
    26 maio 2010 at 3:14 pm

    Oie Ligia!
    Acho que o mais interessante seria colocar o link para o verbo “cativar” que é na minha opinião o que sugere o nome!
    Do Aurélio: Cativar – v.t. Tornar cativo; prender, acorrentar. / Ganhar a simpatia, atrair, seduzir. / &151; V.pr. Tornar-se cativo, perder a liberdade; enamorar-se.
    O cuidado deve estar sempre em analisar sem emitir opinião… Se pesquisar um pouco sobre a origem do nome na empresa (fiz uma pesquisa rápida no Google) vai perceber que não tem nada de negativo, pelo contrário!
    Abraços,

    Lígia Fascioni: Oi, Marta! Não se trata de procurar o que é mais interessante; a palavra é “cativa”, não cativar…

    O que estou analisando aqui (e emitindo opinião) é que esse nome dá margem a uma interpretação negativa. Fato. É isso que estou tentando dizer: uma empresa tão sensacional não pode deixar a bola quicar dessa maneira. Ela tem que se resguardar de todas as formas, mantendo sempre a coerência na comunicação.

    Se há alguma possibilidade do nome ser interpretado de maneira negativa, então ele deve ser evitado para não prejudicar a consolidação da marca.

    Pela minha análise rápida, o nome não está coerente com o que a empresa quer comunicar. É isso.

  8. Antônio Bastos
    Responder
    26 maio 2010 at 3:23 pm

    Oi Lígia, nen tudo que vizualizamos de comunicação é perfeito não é mesmo?

    Mas acho que alguém tão especializada assim poderia melhorar o layout deste site!

    Lígia Fascioni: Oi, Antônio! Ainda bem que nada é perfeito, senão morreríamos de tédio e não teríamos o que estudar e aprender.
    Sobre o site (ou blog, não entendi bem), estou aberta a sugestões! É claro que dá para melhorar (sempre dá!).

  9. Malu
    Responder
    26 maio 2010 at 3:37 pm

    Ok. Para ficar claro, vamos relembrar seu post:
    “praticamente todos os outdoors da cidade estampavam propagandas de empresas expositoras.” – só vejo uma interpretação para a palvra: expositor.

    Não gostaria de entrar na discusão do quesito formação, mas… talvez seja por isso que as informações do seu blog não estão sendo entendidas… estão sendo mal interpretadas pois provavelmente estão mal escritas…
    mas, quem sou eu pra falar… se está decido que não se precisa mais de diploma para escrever… qlq pessoa assim o pode fazer…

  10. 26 maio 2010 at 3:45 pm

    Prezada Lígia

    Gostaríamos de responder a um comentário seu no blog, referente à Cativa Têxtil. A empresa realmente tem outdoors espalhados por Blumenau e centenas de outras cidades brasileiras, tendo em vista que essa é uma das várias estratégias de comunicação da empresa, com sede em Pomerode. Porém, não participou da Texfair, como você mesmo já salientou ao responder os posts de seu site. Reforçamos que graças ao empenho, dedicação, patriotismo e ver nas pessoas as peças-chaves para o sucesso, que a indústria chega em setembro de 2010 aos 22 anos de atividades ininterruptas e figurando entre as cinco mais referidas empresas do setor. A meta é estar entre as quatro mais reconhecidas até 2012. Tamanho esforço se dá não pela imagem negativa do nome, como você se referiu, mas sim pelo significado positivo da palavra, reconhecido pelos dicionários da Língua Portuguesa. Eles apontam o verbo cativar com o significado de ganhar a simpatia, atrair, seduzir. Verbos que movem todos os 1,6 mil colaboradores da empresa, em cinco unidades industriais no Brasil.

    Obrigado por nos permitir este esclarecimento
    Atenciosamente

    Ricardo Ruas
    Diretor de conteúdo da Oficina das palavras

    Lígia Fascioni: Oi, Ricardo!

    Obrigada pelo esclarecimento e gostaria de deixar claro que não tenho absolutamente nada contra a empresa, que nem sequer conhecia. Tudo indica (inclusive pela defesa apaixonada da marca) que ela é muito admirada.

    Porém, como profissional, preciso levar em consideração todos os significados a que um nome pode remeter (faz parte da análise de uma marca). E a palavra cativa pode sim ser interpretada de maneira negativa, prejudicando a intenção da comunicação. Infelizmente (ou felizmente), não temos controle sobre a forma como um nome será interpretado após ganhar as ruas; por isso a minha preocupação. Não basta apenas ignorar o significado negativo, pois ele continua existindo e é preciso administrá-lo.

    Gostaria que não interpretassem minha análise como uma crítica vazia e sem objetivo. De fato, interesso-me muito por esse tipo de situação, uma vez que minha área de estudo é identidade e imagem corporativas.

    Minha intenção foi fazer uma análise mais crítica e menos apaixonada e, sinceramente, espero poder ter contribuído com a empresa.

  11. Flávio Cabral
    Responder
    26 maio 2010 at 4:31 pm

    Oi Lígia,
    Entendo perfeitamente o que você quer dizer, e faço suas as minhas palavras. Podemos entender a palavra “cativa” como um verbo, do verbo cativar e também podemos perceber “cativa” como uma palavra que qualifica alguém ou alguma coisa. Confesso que quando li o seu post pela primeira vez, a palavra “cativa” me remeteu a presa, encarcerada, etc… e realmente vista por esse lado, não agrega nenhum valor a marca, muito pelo contrário. Só pelo fato de termos pensado dessa forma, tanto você como eu, quer dizer que o nome da marca está mal empregado, se há alguma possibilidade do nome ser interpretado de maneira negativa, então ele deve ser evitado para não prejudicar a empresa que a marca representa. Acho que realmente você contribuiu para que a empresa, possa perceber que essa forma de enxergar a marca é real e pode acontecer.
    Um grande abraço,

    Flávio Cabral

  12. Malu
    Responder
    2 junho 2010 at 10:36 am

    Não é dificil entender o que a Ligia falou…. A questão Flávio é concordar com o que de fato está escrito no post….

    O post não contribuiu em nada com ninguém, pois em primeiro lugar nenhuma das empresas citadas acima pediram a opinião da doutora Ligia e muito menos sua análise sobre seus nomes, que na grande maioria são determinados por fatores pessoais e ninguém tem nada haver com isso. E em segundo lugar, grandes empresas não perdem seu precioso tempo dando atenção para blogs de pessoas desconhecidas.

    Desta forma, este será tb meu último post e acesso, ou talvez quem sabe acesse outro dia…. só pra rir um pouco…

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