Aula de anatomia. Só que ao contrário.

Olha, não quero estragar o natal de ninguém, mas não consegui esperar passar essa euforia pelo menino Jesus e sua respectiva família para mostrar mais algumas pérolas da arte renascentista que encontrei em alguns museus por aqui.

É claro que não fotografei os quadros mais lindos, pois há livros, sites e blogs que conseguem fazer isso muito melhor do que eu. Mas duvido que eles tenham esse meu olho podre para descobrir obras de arte com fundo trash…rsrsrsr

Então, já que o assunto é a pauta dessa semana em todo lugar, que tal um olhar diferente?

É impressão minha ou o seio dessa mãe é destacável?

Esse pode não ser destacável, mas está numa posição muito esquisita

Fico aqui pensando se isso não era um colar em forma de seio e o menino se enganou. Impossível um peito num lugar desses, quase pendurado no pescoço.

Puxa, vestir o menino de menina! Que maldade!

Não sei você, mas me deu medo. Tomara que não sonhe com esse menino aí...

Esse aí não sei quem é, mas devia ser parente ou próximo da família, pois fazia parte de um trítptico. Achei que não podia deixar esse tiozinho de fora, concordam?

Vergonheira

Ilustração: Ali Cavanaugh

Não, não é vergonha alheia; é minha mesmo. Preciso compartilhar esse momento com vocês porque ainda estou chocada…rsrsrsrs

Hoje havia poucos alunos na escola, então juntaram duas turmas e o clima ficou bem descontraído. Uma das professoras era ex-bailarina, então sugeriu que todos fizéssemos uma coreografia para aquecer e entrar no clima natalino (?!). Beleza, todos animados, e ela quis homenagear os presentes com danças que conhecia de cada país.

Adivinha que dança ela queria que EU FIZESSE para representar o Brasil? Ah, bons tempos em que o povo achava que toda brasileira sabia sambar…

Pois a professora me pediu para dançar um pouquinho de…CRÉU!!! Sabe aquele, com cinco velocidades, uma mais elegante que a outra? Vendo minha cara de choque, ela ainda fez uma demonstração, pois achou que eu não tinha entendido (eu também achei, mas era isso mesmo). Constrangimento velocidade mil!

Gente, sou uma pessoa aberta e participo de tudo quanto é brincadeira, mas créu não dá. Nem tenho recursos glúteos para praticar esse esporte. Tive que protestar repetindo: “Nein, nein, NIE!“.

A professora ficou um pouco chateada. Aí fizemos uma coreografia inspirada na Shakira.

Melhor assim…

Assim não dá

Estava eu toda faceira voltando da aula de trem, quando me deparo com uma paisagem dessas no caminho. Fui obrigada a descer correndo na estação e tirar umas fotos antes de continuar a jornada.

Como é que a pessoa vai se concentrar com um cenário desses? Vocês são testemunhas que estou tentando me disciplinar e ser menos andarilha, mas assim fica difícil…

Quase tive um ataque do coração quando vi essas cores

Não é para a pessoa perder o rumo?

Isso é que é ser colorida num dia cinza, heim, Berlin?

Arco-íris (ainda tem hífen?) mesmo sem sol

Se não estivesse tão frio, seria uma boa pedida passar a tarde lendo aqui, né?

Gente caprichosa

Aqui está um frio dos infernos (para mim o inferno é um lugar frio sem nada para ler) com muito vento e chuva. Continuo esperando a neve, que está mais de um mês atrasada (aquecimento global?).

Pois mesmo assim não é que tem gente que ainda se preocupa com os detalhes para fazer a cidade ficar mais bonita? Cada um faz a sua parte, por isso é que fica tão lindo. Como não amar?

George Clooney para presidente

Esses cartazes estão por toda Berlin, não tem como passar despercebido. Fui no site da campanha e vi que está também nas maiores cidades da Alemanha. Fiquei curiosíssima para saber o que era (quem não quer um presidente gato assim?).

Descobri que faz parte da estratégia de lançamento para o novo filme do George Clooney, onde ele faz papel de candidato à presidência dos EUA. Taí uma campanha bem-feita para divulgação de um filme; fazia tempo que um cartaz na rua não me deixava tão curiosa.

O site é super bem-humorado e lista 10 razões pelas quais você deveria votar nele e vão desde o fato de que o moço salvou centenas de criancinhas quando era o Dr. Ross (do finado “Plantão Médico) até ele ter namorado algumas das mulheres mais desejadas do planeta, como Michelle Pfeiffer, Jennifer Lopez e Julia Roberts. Sem dizer que ele sabe como ninguém como assaltar um banco, coisa super-útil para um presidente.

O meu voto já é dele. E o seu?

À procura de um quartinho

Imagem: Dominik Śmiałowski e Monika Prus

O processo de aprendizado do alemão tem me rendido ideias interessantes. É que nós brasileiros, quando aprendemos espanhol, italiano ou francês (não sou fluente em nenhuma delas, mas tenho os conhecimentos básicos), temos como prioridade aumentar o vocabulário, já que os idiomas latinos são relativamente parecidos. Em relação à gramática, é mais uma questão de fazer algumas adaptações ao que a gente já conhece, mas nada assim tão radical.

O inglês, apesar de mais diverso e sem a raiz em comum, tem uma estrutura gramatical mais simples do que a nossa, o que facilita bastante. Então, o foco é, novamente, o vocabulário.

Já no alemão, há que se lidar com os dois problemas ao mesmo tempo: aprender praticamente todas as palavras do idioma (não dá para aproveitar quase nada do que se trouxe de casa) e tentar entender a gramática, que define a maneira como as frases são construídas (claro que isso só se aplica a quem aprende depois de adulto e já está com as sinapses formadas; quem aprendeu em criança já cresce com o cérebro mais turbinado).

A verdade é que os alemães realmente pensam diferente da gente. A maneira como eles constroem as palavras (boa parte não tem no dicionário porque é urdida na hora, conforme a necessidade) é completamente fora de tudo o que eu já tinha visto e traduz bem a maneira como a cabeça desse povo funciona (não é melhor nem pior, apenas muito diferente). Eles vão juntando pedaços de outros vocábulos que, no contexto, mudam de significado e vão formando novas ideias.

Olha só um exemplo:

vor = antes de, diante

hängen = pendurar

Schloβ = fechadura (mas também pode ser castelo, palácio)

vor + hängen + Schloβ = Vorhängeschloβ = cadeado

Mas atenção: Vorhang é cortina e Schloβer é serralheiro. É genial, mas ao mesmo tempo, cheio de armadilhas!

A gramática também é um assunto à parte; até porque não é só uma questão de declinações, gêneros ou tempos verbais. É a maneira como a frase é elaborada que faz a coisa ficar mais estranha quando se tenta comparar com o português ou mesmo o inglês.

Não é raro eu conhecer o significado de todas as palavras de uma frase curta, e mesmo assim não ter ideia do que elas juntas querem dizer. Até porque os alemães têm uma predileção especial pela voz passiva (em vez de dizer “o gato comeu o biscoito” eles preferem “o biscoito foi comido pelo gato“), como se a língua já não fosse complicada o suficiente.

Quer ver? Olha só: “Um acht Uhr zieht Fritz an“.

Um = por volta de

acht = 8

Uhr = hora

zieht = verbo ziehen flexionado = puxar

Você pensaria: bom, às 8 horas o Fritz puxa alguma coisa. Mas não; é que na verdade, o verbo que está sendo usado é  anziehen, que significa vestir-se. É que em algumas situações, o verbo se despedaça e o “an” vai lá para o final da frase e muda tudo. Se a frase for bem comprida, imagina só o drama. Bolas, como lidar?

A questão é que aprender alemão é basicamente sair da zona de conforto onde a gente compara a novidade com o que já sabe e faz alguns ajustes. Aqui tem que começar do zero mesmo.

É preciso encontrar um lugar na cabeça que seja completamente livre de preconceitos, de ideias de como as coisas devem ser, e sem nenhum traço da nossa própria língua.

Tem que parar de fazer comparações e se entregar mesmo, de mente e coração abertos. Há que se achar um quartinho limpo dentro do cérebro, sem móvel nenhum, nem mesmo tapete. E começar a construir um jeito novo de dividir e usar os espaços, de se movimentar lá dentro, de fazer caber tudo sem atulhar demais.

Olha, confesso que depois de 3 meses de aulas diárias, estou com uma mochila cheia à procura do tal quartinho. Mas tenho certeza de que vai ser uma alegria essa “casa nova” para ajudar a ter ideias. É mais um ateliê morando em mim, são mais ferramentas para pensar, é mais uma coleção de lentes para ver o mundo.

Acho que o efeito é o mesmo se a pessoa tentar aprender russo, chinês ou árabe. Tem que virar tudo do avesso e abrir mais um espaço na cabeça para pensar de outro jeito. Que bom se todo mundo pudesse ter essa oportunidade, né?

Bom, não sei se vou ficar fluente no idioma de Goethe, mas pelo menos meu cérebro está fazendo bastante exercício. Do “alemão” é eu não preciso ter medo….eheheheh

***

PS: O “alemão” é como é conhecida popularmente a doença de Alzheimer, cujo nome é uma homenagem ao médico alemão que a diagnosticou pela primeira vez. Uma das maneiras mais eficientes de evitá-la, veja só, é exercitando o cérebro…

É nóis!

Puxa, fiquei bem contente com o resultado da entrevista que dei para a revista Móbile Lojista sobre Design Thinking. A repórter conseguiu resumir bem o que falei; facilita o fato da entrevista ter sido feita por e-mail, mas já tive experiências bem desagradáveis com palavras que foram colocadas na minha boca sem eu tê-las dito ou conceitos terem sido apresentados de maneira distorcida. Felizmente não foi o caso da Rosa Bittencourt, profissional competente como poucas.

Nas páginas da revista dá para o lojista ter uma boa noção do Design Thinking: o que é, para que serve, o que o empreendedor ganha com isso, quais são os riscos. Se quiser ler, é só clicar na figura abaixo para abrir o pdf completo.

Bom-humor no mato

Olha só que ideia sensacional a empresa FieldCandy teve para alegrar a vida de quem gosta de acampar: convidou artistas para estampar as barracas com os mais variados temas; achei muito divertido, além de original. Vê se não dá vontade de colocar a mochila nas costas e sair por aí procurando gramadinhos com vista…

São mais de 40 modelos e eu gostei mais desses aqui.

Achei a dica no CoolHunter, mas indo no site da empresa dá para ver todos os modelos.