Oi, Rodrigo!
Entendo perfeitamente seu argumento e concordo que design é serviço, não produto. Usei o sofá apenas para ficar mais didático e depois, voltando aos serviços, usei o eletricista com carteirinha do CREA. Só por curiosidade: você conhece algum designer que contrate eletricistas com carteirinha do CREA para fazer instalações elétricas em casa? Eu não. Você já contratou?
O que discuto aqui é a defesa de posições que os próprios defensores não praticam. Não estou fazendo juízo de valor, é uma opção de cada um – mas se vale para os designers, por que não valeria para os clientes?
Em tempo: tem um designer americano que defende que nenhum designer deveria se formar sem ter contratado outro designer para desenvolver sua própria marca e a preços de mercado. Concordo com ele que isso é fundamental para um melhor entendimento das complexidades do mercado.
Por último, mas não menos importante: ao contrário do que talvez possa parecer, defendo sim os designers, mas aqueles com visão de mercado mais amplas – esses jamais são confundidos com micreiros….
Abraços e obrigada pelo comentário. Sucesso!
]]>meu blog foi um dos campos de batalha onde opiniões divergentes se digladiaram sobre esse tema.
Sua argumentação tem sentido, lógico. Mas os pontos mais sutis são os que, na minha opinião merecem mais atenção. A comparação com os sofás não é feliz. Não vendemos mercadoria, não somos commodity. Lógico, se vc acha um saco de cimento mais barato, pode comprar.
A comparação é se você leva seu filho num médico beeeem baratinho. Ou num dentista de fundo de quintal. Um que talvez nem tenha diploma, seja só um protético esforçado. Não, né? E se pessoas mais pobres levam, não significa que deveriam.
Minha opinião contra esses sites é a criação de duas ilusões. A primeira, de que o cliente vai sim, ser bem atendido por esse serviço. A outra é que um designer pode ganhar uma “boa grana” fazendo logotipinhos para esse site.
A verdade é que o cliente estará quase sempre com um serviço mal feito e incompleto, e o designer perderá muito mais concorrência do que ganhará. Além disso, não gera relacionamento. O designer que atende o cliente não poderá evoluir com a convivência com a marca e nem o dono da marca terá alguém que realmente a entende.
Enfim… talvez seja muito barulho… mas não é por nada…
Você colocou de forma bem interessante essa discussão que está tirando o sono de muitos designers e afins.
Reforça, e muito, uma ideia que cultivo: o cliente é o foco, ou deveria ser, do trabalho do designer. E não a comunidade de designers pelo mundo. Muitos trabalham para agradar aos designers e se esquecem dos próprios clientes.
Há clientes que podem pagar milhares de dólares por uma identidade visual. Mas, outros reclamam quando pedem R$ 500,00.
Mas, o que eu acredito ser o mais importante é que o pequeno cliente procurou um designer para o serviço. Ele percebeu a necessidade e buscou pelo serviço.
Em outras épocas ele nem saberia da sua existência. Buscaria o filho da vizinha que gosta de desenhar.
Cabe à cada um valorar seu trabalho. Não se depreciar quando reclamarem do preço cobrado e viver feliz.
E quando aparacer um que pague pelo que você cobra, surpreenda-o com um resultado surpreendente. Superando suas expectativas.
Procurar aproveitar as oportunidades de trabalho que aparecem e fazer dessas uma ponte para seus próximos clientes.
Parabéns pelo artigo.
Forte abraço.
Oi, Leonardo!
Penso que esse pode ser realmente um caminho para recém-formados (apoio totalmente o trabalho de graça em ONGs).
Mas acho que o modelo do WeDoLogos não tem muito a ver com design. Um comentário no blog espaço design deu conta que o primeiro lugar do WeDoLogos apresentou centenas de alternativas e conseguiu ganhar pouco mais de R$ 300. Ora, esse rapaz não está fazendo design, ele está se divertindo e desenhando para ver se alguma coisa cola.
Como eu disse, não posso ser contra nem quem contrata e nem quem oferece serviços num site assim, mas não posso me furtar de duvidar da qualidade do serviço (ninguém consegue fazer um trabalho sério de design criando centenas de logos em poucos dias).
Uma alternativa para o pessoal que quer vitaminar o portfólio, seria montar uma central de design apenas para entidades sem fins lucrativos, onde a marca seria desenvolvida com método e de maneira séria, por preços simbólicos.
Mas isso ainda vai dar muito pano para manga…eheheh
]]>Ótimos os pontos expostos. Gostei em especial de sua atenção à importância da inovação no mercado de design. Quem fizer “mais do mesmo” fica sem espaço, cedo ou tarde.
Elaborei um artigo abordando como o WeDoLogos pode ser uma porta de entrada no mercado para estudantes de design e a primeira oportunidade para micro empresas/profissionais autônomos “experimentarem” o design. Quando puder acesse:
http://www.guiacmyk.com.br/blog/wedologos-e-a-discussao-sobre-o-valor-do-design
Abraços,
Leonardo Almeida
guiaCMYK: a nova forma de contratar gráficas.