Oi, Roberto!
Compreendo perfeitamente seu ponto de vista. Mas o que para mim permanece sendo um mistério (ou não) são os designers que conseguem atrair os cliente que conseguem entender o valor do design. Não é que o cliente difícil não exista, mas tem designer que atrai esse tipo. Por quê? O que gostaria de chamar atenção é justamente sobre isso: uma reflexão de como o profissional está se comunicando e se posicionando.
Mas concordo com tudo o que você disse; de fato, não é fácil 🙂
Abraços e sucesso!
O que acredito ser o gerador de muito stress, e escrevo como designer gráfico que trabalha há uns poucos anos no mercado, é exatamente esse choque de subjetividades. Como disse, trabalho há alguns anos na área, e em certos trabalhos, sinto-me como se não soubesse absolutamente nada da minha profissão, tão díficil é acertar e entender o que o cliente quer, ainda que se tenha em mãos um briefing completo. E já vi trabalhos de meses de estudo e projetação, serem jogados no lixo ou simplesmente abandonados. Tratados de semiótica? Entrevistas de profundidade? BMC? Jornada de pontos de contato? Deskresearch? Talvez ajudem em algo, e também podem levar a nada. Mas como você também explicitou, esses problemas de ordem comunicacional podem ser falhas do próprio designer.
Só sei que não há um problema que desperta tanta empatia em nós designers como esse que você abordou. Esse relação designer X cliente me aviva uma série de questionamentos, assim como alguns dissabores. Lembro-me de um livro chamado “How to be a graphic designer without losing your soul” que trata exatamente desses pequenas desavenças, mas em escala corporativa. Parece-me que praticamente todos os designers sofrem desse problema, do freelancer iniciante ao designer-chefe de um escritório da Pentagram. E acho que vão continuar
sofrendo, talvez não reclamando explicitamente de seu cliente, mas balbuciando uma palavra ou outra de raiva na frente do computador de vez em quando.