O hábito de colaborar

Resolvi comprar esse livro porque tinha gostado muito do The Creative Habit, da mesma autora. Então, The Collaborative Habit: Life Lessons for Working Together (tradução livre: “O hábito de colaborar: lições de vida sobre trabalhar juntos“), da Twyla Tharp, era uma sequência natural a ser seguida, né?

Para quem não viu o primeiro livro, o link da resenha está aqui.

Na verdade, mais do que uma sequência natural, a razão é porque cada vez mais me dou mais conta de que colaboração é a coisa mais importante que um ser humano pode aprender.

Tem um outro livro, um dos melhores que já li na vida, que se chama “A ilusão do conhecimento” (link para a resenha aqui), que corrobora a ideia de que a inteligência individual é superestimada; a capacidade de colaborar é muito mais importante.

Twyla não usa o termo líder diretamente, mas é, na verdade, exatamente o que ela faz, já que não existe colaboração sem liderança.

Mas primeiro vamos apresentar essa mulher maravilhosa e seu contexto, se você ainda não leu ou viu a resenha do livro anterior dela. 

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Como eu leio

Vendo os resultados no canal do meu podcast Minha Estante Colorida para 2023 no Spotify, fiquei sabendo que tenho os melhores ouvintes, e posso provar!

Fiquei muito feliz e grata com a audiência: 20% a mais de assinantes e para 468 pessoas, estou entre os 10 podcasts preferidos. Para 78 queridos, o Minha Estante Colorida é o favorito, o primeiro lugar no coração! Não é bom demais?

E o melhor: quase metade dos ouvintes chegam pelo WhatsApp (por recomendação de amigos, pois não mando links pelo WhatsApp para ninguém).

Pensando nisso, e imaginando que muita gente tem como meta de ano novo ler mais, vou compartilhar aqui os meus hábitos. São só meus, funcionam para mim, mas não são uma regra, ok? Cada pessoa é diferente e vai encontrar o seu jeito.

Vamos lá então!

Gostou e quer baixar o pdf com esses slides? Tá na mão! É só clicar aqui.

A cidade e a cidade

Um belo dia o Conrado (meu marido) estava na Dussmann, que é a maior livraria aqui de Berlim, procurando um guia para planejar a próxima viagem quando viu “The City& the City”, de China Miéville. Ele nunca tinha ouvido falar nesse autor (nem eu), mas ficou curioso com o resumo da história na quarta capa e impressionado pelos elogios do Neil Gaiman. Pois ele leu, gostou, recomendou, e estou aqui, passando adiante.

China é um dos principais representantes da New Weird Fiction (ou “Nova Ficção Bizarra”). É chamada assim porque a história acontece em um lugar estranhíssimo, mas não dá para chamar de ficção científica porque não tem nada de ciência. É pura imaginação, da mais criativa possível.

O autor britânico é professor universitário e ganhador de vários prêmios importantes com seus romances, contos, quadrinhos e novelas. 

Mas vamos a esse show de criatividade onde você fica pensando: de onde esse cara tirou essas ideias?

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A primeira impressão é mesmo a que fica?

Você já deve ter se cansado de ouvir falar que a primeira impressão é a que fica.

Pois não é o que os estudos mostram. Em “A melhor parte“, publicado em 2012 (veja aqui o link), eu mostro um artigo que fala justamente o contrário: a última impressão é a que fica.

Pois para ficar mais claro e amigável, temos aqui um pocket texto mostrando o que isso muda (ou devia mudar) na nossa vida.

Quer baixar o arquivo em pdf para ler com mais calma depois? É só clicar aqui.

Design é storytelling

Apesar do título, esse livro não é só para designers; acredito que todo mundo devia saber alguma coisa sobre o tema, já que o design afeta a vida de todos, indistintamente. A grande vantagem de livros assim, bem escritos, é que você não precisa ser um especialista no assunto para entender. A autora leva a sério a ideia de que design é para todos.

Eu acompanho a carreira da Ellen Lupton há mais de uma década; o primeiro livro que comprei dela foi “Pensar com tipos”, lá nos idos de 2006. Lupton é uma autoridade em design, curadora do Smithsonian Design Museum, de New York, professora de universidades, autora de vários livros de sucesso e ganhadora de muitos prêmios. 

Não bastasse tudo isso, essa linda é uma simpatia. Não a conheço pessoalmente, mas a sigo no Instagram e dá vontade de ser amiga dela. 

Pois “Design is Storytelling” já foi lido há bastante tempo. Essa semana precisei de umas ideias e resolvi revisitá-lo. Não falha nunca. Então vamos ver o que essa moça tem a nos dizer de tão interessante.

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A pequena biblioteca do tempo da guerra

Esse livro apareceu em newsletters, recomendações em um monte de lugares que eu frequento, a tal ponto que não pude resistir; afinal, é sobre uma biblioteca, o lugar mais sagrado do mundo para mim! Estou falando de “The little wartime library” (tradução livre: “A pequena biblioteca do tempo da guerra”), de Kate Thompson.

Eu devia ter desconfiado sobre o conteúdo só olhando o estilo da capa: uma belíssima moça sentada olhando o horizonte rodeada de livros, como se fosse uma pinup recatada com o título escrito em uma tipografia vintage… 

Preciso dizer que minha percepção sobre esse livro é dúbia; não dá pra dizer que amei, mas também não cheguei a desgostar. Pode ser que os pontos que me desagradaram sejam justamente os que vão conquistar você.

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Um final de semana em Dublin

Como o Conrado e eu fazemos aniversário juntos (20 de outubro), resolvemos passar o final de semana em Dublin. Chegamos na quinta-feira à noite (dia 19); então tivemos quase 3 dias inteiros para explorar essa cidade linda!

Na sexta-feira choveu torrencialmente o dia inteiro, com direito a ventania. Perfeito para visitar a biblioteca antiga do Trinity College e o livro de Kells. 

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Papyrus

Primeiramente queria agradecer à querida Tania Ziert Baião do Instagram que vive indicando livros bacanas. A Tânia recomendou a versão em português do livro da espanhola Irene Vallejo, cujo título ficou “O infinito em um junco: A invenção dos livros no mundo antigo” com uma ilustração de capa belíssima, muito mais que a versão em inglês, resumida para “Papyrus”, que foi a que eu li (e dei uma super mancada; depois me toquei que podia ter comprado o original em espanhol).

Bom, demorei mais para ler porque não queria que acabasse. Preciso dizer que, por ignorância em história antiga, tive que parar algumas vezes para me localizar na linha do tempo; nesse ponto ela não é muito didática. Mas a narrativa é tão deliciosa que a gente não quer mesmo que acabe.

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Face amarela

Achei esse livro porque estava sendo recomendado em vários lugares; desde o Goodreads até clubes do livro, lista de Best Sellers do NY Times e do The Guardian, indicações de outros autores bem cotados e famosos, incluindo o algoritmo da Amazon, que não para de me mostrar a capa (linda, por sinal). Um verdadeiro bombardeio, não tinha como ignorar. Pois sabe o que mais? Esse livro é praticamente um meta-livro. Eu explico.

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Tudo pode ser roubado

Nunca vou me cansar de ser grata à Valéria do Clube do Livro de Münster por me apresentar essas pérolas da literatura brasileira. Na verdade, essa linda faz mais que isso: ela importa os livros e manda para a casa da gente num pacotinho lindo e cheio de capricho. 

Pois a obra desse mês para a discussão em um grupo online é “Tudo pode ser roubado”, da Giovana Madalosso. A moça é jornalista, publicitária e roteirista; nesse livro ela mostra a que veio.

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