Abraço,
Renata
acho que percorri exatamente o caminho ao contrário do seu. sempre fui medíocre, na escola. fui sempre o pior dos alunos. acho que so tirei uma nota dez com mais de 25 anos!!!.
vou ser muito sincero, nunca tive muitas certezas. principalmnte em relação ao design. mas por caminhos tortos acabamos juntos, ou seja estudando muito. acho que um dos nossos privilégios é exatamente este a leitura.
nas palestras que faço, costumo dizer o seguinte: se vc tiver trigo e água, vc faz duas coisas, pão duro e hóstia. um não alimenta e outro não redime pecado. portanto no repertório está a chave das coisas que fazemos. quando vc não tem certezas(bem algumas temos que ter não é verdade) a busca incessante pelo conhecimento é maior.
assim se vc tem alho cebola temperos, vc pode fazer o que quiser. com o design e outras coisas tbém.
outra coisa que gosto são erros, aprendo mais com eles do que com meus acertos. os erros permitem revisar nossas visão, nossas atitude frente ao design e aprimorar. lembre-se a forma segue a falha!
é mais uma coisa, não acredito muito em”verdade”, mas sim em verdades, dado que elas podem ser muitas.
grande abraço.
paulo de tarso
]]>Já pedi para a Renata. Mas também achei alguns links procurando no google. Olha só:
http://en.red-dot.org/2404.html
http://chilepd.cl/content/view/4432/Kenji_Ekuan.html
http://fearlessreader.blogspot.com/2007/03/unpacking-japanese-lunchbox.html
Beijocas,
Lígia 😉
]]>” KENJI EKUAN
DESIGN PODE SER PARTE DA VIDA REAL
Por Cláudio Ferlauto
Kenji Ekuan nasceu em 1929 em Tóquio, Japão. Graduou-se em 1955 pela Tokyo National University of Fine Arts and Music e, em 1957, pela Art Center College of Design de Los Angeles, Estados Unidos. Atualmente é o presidente da GK Design Group, que reúne treze empresas e emprega mais de 200 designers no Japão e na América do Norte. Ekuan foi presidente da JIDA(Japan International Designers Association) e do ICSID (International Council of Societies of Industrial Design). Seu método de trabalho de inspiração budista, engloba todas as áreas do design: produto, imagem corporativa, embalagem, editorial, ambiente urbano.
Aqui trechos da entrevista que fiz com o sr. Ekuan, via fax em 1997.
Por gentileza, faça um rápido perfil da sua formação pessoal e profissional até chegar ao design.
– A guerra terminou em 1945, quando eu estava na Academia Naval. Depois, fui educado para ser um sacerdote budista. Em 1950, eu me inscrevi no Departamento de Arte da Universidade de Arte e Musica de Tóquio. Em 1955, depois de graduado, fui enviado ao Colégio Central do Comércio e Indústria (nos EUA) e fiquei por dois anos lá. Em 1957 eu voltei ao Japão, me estabeleci na GK Associação de Design Industrial e cheguei à sua presidência.
O que o budismo tem a ver com seu conceito de design?
– a) Há três cânones no budismo, que são Butsu, Ho e So. Butsu significa a imagem e imaginação do espírito de Buda. Ho significa a estrutura que aproxima o caminho ao espírito de Buda. So significa o homem, é o sacerdote que realiza a aproximação do espírito de Buda ao caminho das pessoas. Assim Butsu, Ho e So (pronuncia-se tudo junto Buppohsoh) são interpretados como imagem, estrutura e forma. Portanto, esses cânones significam diretamente desenho de atividades. Ou seja, design.
b) Nascimento , vida, doença e morte são capacidades de sofrimento do ser humano. Buda oferece a nós várias sabedorias. Design é um trabalho que oferece conforto espiritual e físico.
c) Há uma mandala no budismo. Nós podemos unir a imagem do universo através da mandala. O espírito da mandala mostra o universo complexo e o caminho da simplificação. A liderança simplificada nos dias de hoje é altamente sofisticada na precisão dos sistemas. Veja o exemplo na Internet.
O que é um bom produto? E que produto sintetiza essa sua concepção?
– O acessório de mesa do molho de soja Kikkoman é um bom exemplo. É um produto que une a tradição e o presente. Na base da total produção em massa, é um produto confortável e bonito na mesa. Há nele um típico bom desenho.
Sua geração – na qual estão Kenzo Tange, Ikko Tanaka e Shigeo Fukuda – participou da reconstrução do Japão e praticamente definiu os padrões de excelência do design japonês . Como o design acabou tendo essa enorme força nesse processo?
– a) Forte vontade de construir uma nova vida.
b) Desejo do belo diariamente no meio da vida. Desejo de liderança das atividades do design, dirigindo a democratização dos meios materiais e da beleza do mundo. Esse desejo está erguendo a qualidade de vida de todas as pessoas e nações.
Desenhar motos (e tratores por exemplo) é muito diferente de desenhar prédios e automóveis, pois inverte os paradigmas do design tradicional, que cuidava apenas das superfícies externas dos objetos. Qual o segredo para projetar as entranhas mecânicas aparentes de uma moto?
-Nós queremos aproximar os elementos. Quando cada bom desenho parte de elo da composição conjunta, no sentido da produção de massa, o resultado é um produto bem balanceado. O todo pela parte e uma parte pelo todo é a palavra-chave. Um bom exemplo de análise é o bom inseto gafanhoto.
No caso da Marca Nike, quais os elementos sistemáticos que podem vir a determinar um padrão global de gosto e compreensão dos produtos?
-Perseguir qualidade da engenharia do material. Desenvolver a qualidade de imagem pesquisar os interesses pessoais por região, gênero, etc. Utilizar a imagem de atletas no topo dos rankings. Caso similar é o Swatch e o Walkman.
Revista Abigraf mai/jun 98 pág.78″
]]>Esse, especialmente, traduz fielmente meu início de experiência com o marketing e o design.
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