![\"\"](\"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-content\/uploads\/2011\/02\/blancucha_fullxfull.50409127-218x300.jpg\" "\\"blancucha_fullxfull.50409127\\"")
<\/a>Tem imagem que n\u00e3o chega a valer mil, mas um bom punhado de palavras, com certeza, vale. Nesse mundo babil\u00f4nico, onde a gente tem que comunicar conceitos complexos em uma l\u00edngua que a nossa m\u00e3e desconhece, s\u00f3 as imagens podem nos salvar.<\/p>\n
\u00c9 claro que se pode usar fotografias, ilustra\u00e7\u00f5es e at\u00e9 obras de arte para expressar sentimentos, id\u00e9ias e mensagens, mas estou falando aqui da comunica\u00e7\u00e3o estruturada por meio de regras e conven\u00e7\u00f5es \u2013 mais especificamente aquelas que usam s\u00edmbolos gr\u00e1ficos.<\/p>\n
Convivo com essas facilidades h\u00e1 muitos anos, afinal, o que s\u00e3o circuitos el\u00e9tricos e eletr\u00f4nicos sen\u00e3o desenhos que representam id\u00e9ias e conceitos? O mesmo vale para os fluxogramas que explicam como funcionam os softwares, os esquemas que emulam plantas fabris e suas m\u00e1quinas automatizadas, aquele monte de favos de abelha que imperam na qu\u00edmica org\u00e2nica, os gr\u00e1ficos em forma de pizza, dispers\u00e3o, radar ou barras; os mapas estrat\u00e9gicos do Balanced Scorecard, as sen\u00f3ides do eletromagnetismo, os vetores da f\u00edsica, a pir\u00e2mide de Maslow, o tri\u00e2ngulo semi\u00f3tico, as teias que desenham redes de computadores. E o que seria da f\u00edsica qu\u00e2ntica sem aquela figurinha dos el\u00e9trons orbitando em volta da esfera-n\u00facleo?<\/p>\n
Em comum, todas essas representa\u00e7\u00f5es t\u00eam um alt\u00edssimo poder de s\u00edntese e nenhuma preocupa\u00e7\u00e3o com a fidelidade a objetos reais; as cores, perspectivas e efeitos s\u00e3o dispens\u00e1veis nesse contexto. Apenas com o aux\u00edlio de formas geom\u00e9tricas simples, pontos e linhas, conseguimos entender e lidar com mundos abstratos, impenetr\u00e1veis de outra maneira.<\/p>\n
Um simples rabisco pode desencadear a centelha que faltava para que o conceito seja entendido e a linha de racioc\u00ednio, completada. Uma bolinha pode ser um mundo inteiro, um organismo complexo, um centro de gravidade, um ponto de convers\u00e3o, uma pessoa importante, um nicho de mercado, ou s\u00f3 uma bolinha mesmo.<\/p>\n
A despeito de algumas mensagens cifradas nessa linguagem gr\u00e1fico-verbal precisarem de uma certa inicia\u00e7\u00e3o para serem completamente compreendidas, esse \u00e9 certamente um dos mais poderosos instrumentos de comunica\u00e7\u00e3o concebidos pelos humanos.<\/p>\n
Aprender a abstrair conceitos na forma de figuras \u00e9 um talento desenvolvido com min\u00facias t\u00e9cnicas em qualquer curso de design gr\u00e1fico, pois o dom\u00ednio do l\u00e1pis ainda \u00e9 (e sempre ser\u00e1) fundamental na constru\u00e7\u00e3o de marcas e identidades visuais. Mas outras \u00e1reas, como as exemplificadas antes, podem e devem usufruir dos benef\u00edcios desse recurso, \u00e0s vezes t\u00e3o subestimado. O c\u00e9rebro humano \u00e9 muito mais preparado para entender figuras\u00a0(processamento direto e simult\u00e2neo) do que palavras (an\u00e1lise seq\u00fcencial).<\/p>\n
Se a gente tivesse o h\u00e1bito de exercitar mais a comunica\u00e7\u00e3o por desenhos, certamente poder\u00edamos reduzir em muito os mal-entendidos t\u00e3o comuns nas rela\u00e7\u00f5es humanas, em especial naquelas do tipo fornecedor-cliente. N\u00e3o por outro motivo fiquei t\u00e3o encantada em conhecer o blog da americana Jessica Hagy<\/a>. L\u00e1 n\u00e3o tem um \u00fanico texto publicado, mas uma mir\u00edade de id\u00e9ias e pensamentos representados por gr\u00e1ficos e esquemas. Um show de abstra\u00e7\u00e3o em sua forma mais essencial.<\/p>\n Aqui algumas amostras (tradu\u00e7\u00e3o livre).<\/p>\n![\"\"](\"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-content\/uploads\/2011\/02\/card2750-380x232.jpg\" "\\"card2750-380x232\\"")
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