![\"\"](\"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-content\/uploads\/2011\/02\/30-007-500x317.jpg\" "\\"30-007\\"")
<\/a>N\u00e3o, n\u00e3o vou discutir o termo logomarca<\/em><\/strong> aqui, n\u00e3o se assuste. S\u00f3 de pensar nisso, j\u00e1 come\u00e7a a me dar coceira; n\u00e3o porque n\u00e3o ache o debate importante \u2014\u00a0penso ser essencial dar o nome adequado aos bois para o bem da clareza da informa\u00e7\u00e3o, mas porque o que sei sobre o assunto \u00e9 t\u00e3o raso que n\u00e3o d\u00e1 nem para come\u00e7ar a conversa.<\/p>\n Confesso que era daquelas que abominava a palavra; est\u00e1 certo que nunca cheguei ao ponto de dar um soco da cara de algu\u00e9m que usava o termo (at\u00e9 porque sou fina), mas pegava no p\u00e9 dos meus alunos: “designer deve usar a terminologa correta e logomarca n\u00e3o tem fundamenta\u00e7\u00e3o etimol\u00f3gica<\/em>“. \u00a0Onde aprendi a recitar o versinho? No mesmo lugar que toda a torcida do Flamengo, o livro “O efeito multiplicador do design<\/em>“, de Ana Luiza Escorel, um dos primeiros livros sobre design que li.<\/p>\n Eis que ent\u00e3o, depois de tanto acompanhar debates sangrentos (e, com conhecimentos etimol\u00f3gicos nulos, em nada contribuindo), acabo me deparando com o artigo<\/a> do professor Ricardo Martins<\/a><\/em><\/strong> (queria ser aluna dele), que de fraco n\u00e3o tem nada. Pois o que \u00e9 que o sujeito faz no artigo<\/a>? Apresenta justamente uma fundamenta\u00e7\u00e3o etimol\u00f3gica para a famigerada palavra, colocando uma p\u00e1 de cal sobre o argumento que eu vinha repetindo como papagaio h\u00e1 tempos.<\/p>\n Ainda acho que a palavra final deveria ser dada por um etimologista, em vez de um designer, mas para mim, os argumentos que ele apresentou s\u00e3o bem convincentes. Continuo achando a palavra feia, mas tamb\u00e9m n\u00e3o gosto de ilibado<\/em> e quinquenio<\/em>, que me recuso a usar, sem que por isso os termos sejam incorretos.<\/p>\n