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{"id":11400,"date":"2011-05-02T21:54:57","date_gmt":"2011-05-03T00:54:57","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=11400"},"modified":"2011-05-02T21:54:57","modified_gmt":"2011-05-03T00:54:57","slug":"velhinho-visionario","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/velhinho-visionario\/","title":{"rendered":"Velhinho vision\u00e1rio"},"content":{"rendered":"

\"\"<\/a><\/p>\n

Mr. Kotler j\u00e1 est\u00e1 com 80 anos e continua cheio de ideias revolucion\u00e1rias. O sujeito praticamente inventou todos os conceitos que a gente conhece sobre marketing e estruturou a maior parte da informa\u00e7\u00e3o dispon\u00edvel sobre o assunto; s\u00f3 essa contribui\u00e7\u00e3o inestim\u00e1vel j\u00e1 daria para deitar na rede e gastar o resto do tempo tomando picol\u00e9 de caju na beira da praia.<\/p>\n

Mas esse senhor n\u00e3o est\u00e1 aqui para brincadeira: no ano passado, ele lan\u00e7ou junto com os consultores indon\u00e9sios Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan o esclarecedor Marketing 3.0: as for\u00e7as que est\u00e3o definindo o novo marketing centrado no ser humano<\/em><\/strong>.<\/p>\n

Essa equipe, que de fraca n\u00e3o tem nada, come\u00e7a justificando o tal 3.0 lembrando-nos de que o marketing teve dois grandes momentos antes do atual; na fase 1.0, o objetivo era vender os produtos fabricados a todos que quisessem compr\u00e1-los. A ideia era apresentar o que estava sendo produzido da maneira mais atraente poss\u00edvel, sempre enfatizando (e, na maior parte das vezes, exagerando) as in\u00fameras qualidades do produto. Naquela \u00e9poca d\u00e1 para dizer que o marketing andava numas de endeusar tanto a publicidade e propaganda que os dois at\u00e9 se confundiram por bastante tempo (equ\u00edvoco dif\u00edcil de se desfazer at\u00e9 hoje). Em resumo, o marketing era centrado no produto; a satisfa\u00e7\u00e3o do cliente era puramente funcional, f\u00edsica.<\/p>\n

O marketing 1.0 viveu muito bem, obrigada, enquanto o mundo ainda estava deslumbrado com os avan\u00e7os tecnol\u00f3gicos e o conforto proporcionado pela revolu\u00e7\u00e3o industrial. Mas com o advento da era da informa\u00e7\u00e3o e, principalmente o aumento exponencial da oferta de produtos similares entre si, o povo teve que se mexer e criar o marketing 2.0. Nessa fase, o consumidor estava mais bem informado e precisava ser seduzido com alguma sofistica\u00e7\u00e3o; o cliente era quem definia o valor do produto e por isso ele se tornou o centro de tudo.<\/p>\n

No marketing 2.0, o mercado d\u00e1 um passo \u00e0 frente e cria conceitos. Os produtos n\u00e3o s\u00e3o apenas objetos, mas representam ideias e estilos de vida. A empresa precisa estabelecer relacionamentos e satisfazer o cliente emocionalmente. A quest\u00e3o \u00e9 que, mesmo tratado como rei, o consumidor ainda \u00e9 representado aqui de maneira passiva, como uma donzela que precisa ser conquistada.<\/p>\n

O consumidor do s\u00e9culo XXI, por\u00e9m, quer muito mais que isso; ele quer participar, criar, dar opini\u00f5es. As pessoas come\u00e7am a exigir mais; est\u00e3o preocupadas com o planeta e com os rumos que as coisas est\u00e3o tomando. Usam as redes sociais para criticar, mas para contribuir e desenvolver novos produtos tamb\u00e9m; as organiza\u00e7\u00f5es precisam ficar atentas ao poder da sociedade civil conectada virtualmente.<\/p>\n

Os consumidores mais esclarecidos querem se identificar com os valores da empresa, querem saber seu posicionamento em quest\u00f5es como sustentabilidade, justi\u00e7a social. Os clientes n\u00e3o podem mais ser vistos como um cart\u00e3o de cr\u00e9dito dotado de um corpo; s\u00e3o pessoas completas, com\u00a0 cora\u00e7\u00e3o, mente e esp\u00edrito. Kotler e seus amigos chamaram essa nova abordagem de marketing 3.0.<\/p>\n

Agora, a organiza\u00e7\u00e3o tem que contribuir para a satisfa\u00e7\u00e3o espiritual das pessoas. Nunca foi t\u00e3o importante ter uma miss\u00e3o, uma vis\u00e3o e um conjunto de valores que realmente fa\u00e7am sentido e reflitam a empresa de verdade, em vez do amontoado de ger\u00fandios que costumam frequentar as paredes em quadrinhos de gosto duvidoso.<\/p>\n

Kotler sabe que ainda tem muita empresa praticando marketing 1.0 e 2.0. Muito poucas j\u00e1 se deram conta de que as coisas est\u00e3o mudando rapidamente e ningu\u00e9m tem mais paci\u00eancia com empresa que finge que n\u00e3o \u00e9 com ela.<\/p>\n

A Arezzo que o diga.<\/p>\n

L\u00edgia Fascioni |\u00a0 www.ligiafascioni.com.br<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Mr. Kotler j\u00e1 est\u00e1 com 80 anos e continua cheio de ideias revolucion\u00e1rias. O sujeito praticamente inventou todos os conceitos que a gente conhece sobre marketing e estruturou a maior parte da informa\u00e7\u00e3o dispon\u00edvel sobre o assunto; s\u00f3 essa contribui\u00e7\u00e3o inestim\u00e1vel j\u00e1 daria para deitar na rede e gastar o resto do tempo tomando picol\u00e9 de caju na beira da praia.<\/p>\n

Mas esse senhor n\u00e3o est\u00e1 aqui para brincadeira: no ano passado, ele lan\u00e7ou junto com os consultores indon\u00e9sios Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan o esclarecedor Marketing 3.0: as for\u00e7as que est\u00e3o definindo o novo marketing centrado no ser humano.<\/p>\n

Essa equipe, que de fraca n\u00e3o tem nada, come\u00e7a justificando o tal 3.0 lembrando-nos de que o marketing teve dois grandes momentos antes do atual; na fase 1.0, o objetivo era vender os produtos fabricados a todos que quisessem compr\u00e1-los. A ideia era apresentar o que estava sendo produzido da maneira mais atraente poss\u00edvel, sempre enfatizando (e, na maior parte das vezes, exagerando) as in\u00fameras qualidades do produto. Naquela \u00e9poca d\u00e1 para dizer que o marketing andava numas de endeusar tanto a publicidade e propaganda que os dois at\u00e9 se confundiram por bastante tempo (equ\u00edvoco dif\u00edcil de se desfazer at\u00e9 hoje). Em resumo, o marketing era centrado no produto; a satisfa\u00e7\u00e3o do cliente era puramente funcional, f\u00edsica.<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":11401,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,50,27,35,49,28,58],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11400"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=11400"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11400\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=11400"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=11400"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=11400"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}