Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794
{"id":11494,"date":"2011-05-07T16:50:37","date_gmt":"2011-05-07T19:50:37","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=11494"},"modified":"2018-04-14T07:24:59","modified_gmt":"2018-04-14T10:24:59","slug":"inovacao-tem-palavra-mais-obsoleta","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/inovacao-tem-palavra-mais-obsoleta\/","title":{"rendered":"Inova\u00e7\u00e3o: tem palavra mais obsoleta?"},"content":{"rendered":"

H\u00e1 algum tempo tive a oportunidade de ler um artigo interessant\u00edssimo do Umair Haque, diretor do\u00a0Havas Media Lab, chamado “The Awesomeness Manifesto<\/a>“. \u00c9 dif\u00edcil traduzir\u00a0awesomeness<\/em>, que seria mais ou menos a capacidade de impressionar, causar espanto. Pensei em substituir por incr\u00edvel, sensacional, deslumbrante e at\u00e9 mesmo impressionante, mas esses s\u00e3o adjetivos e o Haque acrescentou o “ness” no final justamente porque queria um substantivo. A\u00ed fica dif\u00edcil traduzir, n\u00e9?<\/p>\n

Mas n\u00e3o faz mal, usamos o original e vamos ao que interessa: Haque diz que a palavra inova\u00e7\u00e3o soa como uma rel\u00edquia da era industrial e que, por isso, a pr\u00f3pria palavra precisa ser inovada.<\/p>\n

Ele lembra que inova\u00e7\u00e3o implica em obsolesc\u00eancia. Inova\u00e7\u00e3o foi um conceito pioneiro criado pelo economista Joseph Schumpeter e utiliz\u00e1-lo implica tamb\u00e9m em aceitar a teoria da destrui\u00e7\u00e3o criativa, onde o mercado se sustenta \u00e0 base da substitui\u00e7\u00e3o do antigo pelo novo. S\u00f3 que n\u00e3o d\u00e1 mais para continuar nesse ciclo maluco, os resultados est\u00e3o a\u00ed para quem quiser ver. \u00c0 luz da sustentabilidade e do conceito de interdepend\u00eancia, obsolesc\u00eancia \u00e9 que \u00e9 um conceito obsoleto.<\/p>\n

Haque lembra tamb\u00e9m que a inova\u00e7\u00e3o trata basicamente de empreendedorismo ou seja, toda boa ideia precisa se transformar em neg\u00f3cio lucrativo para merecer o t\u00edtulo de inova\u00e7\u00e3o. Seguindo esse princ\u00edpio, o que se percebe \u00e9 quase tudo j\u00e1 foi inventado e n\u00e3o apenas isso: est\u00e1 \u00e0 venda em qualquer esquina ou site. Poucas coisas fundamentalmente novas est\u00e3o sendo criadas nos dias atuais. A inova\u00e7\u00f5es cada vez mais caminham para encontrar maneiras novas de vender, apenas isso.<\/p>\n

O autor lembra que o desafio do s\u00e9culo XXI n\u00e3o \u00e9 desenvolver a criatividade para vender mais coisas; a quest\u00e3o \u00e9 construir coisas melhores e com menos impacto para o planeta.<\/p>\n

Outra quest\u00e3o sens\u00edvel \u00e9 que poucos admitem \u00e9 que a inova\u00e7\u00e3o, como existe hoje, na verdade, n\u00e3o inova. A inova\u00e7\u00e3o consiste, basicamente, em desenvolver coisas comercialmente novas. Essa abordagem j\u00e1 se mostrou desastrosa na \u00faltima crise causada por consumidores compulsivos, onde a pseudo riqueza gerada virou vapor rapidinho.<\/p>\n

A quest\u00e3o que Haque coloca \u00e9:\u00a0o custo da inova\u00e7\u00e3o compensa seus benef\u00edcios<\/em>?<\/p>\n

Ele acredita que n\u00e3o e apresenta o conceito de awesomeness que consegue traduzir mais a contento as necessidades de um mundo interdependente, onde n\u00e3o d\u00e1 mais para construir e vender sem se preocupar com o impacto dessa a\u00e7\u00e3o para o planeta e os que nele vivem. Umair Haque fundamenta o awesomeness em 4 pilares:<\/p>\n

Produ\u00e7\u00e3o \u00e9tica: <\/strong>O mantra do s\u00e9culo XX, muito bem embalado pela inova\u00e7\u00e3o empreendedora era “compre barato, venda caro, crie valor!”. O s\u00e9culo XXI n\u00e3o h\u00e1 de produzir nada que mere\u00e7a o r\u00f3tulo de impressionante sem que se considere a quest\u00e3o \u00e9tica em todo o seu ciclo de vida.<\/p>\n

Ousadia: <\/strong>O conceito de inova\u00e7\u00e3o submete a criatividade \u00e0s leis do mercado, de maneira que a coisa inovadora, \u00e0s vezes, \u00e9 muito menos que emocionante \u2014 \u00e9 chata mesmo. Do ponto de vista da inova\u00e7\u00e3o formal, o iPhone n\u00e3o tem muito a contribuir; mas \u00e9 uma das coisas mais impressionantes j\u00e1 vistas em termos de interface e encantamento at\u00e9 onde se sabe. A quest\u00e3o \u00e9 que para a Apple o foco \u00e9 deslumbrar, isso nunca sai da mente de quem est\u00e1 trabalhando no projeto.<\/p>\n

Amor:<\/strong> As pessoas precisam estar encantadas com o que fazem para faz\u00ea-lo bem. Haque deu o exemplo das lojas Apple, onde os funcion\u00e1rios n\u00e3o est\u00e3o l\u00e1 para vender, mas para compartilhar o encantamento e a paix\u00e3o por estarem ali. Eles realmente curtem fazer o que est\u00e3o fazendo e esse foco fica muito claro quando se compara essa atitude com lojas comuns, onde os vendedores s\u00e3o instru\u00eddos unicamente para vender.<\/p>\n

Valor de verdade: <\/strong>a express\u00e3o mais usada no mundo corporativo \u00e9 “agregar valor”. Ora, segundo Haque, mais valor \u00e9 uma ilus\u00e3o. A maioria das empresas consegue criar um pequeno valor, nada significativo que justifique o uso indiscriminado do termo. Valor de verdade, grande, para Haque, tem que ser sustent\u00e1vel. Isso significa realmente fazer melhor, n\u00e3o apenas adicionar bot\u00f5es em um telefone ou sabores em um refrigerante.<\/p>\n

O pessoal das antigas, que se sente seguro nas pr\u00e1ticas de inova\u00e7\u00e3o do s\u00e9culo XX sente-se amea\u00e7ado e desafiado com o conceito de awesomeness, porque eles o consideram nebuloso e impreciso. Mas a gera\u00e7\u00e3o M, como Haque chama o pessoal com a cabe\u00e7a no s\u00e9culo XXI (mais tarde falarei desse povo) sabe muito bem reconhecer um awesomeness quando v\u00ea um, uma vez que o conceito faz todo o sentido, \u00e9 profundo e tem resson\u00e2ncia nas suas pr\u00e1ticas e filosofia de vida.<\/p>\n

O par\u00e1grafo final \u00e9 t\u00e3o definitivo que vou traduzi-lo quase literalmente:<\/p>\n

Voc\u00ea pode ser inovador, mas voc\u00ea \u00e9 awesomeness? Para a maioria, a resposta \u00e9: n\u00e3o. Game over: no s\u00e9culo XXI, se voc\u00ea \u00e9 meramente inovador, prepare-se para se tornar obsoleto pelo awesomeness<\/em>“*<\/p>\n

E sua empresa? \u00c9 inovadora ou\u00a0awesomeness<\/em>?<\/p>\n

_______________<\/p>\n

*Na verdade, em vez de “tornar obsoleto<\/em>” ele usou “disruptado<\/em>“, num jogo de palavras com a inova\u00e7\u00e3o disruptiva, tamb\u00e9m conhecida como inova\u00e7\u00e3o radical, que torna obsoleto tudo o que havia antes.<\/p>\n

————-<\/p>\n

Publicado originalmente em setembro<\/strong> de<\/strong> 2009<\/strong> com o t\u00edtulo “Inova\u00e7\u00e3o obsoleta”<\/em>.<\/p>\n

L\u00edgia Fascioni |\u00a0www.ligiafascioni.com.br<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

H\u00e1 algum tempo tive a oportunidade de ler um artigo interessant\u00edssimo do Umair Haque, diretor do Havas Media Lab, chamado “The Awesomeness Manifesto”. \u00c9 dif\u00edcil traduzir awesomeness, que seria mais ou menos a capacidade de impressionar, causar espanto. Pensei em substituir por incr\u00edvel, sensacional, deslumbrante e at\u00e9 mesmo impressionante, mas esses s\u00e3o adjetivos e o Haque acrescentou o “ness” no final justamente porque queria um substantivo. A\u00ed fica dif\u00edcil traduzir, n\u00e9?<\/p>\n

Mas n\u00e3o faz mal, usamos o original e vamos ao que interessa: Haque diz que a palavra inova\u00e7\u00e3o soa como uma rel\u00edquia da era industrial e que, por isso, a pr\u00f3pria palavra precisa ser inovada.<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":25015,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,23,50,27,26,60,57,28,77],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-content\/uploads\/2011\/05\/IMG_2701.jpg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11494"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=11494"}],"version-history":[{"count":2,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11494\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":25016,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11494\/revisions\/25016"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/25015"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=11494"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=11494"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=11494"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}