Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794
{"id":11913,"date":"2011-06-09T21:42:19","date_gmt":"2011-06-10T00:42:19","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=11913"},"modified":"2018-04-06T12:54:48","modified_gmt":"2018-04-06T15:54:48","slug":"irracionais","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/irracionais\/","title":{"rendered":"Irracionais"},"content":{"rendered":"

A gente aprende na escola que o homem \u00e9 o \u00fanico animal racional desse planeta (t\u00e1 bom, s\u00f3 quem nunca teve um gato ou cachorro acredita nisso) e fica com a impress\u00e3o que o pensamento l\u00f3gico \u00e9 o respons\u00e1vel pela maioria das decis\u00f5es que n\u00f3s, seres evolu\u00eddos, tomamos.<\/p>\n

A neuroci\u00eancia j\u00e1 derrubou parte desse mito, mas agora aparece a economia comportamental (nossa, nem sabia que isso existia) dizendo que a gente usa a intui\u00e7\u00e3o para tomar boa parte das decis\u00f5es do dia-a-dia e mostrando que nem sempre isso \u00e9 uma boa ideia.<\/p>\n

Posto isso, pode-se dizer que Dan Ariely \u00e9 um sujeito muito especial; teve seu corpo quase totalmente queimado quando tinha 18 anos e resolveu estudar o processo de tomada de decis\u00e3o com base nas emo\u00e7\u00f5es para entender seus pr\u00f3prios sentimentos durante e depois de toda a prova\u00e7\u00e3o pela qual passou (ele tem cicatrizes enormes e convive com dores at\u00e9 hoje).<\/p>\n

Como pesquisador, toda vez que ele pensa em situa\u00e7\u00f5es do dia-a-dia que o deixam intrigado, logo monta uma pesquisa e transforma isso em conhecimento sobre como a cabe\u00e7a da gente funciona. O resultado est\u00e1 nos livros Previsivelmente irracional<\/em><\/strong> e Positivamente irracional<\/em><\/strong>. S\u00f3 li esse segundo, mas j\u00e1 d\u00e1 para entender bastante coisa.<\/p>\n

Positivamente irracional<\/em> \u00e9 dividido em duas partes: como somos irracionais no trabalho e como somos irracionais em casa.<\/p>\n

Dan descreve experimentos que demostram como, a despeito de toda a l\u00f3gica, as pessoas (e os animais) preferem trabalhar por sua comida a ganharem-na sem merecimento (a l\u00f3gica do menor esfor\u00e7o preconizaria o contr\u00e1rio). O engra\u00e7ado \u00e9 que o \u00fanico animal que toma a decis\u00e3o racionalmente, preferindo a comida sem esfor\u00e7o, \u00e9 o gato. Todos os outros, ratos, cachorros, macacos, peixes, lagartos e homens, preferem conquistar o alimento, desde que o empenho n\u00e3o seja exagerado.<\/p>\n

Dan tamb\u00e9m descreve um experimento onde o desempenho das pessoas \u00e9 fortemente influenciado pela percep\u00e7\u00e3o do resultado que seu trabalho vai gerar (eles fizeram pessoas montar brinquedos Lego e os desmontaram na frente delas); o impacto de ver um trabalho, mesmo remunerado, completamente destru\u00eddo e in\u00fatil, diminui a produtividade independente dos incentivos financeiros. Pela l\u00f3gica, desde que se ganhe dinheiro, se o trabalho vai ou n\u00e3o ser aproveitado n\u00e3o devia fazer diferen\u00e7a.<\/p>\n

Outra experi\u00eancia muito interessante diz que a gente valoriza de maneira completamente desproporcional qualquer objeto que constru\u00edmos com as pr\u00f3prias m\u00e3os ou tenhamos empenhado alguma energia. E o pior \u00e9 que a nossa supervaloriza\u00e7\u00e3o \u00e9 t\u00e3o profunda e inconsciente que, irracionalmente, acreditamos que os outros (no caso, o mercado), tamb\u00e9m acham o que a gente faz muito mais importante do que realmente o \u00e9. Isso pode explicar a rejei\u00e7\u00e3o de ideias excelentes s\u00f3 porque n\u00e3o fomos n\u00f3s que a tivemos primeiro (nossa, isso \u00e9 o que mais tem no mercado). Ariely at\u00e9 discute as siglas usadas dentro de uma empresa; os funcion\u00e1rios falam delas no mundo externo como se todo mundo as entendesse (eles experimentam uma sensa\u00e7\u00e3o parecida com quem conhece um segredo compartilhado apenas por iniciados).<\/p>\n

A revanche \u00e9 outro tra\u00e7o tipicamente humano absolutamente irracional, pois o esfor\u00e7o e o risco raramente s\u00e3o proporcionais ao benef\u00edcio que se pode obter dos arroubos de descontrole. Se a gente conseguir resistir aos nossos impulsos selvagens e o sentimento de vingan\u00e7a for racionalizado, at\u00e9 pode trazer resultados \u00f3timos para todo mundo (para quem n\u00e3o sabe, o \u00f3timo Shrek \u00e9 uma vingancinha maravilhosa de um ex-executivo da Disney \u00a0\u2014\u00a0o vil\u00e3o \u00e9 a cara do ex-chefe dele).<\/p>\n

Em casa, Ariely descreve como a gente consegue se adaptar a quase tudo na vida, inclusive, como no caso dele, \u00e0 dor. Nas pesquisas, Dan derruba o mito de que as mulheres s\u00e3o mais resistentes ao sofrimento e verifica que quem passou por experi\u00eancias de dores lancinantes por longos per\u00edodos desenvolvem uma toler\u00e2ncia muito acima da m\u00e9dia e que nada tem a ver com o racioc\u00ednio l\u00f3gico na hora de tomar decis\u00f5es que envolvem agonia.<\/p>\n

Tem outra dica quent\u00edssima: como a gente se adapta tamb\u00e9m ao prazer, conv\u00e9m enfrentar o sofrimento de uma vez s\u00f3 e o prazer com interrup\u00e7\u00f5es frequentes. Calma que eu explico: se voc\u00ea sente um cheiro ruim ou ouve um barulho desagrad\u00e1vel por alguns minutos, n\u00e3o pode evitar de se incomodar. Mas quanto mais o tempo passa, mais a pessoa vai abstraindo e come\u00e7a a deixar de sentir o cheiro ou ouvir o barulho; o c\u00e9rebro se adapta e passa a diminuir o registro.<\/p>\n

Com os sentimentos prazerosos funciona do mesmo jeito. Se voc\u00ea compra um sof\u00e1 novo, fica bem feliz. Mas logo em seguida, o c\u00e9rebro tamb\u00e9m se acostuma e n\u00e3o acha mais gra\u00e7a. Ent\u00e3o, mesmo que voc\u00ea tenha dinheiro, n\u00e3o mobilie a casa toda de uma vez. Compre um sof\u00e1 e fique feliz. Quando estiver perdendo a gra\u00e7a, compre a TV, fique feliz de novo e por a\u00ed vai. Voc\u00ea consegue ficar contente e desfrutar de um sentimento agrad\u00e1vel por mais tempo.<\/p>\n

Boa dica para quem tem marido que viaja muito. Ta\u00ed, essa pode ser a explica\u00e7\u00e3o por ser t\u00e3o maravilhoso cada vez que ele volta…<\/p>\n

L\u00edgia Fascioni | www.ligiafascioni.com.br<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

A economia comportamental pode ajudar voc\u00ea at\u00e9 na decora\u00e7\u00e3o da casa. Leia e saiba como!<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":24948,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,23,50,27,24,25,49,76,52],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-content\/uploads\/2011\/06\/IMG_2579.JPG.jpg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11913"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=11913"}],"version-history":[{"count":2,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11913\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":24949,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11913\/revisions\/24949"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/24948"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=11913"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=11913"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=11913"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}