![\"\"](\"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-content\/uploads\/2011\/07\/Ibrahim-M.-Al-Sayed317777.jpg\" "\\"Ibrahim")
<\/a>\u201cQue h\u00e1 num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designa\u00e7\u00e3o teria igual perfume<\/em>\u201d. Essa fala de Julieta, imortalizada nos versos de Shakespeare, talvez devesse ser reavaliada nos dias de hoje.<\/p>\n \u00c9 que uma pesquisa realizada na Universidade de Oxford, na Gr\u00e3-Bretanha, concluiu que a percep\u00e7\u00e3o das pessoas em rela\u00e7\u00e3o a um cheiro pode variar dependendo do nome que se d\u00e1 a ele.<\/p>\n Os pesquisadores observaram os resultados da resson\u00e2ncia magn\u00e9tica dos c\u00e9rebros dos volunt\u00e1rios enquanto eles testavam alguns perfumes e descobriram coisas bem interessantes. Eles colocaram um frasco com ess\u00eancia de queijo cheddar com tr\u00eas r\u00f3tulos diferentes: \u201ccheddar\u201d, \u201car puro\u201d e \u201codores corporais\u201d.<\/p>\n Quando o r\u00f3tulo estava correto, foi ativada a regi\u00e3o do c\u00e9rebro que interpreta cheiros agrad\u00e1veis. Os volunt\u00e1rios gostaram da experi\u00eancia. A mesma amostra, s\u00f3 que rotulada com \u201ccheiros corporais\u201d, provocou rea\u00e7\u00f5es diferentes nas pessoas, que j\u00e1 n\u00e3o acharam o cheiro t\u00e3o bom. A \u00e1rea do c\u00e9rebro correspondente simplesmente n\u00e3o reagiu. O r\u00f3tulo \u201car puro\u201d tamb\u00e9m n\u00e3o conseguiu fazer com que as pessoas sentissem o mesmo prazer que o correto provocou.<\/p>\n Isso acontece, segundo o estudo, porque as pessoas imaginam o cheiro antes de senti-lo, influenciadas pela informa\u00e7\u00e3o sem\u00e2ntica contida no nome.<\/p>\n Para ser bem sincera, esse resultado n\u00e3o me surpreendeu nem um pouco. No\u00e7\u00f5es b\u00e1sicas de semi\u00f3tica nos mostram que nossas percep\u00e7\u00f5es s\u00e3o afetadas por um conjunto muito grande de fatores e as nossas rela\u00e7\u00f5es com cheiros n\u00e3o se limitam apenas \u00e0s rea\u00e7\u00f5es qu\u00edmicas desencadeadas pela coisa cheirada. Cheiros cont\u00eam lembran\u00e7as, inclusive visuais, de hist\u00f3rias bem complexas e pessoais, diferentes para cada pessoa.<\/p>\n Ent\u00e3o, quem trabalha com comunica\u00e7\u00e3o, marketing, bebida, comida, eventos, enfim, tudo o que afeta a percep\u00e7\u00e3o das pessoas, tem que tomar muito cuidado com o nome que escolhe para seus produtos.<\/p>\n Eu ousaria dizer que a embalagem, o projeto gr\u00e1fico, a ambienta\u00e7\u00e3o e todo o contexto t\u00eam influ\u00eancias tamb\u00e9m nada desprez\u00edveis. Conv\u00e9m prestar um pouquinho mais de aten\u00e7\u00e3o nesses detalhes que podem fazer toda a diferen\u00e7a entre uma pessoa gostar ou n\u00e3o de um produto. O que antes era s\u00f3 um palpite, uma desconfian\u00e7a, agora est\u00e1 provado.<\/p>\n Uma rosa \u00e9 uma rosa, \u00e9 uma rosa. Mas e o seu perfume? \u00c9 um perfume? \u00c9 s\u00f3 perfume?<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" \u201cQue h\u00e1 num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designa\u00e7\u00e3o teria igual perfume\u201d. Essa fala de Julieta, imortalizada nos versos de Shakespeare, talvez devesse ser reavaliada nos dias de hoje.<\/p>\n \u00c9 que uma pesquisa realizada na Universidade de Oxford, na Gr\u00e3-Bretanha, concluiu que a percep\u00e7\u00e3o das pessoas em rela\u00e7\u00e3o a um cheiro pode variar dependendo do nome que se d\u00e1 a ele.<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":12083,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,23,50,24,25,26,63,53],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/12082"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=12082"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/12082\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=12082"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=12082"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=12082"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}