Apesar de eu estar morrendo de gripe (s\u00e3o 2 litros de \u00e1gua por hora que saem do meu nariz), hoje o dia amanheceu t\u00e3o lindo e ensolarado que n\u00e3o deu para ficar em casa. Vesti meu Michelin (aquele casaco fofo e horr\u00edvel que faz a gente parecer o boneco do comercial da Michelin Pneus) para enfrentar os -2 \u00baC e fui ser feliz em Kreuzberg, o bairro turco.<\/p>\n
Kreuzberg \u00e9 conhecida como “a pequena Istambul<\/em>” porque a partir de 1959, quando as empresas alem\u00e3s come\u00e7aram a crescer e a enfrentar falta de m\u00e3o-de-obra, o governo facilitou a imigra\u00e7\u00e3o de trabalhadores vindos da\u00a0Gr\u00e9cia,\u00a0Espanha,\u00a0Turquia, Portugal,\u00a0Marrocos,\u00a0T\u00fanis e\u00a0Yugoslavia. Esse povo ganhou visto de trabalho e cidadania alem\u00e3. \u00a0Em 2000 chegou outra leva de imigrantes turcos, pois a Alemanha ofereceu asilo para as v\u00edtimas do grande terremoto de 1999. O resultado \u00e9 que 10% da popula\u00e7\u00e3o de Berlin \u00e9 de origem turca e quase 4% da popula\u00e7\u00e3o alem\u00e3 v\u00eam de l\u00e1 tamb\u00e9m.<\/p>\n Fazia tempo que eu queria andar por aquelas ruas com mais calma, mas faz semanas que s\u00f3 faz chover (nada de neve ainda). Imaginem um bairro completamente coberto por street-art<\/em> (aqueles grafites de rua) de todos os tamanhos, cores e formas. A gente n\u00e3o sabe nem para que lado olhar. Sem contar os in\u00fameros restaurantes \u00e1rabes, turcos, indianos, sudaneses, tailandeses, tunisianos, yoguslavos e de outros pa\u00edses que nem sei pronunciar o nome. Pena que era domingo e estava tudo fechado, al\u00e9m de ser inverno. Imagina s\u00f3 num dia se semana de ver\u00e3o, como isso n\u00e3o deve ferver…<\/p>\n Tem como n\u00e3o amar um lugar t\u00e3o lindo, colorido e cheio de vida?<\/p>\n As fotos s\u00e3o tantas que vou fazer v\u00e1rios posts, separados em temas, t\u00e1? Vem comigo dar uma voltinha para conhecer Kreuzberg.<\/p>\n