Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794
{"id":13356,"date":"2012-01-16T14:35:57","date_gmt":"2012-01-16T16:35:57","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=13356"},"modified":"2012-01-16T14:35:57","modified_gmt":"2012-01-16T16:35:57","slug":"o-que-o-cachorro-viu","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/o-que-o-cachorro-viu\/","title":{"rendered":"O que o cachorro viu"},"content":{"rendered":"
\"\"<\/a>
Fonte: Smashinghub.com<\/figcaption><\/figure>\n

What the dog saw<\/em>“\u00e9 o mais novo livro do Malcom Gladwell (j\u00e1 falei do mo\u00e7o aqui<\/a>) e re\u00fane suas melhores colunas no jornal The New Yorker<\/em>, onde escreve desde 1996.<\/p>\n

O livro \u00e9 dividido em tr\u00eas partes: a primeira fala de pioneiros, obsessivos e outras variedades de g\u00eanios menores<\/em> e \u00e9 o conjunto de textos que mais gostei. Ele relata hist\u00f3rias de pessoas comuns, por\u00e9m, bem-sucedidas no que fazem, e tenta entender o que passa pela cabe\u00e7a delas no processo de tomada de decis\u00e3o.<\/p>\n

Uma das mais interessantes conta a hist\u00f3ria de duas publicit\u00e1rias e o impacto de seu trabalho na ind\u00fastria da tintura de cabelo, bem como o papel dessa ind\u00fastria no movimento de liberta\u00e7\u00e3o das mulheres. N\u00e3o faz muito tempo, quem pintava o cabelo era “mal-vista<\/em>” e considerada “f\u00e1cil<\/em>” ou rebelde; mo\u00e7as de fam\u00edlia n\u00e3o faziam esse tipo de coisa. Pois Shirley Polykoff, uma publicit\u00e1ria judia e muito \u00e0 frente de seu tempo, achava muita injusti\u00e7a as pessoas n\u00e3o poderem ter os cabelos da cor que desejassem.<\/p>\n

Quando pegou a conta da empresa Miss Clairol, que tinha desenvolvido uma f\u00f3rmula clareadora menos agressiva, Shirley bolou o lend\u00e1rio slogan “Does she or doesn’t she?<\/em>” (uma brincadeira com ser ou n\u00e3o ser, onde a pessoa se pergunta se ela \u00e9 ou n\u00e3o \u00e9 “tingida<\/em>“, uma vez que a tintura era t\u00e3o perfeita que n\u00e3o havia como saber). Shirley dizia que, se s\u00f3 tinha uma vida para viver, preferia pass\u00e1-la loira (certa ela).<\/p>\n

Depois veio Herta Herzog, que era, na verdade, l\u00edder de um grupo de estudos da Universidade de Viena, cujo trabalho tentava entender as motiva\u00e7\u00f5es das pessoas e seu comportamento social usando todas as ferramentas dispon\u00edveis da psican\u00e1lise. Herta fez pesquisas de campo e descobriu a rela\u00e7\u00e3o estreita entre o movimento feminista e a grande revolu\u00e7\u00e3o de comportamento que estava acontecendo nos anos 60 nos EUA. Depois de muito pesquisar, descobriu que pintar os cabelos representava uma esp\u00e9cie de pr\u00e1tica libertadora que nada tinha a ver com armas de sedu\u00e7\u00e3o enfatizadas por Miss Clairol. E trouxe, para a L’Oreal, a campanha “Porque eu mere\u00e7o<\/em>” (se ela visse o rid\u00edculo que s\u00e3o as propagandas dubladas no Brasil morreria de vergonha alheia), onde a mulher n\u00e3o estava mais focada em conquistar ningu\u00e9m, mas em seu pr\u00f3prio e merecido bem-estar e independ\u00eancia. H\u00e1 uma discuss\u00e3o bem interessante sobre o tema e seus desdobramentos, at\u00e9 porque Herta ainda vive e foi entrevistada pelo autor.<\/p>\n

Outra hist\u00f3ria que me chamou aten\u00e7\u00e3o foi a que deu o t\u00edtulo ao livro, sobre Cesar Millan, o famoso “encantador de c\u00e3es” da National Geographic<\/em> (adoro!).\u00a0 Malcom queria entender o que \u00e9 que os cachorros viam em C\u00e9sar para ficarem t\u00e3o hipnotizados e submissos quando ele entrava em a\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

O autor explica que o antropologista\u00a0 Brian Hare fez experimentos e concluiu que os cachorros s\u00e3o os animais mais interessados em seres humanos que existem. Eles realmente ficam fascinados com a nossa presen\u00e7a e n\u00e3o perdem nenhum movimento nosso; uma esp\u00e9cie de f\u00e3 no n\u00edvel mais descontrolado mesmo.<\/p>\n

O autor pesquisou mais um pouco e descobriu que a\u00ed \u00e9 que est\u00e1 o segredo: C\u00e9sar se move como um bailarino, segundo a an\u00e1lise de duas core\u00f3grafas e estudiosas da din\u00e2mica e express\u00e3o corporais. Ele tem perfeito dom\u00ednio sobre seu centro de gravidade (C\u00e9sar \u00e9 baixo e forte), al\u00e9m de mover seu corpo de maneira a comunicar sem equ\u00edvocos o que quer e o que pensa; sua express\u00e3o facial tamb\u00e9m est\u00e1 sintonizada com o resto. Os c\u00e3es ficam literalmente encantados com essa seguran\u00e7a, que \u00e9 tudo o que sonham em seus devaneios caninos.<\/p>\n

Tem ainda a longa e fascinante hist\u00f3ria da inven\u00e7\u00e3o da p\u00edlula anticoncepcional por um cat\u00f3lico fervoroso (sim, voc\u00ea n\u00e3o leu errado) que acreditava (pelos motivos errados) que esse era um m\u00e9todo rigorosamente natural, de maneira que nunca compreendeu a rejei\u00e7\u00e3o de sua pr\u00f3pria Igreja. Vale a pena ler com calma, pois as surpresas s\u00e3o muitas.<\/p>\n

A segunda parte fala de teorias, predi\u00e7\u00f5es e diagnoses<\/em>, onde ele conta sobre os erros que levaram a Enron a falir e a levar junto tantos acionistas; os paradoxos da intelig\u00eancia e a diferen\u00e7a entre choque e p\u00e2nico, entre outras hist\u00f3rias bem interessantes.<\/p>\n

A terceira parte fala sobre personalidade, car\u00e1ter e intelig\u00eancia<\/em>. Ele discorre sobre g\u00eanios precoces e tardios, investiga algumas caracter\u00edsticas da mente criminosa e discute at\u00e9 sobre o que revelam comportamentos em entrevistas de emprego.<\/p>\n

Mas olha, vou confessar que s\u00f3 leio Malcom Gladwell porque ele fala de assuntos realmente fascinantes e \u00e9 um pesquisador de respeito; sempre se aprende (e se surpreende muito) com as obras dele. Mas o mo\u00e7o bem que podia achar um jeito mais interessante de falar tanta coisa bacana e n\u00e3o desperdi\u00e7ar palavras; a reda\u00e7\u00e3o do mo\u00e7o \u00e9 chata de doer, ma\u00e7ante at\u00e9 n\u00e3o poder mais.<\/p>\n

Pois agora: ser\u00e1 que os cachorros tamb\u00e9m acham?<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

“What the dog saw”\u00e9 o mais novo livro do Malcom Gladwell (j\u00e1 falei do mo\u00e7o aqui) e re\u00fane suas melhores colunas no jornal The New Yorker, onde escreve desde 1996.<\/p>\n

O livro \u00e9 dividido em tr\u00eas partes: a primeira fala de pioneiros, obsessivos e outras variedades de g\u00eanios menores e \u00e9 o conjunto de textos que mais gostei. Ele relata hist\u00f3rias de pessoas comuns, por\u00e9m, bem-sucedidas no que fazem, e tenta entender o que passa pela cabe\u00e7a delas no processo de tomada de decis\u00e3o.<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":13357,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,23,27,25,82,49,28,39,58],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/13356"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=13356"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/13356\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=13356"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=13356"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=13356"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}