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{"id":13998,"date":"2012-04-08T10:59:32","date_gmt":"2012-04-08T13:59:32","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=13998"},"modified":"2012-04-08T10:59:32","modified_gmt":"2012-04-08T13:59:32","slug":"que-tal-mudar-seu-jeito-de-mudar","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/que-tal-mudar-seu-jeito-de-mudar\/","title":{"rendered":"Que tal mudar seu jeito de mudar?"},"content":{"rendered":"

\"IMG_5376\"<\/a><\/p>\n

Posso dar uma sugest\u00e3o? Incluir o livro “Switch: how to change things when change is hard<\/em>” em todos os cursos de gradua\u00e7\u00e3o, treinamentos empresariais, classes de ensino m\u00e9dio, planos de carreira diversos e forma\u00e7\u00e3o de administradores p\u00fablicos. Boa parte dos problemas seria bem mais administr\u00e1vel se as pessoas aplicassem as ideias que os autores compartilham.<\/p>\n

Chip Heath e Dan Heath estudaram a fundo o tema mudan\u00e7a e tiraram muitas e interessantes conclus\u00f5es, olha s\u00f3.<\/p>\n

Primeiro, a dupla descobriu, como resultado de v\u00e1rias pesquisas, que nossa capacidade de auto-controle \u00e9 limitada; uma hora a gente explode e acabou. N\u00e3o h\u00e1 disciplina mental que sempre dure e fica muito mais f\u00e1cil administrar as mudan\u00e7as se a gente levar isso em considera\u00e7\u00e3o (quem est\u00e1 tentando emagrecer ou parar de fumar sabe exatamente do que estamos falando). Ent\u00e3o, o que \u00e0s vezes parece falta de for\u00e7a de vontade \u00e9 s\u00f3 cansa\u00e7o mesmo. O fim do mundo? N\u00e3o, pelo contr\u00e1rio: \u00e9 o come\u00e7o!<\/p>\n

Os irm\u00e3os Heath usam uma met\u00e1fora bem bacaninha\u00a0 para a gente entender como \u00e9 que o c\u00e9rebro gerencia mudan\u00e7as: tem uma parte, pequena, que eles chamam de Cavaleiro (Rider, em ingl\u00eas) e outra, grandona, que eles chamam de Elefante. O Cavaleiro \u00e9 o lado racional, que “pilota” o elefante, que escolhe a dire\u00e7\u00e3o a seguir levando em conta cada alternativa, bem como os respectivos pr\u00f3s e contras. J\u00e1 o Elefante n\u00e3o quer nem saber; \u00e9 o nosso emocional, movido a paix\u00f5es e desejos.<\/p>\n

A quest\u00e3o \u00e9 que se a gente quer que algu\u00e9m mude (ou a gente mesmo precisa mudar algum comportamento), precisa trabalhar os dois atores: o Cavaleiro e o Elefante. Quando apenas o Cavaleiro\u00a0est\u00e1 convencido da necessidade da mudan\u00e7a (sim, voc\u00ea sabe que precisa parar de fumar), ele at\u00e9 come\u00e7a o movimento e esfor\u00e7a-se, mas n\u00e3o consegue arrastar o Elefante se este tamb\u00e9m n\u00e3o estiver sensibilizado (\u00e9 quando a autodisciplina fica exaurida). Neste caso, temos dire\u00e7\u00e3o sem motiva\u00e7\u00e3o<\/strong>.<\/p>\n

J\u00e1 em outras situa\u00e7\u00f5es, voc\u00ea est\u00e1 sensibilizado (sim, voc\u00ea precisa come\u00e7ar a se alimentar melhor), mas n\u00e3o sabe exatamente o caminho a seguir, pois a quest\u00e3o \u00e9 ampla demais. E, no caso, quem determina o caminho \u00e9 o Cavaleiro, que est\u00e1 “perdidinho da silva”, sem ideia de por onde come\u00e7ar. Assim, temos motiva\u00e7\u00e3o sem dire\u00e7\u00e3o<\/strong>.<\/p>\n

Beleza, mas ent\u00e3o como resolver o problema? Primeiro, pensar que o Cavaleiro\u00a0fica maluco se houver muitas op\u00e7\u00f5es para escolher (esse fen\u00f4meno j\u00e1 foi exaustivamente estudado e tem at\u00e9 um nome: paralisia da <\/em>decis\u00e3o \u2014 veja o \u00f3timo livro The Paradox of Choice, <\/em>de Barry Schwartz)<\/em>. \u00c9 assim: quanto mais informa\u00e7\u00f5es e alternativas voc\u00ea der para uma pessoa, mais ela vai tentar medir, pesar, analisar e menos vai conseguir decidir. Nesse caso, o Elefante fica ansioso e o resultado \u00e9 \u00f3bvio: ele opta pelo mais familiar, por aquilo que j\u00e1 conhece, mesmo que saia prejudicado na hist\u00f3ria. Resultado: o comportamento n\u00e3o muda.<\/p>\n

Voc\u00ea quer que uma pessoa ou grupo mude de atitude? Ent\u00e3o, sensibilize o Elefante, mas diga para o Cavaleiro\u00a0o que fazer (e que a a\u00e7\u00e3o seja simples e fact\u00edvel).<\/p>\n

Ok, mas ainda est\u00e1 muito trivial essa conversinha, at\u00e9 a\u00ed todo mundo j\u00e1 sabe. \u00c9 que agora \u00e9 que vem a chave do neg\u00f3cio, que faz tudo ficar diferente: a busca pelos bright spots<\/em> (ou pontos brilhantes). \u00c9 que a gente tende a olhar um cen\u00e1rio, observar alguma coisa que n\u00e3o est\u00e1 funcionando e logo pensar: o que posso fazer para consertar isso?<\/p>\n

Bom, a\u00ed \u00e9 que est\u00e1 o erro. Em vez de se concentrar no que est\u00e1 errado, a gente devia buscar as li\u00e7\u00f5es do que est\u00e1 certo.<\/p>\n

Quer um exemplo pr\u00e1tico disso? Em 1990, um sujeito chamado Jerry Sternin foi convidado pelo governo do Vietnam para combater a desnutri\u00e7\u00e3o infantil. Detalhe: seu or\u00e7amento era quase zero, ele s\u00f3 tinha 6 meses e n\u00e3o era especialista no assunto.\u00a0 Muitos estudiosos j\u00e1 tinham estado antes no mesmo cargo e bolado planos infal\u00edveis que n\u00e3o tinham funcionado por motivos diversos. Ele n\u00e3o podia construir sistemas de saneamento b\u00e1sico, n\u00e3o tinha verba para trazer \u00e1gua limpa para os locais mais pobres. Mesmo assim, o maluco topou a parada.<\/p>\n

E a\u00ed, como come\u00e7ar? Ele sabia que as m\u00e3es precisavam de dire\u00e7\u00e3o, n\u00e3o de motiva\u00e7\u00e3o, que elas tinham de sobra. Ent\u00e3o Jerry visitou as m\u00e3es das comunidades para conhec\u00ea-las e mediu e pesou suas crian\u00e7as. Ele descobriu que um percentual ridiculamente pequeno enquadrava-se nas condi\u00e7\u00f5es de crescimento e nutri\u00e7\u00e3o ideais; o restante estava muito abaixo do peso.<\/p>\n

A grande sacada foi se concentrar no que estava dando certo (os tais brigh spots<\/em>). O que essas m\u00e3es faziam de diferente, j\u00e1 que estavam todas na mesma situa\u00e7\u00e3o de pobreza? A\u00ed Sternin descobriu que elas misturavam batatas, crust\u00e1ceos e ervas ao arroz que normalmente era servido puro aos pequenos. E que o valor nutricional desses alimentos, que normalmente n\u00e3o eram oferecidos \u00e0s crian\u00e7as por uma quest\u00e3o cultural, era important\u00edssimo.<\/p>\n

O pr\u00f3ximo passo foi organizar encontros onde as m\u00e3es bem-sucedidas compartilhavam suas experi\u00eancias com as demais. Jerry sabia que n\u00e3o adiantava ficar dando palestras sobre desnutri\u00e7\u00e3o; em vez disso, ele criou 5 regras bem claras que todas deviam seguir \u2014 e eram as pr\u00f3prias m\u00e3es que compartilhavam essas pr\u00e1ticas umas com as outras. Isso dava aos Elefantes uma esperan\u00e7a (o emocional \u00e9 fundamental nessas horas) de que poderia dar certo, pois as hist\u00f3rias de sucesso estavam a\u00ed para todo mundo ver e ouvir.<\/p>\n

Nesse caso, o Cavaleiro\u00a0tamb\u00e9m entrou em a\u00e7\u00e3o: as m\u00e3es passaram a ter uma dire\u00e7\u00e3o a seguir, uma forma simples de agir para ajudar seus filhos. E n\u00e3o era de um gringo qualquer que veio sei l\u00e1 de onde impor valores de fora; a solu\u00e7\u00e3o estava no pr\u00f3prio lugar, com ingredientes baratos e acess\u00edveis para todo mundo (mais ou menos como a Dra. Zilda Arns fez com a Pastoral da Crian\u00e7a no Brasil). Resultado? Depois de 6 meses, 65% das crian\u00e7as j\u00e1 estavam mais bem nutridas do que quando ele chegou e agora \u00e9 um modelo nacional que abrange 2,2 milh\u00f5es de vietnamitas.<\/p>\n

A ideia \u00e9 relativamente simples: quer mudar uma situa\u00e7\u00e3o? Procure os bright spots<\/em> e replique-os de maneira organizada (para o Cavaleiro) e motivadora (para o Elefante).<\/p>\n

Outro exemplo: um menino-problema, que j\u00e1 estava na quarta fam\u00edlia de ado\u00e7\u00e3o, quase sempre se comportava mal na escola e agredia os colegas e professores. A chave estava no “quase”. Pois o psic\u00f3logo John Murphy\u00a0 teve apenas poucas horas para conversar com o menino e conseguiu uma melhora de comportamento de 80%. Como?<\/p>\n

Ele tentou descobrir o que acontecia quando o menino comportava-se bem. Descobriu que isso acontecia quando uma determinada professora cumprimentava-o de manh\u00e3 e explicava novamente o exerc\u00edcio para ele enquanto os colegas trabalhavam. Ou quando um outro professor olhava nos olhos dele quando sorria. Enfim, coisas simples que o faziam sentir mais calmo. Bastou instruir claramente os outros professores para fazerem o mesmo. Claro que n\u00e3o resolveu totalmente, mas foi muito mais eficaz do que os outros m\u00e9todos punitivos que nunca deram resultado nenhum.<\/p>\n

Seu marido deixa a toalha molhada em cima da cama e voc\u00ea quer que ele mude? Pense no que acontece quando ele n\u00e3o faz isso e tente replicar o comportamento.<\/p>\n

Seus funcion\u00e1rios est\u00e3o sempre chegando atrasados nas reuni\u00f5es? Concentre-se em replicar as atitudes dos que chegam no hor\u00e1rio. O que eles est\u00e3o fazendo de diferente? Crie regras claras, para que as pessoas saibam exatamente o que fazer e o que voc\u00ea espera delas. Motive-as emocionalmente, mas tamb\u00e9m mostre o caminho para o Cavaleiro. Se quando as pessoas brigam pensassem nos momentos bons e o que elas fizeram para que eles acontecessem, qu\u00e3o mais f\u00e1cil (e produtiva) seria nossa vida, heim?<\/p>\n

\u00c9 claro que o neg\u00f3cio n\u00e3o \u00e9 receitinha de bolo e \u00e9 mais complexo do que apresentei aqui (s\u00e3o 300 p\u00e1ginas, n\u00e9, minha gente?), mas os princ\u00edpios s\u00e3o esses.<\/p>\n

Olha, acho que voc\u00ea deveria ler esse livro. Espero que seu Elefante j\u00e1 esteja a\u00ed bem empolgadinho, mas a\u00ed vai o link do livro em portugu\u00eas para que seu Cavaleiro\u00a0saiba exatamente por onde come\u00e7ar, ok? Vai l\u00e1: http:\/\/tinyurl.com\/cnoz4oh<\/a><\/p>\n

—-<\/p>\n

* Nossa, agora \u00e9 que vi o horror que ficou a tradu\u00e7\u00e3o do t\u00edtulo em portugu\u00eas: “Guinada: maneiras simples de operar grandes transforma\u00e7\u00f5es<\/em>“. Dif\u00edcil motivar algu\u00e9m a comprar um livro com esse nome…<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Boa parte dos problemas seria bem mais administr\u00e1vel se as pessoas aplicassem as ideias que os autores desse livro compartilham.<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":22507,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,23,50,24,25,35,49,28,76,52],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/13998"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=13998"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/13998\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=13998"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=13998"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=13998"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}