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{"id":14197,"date":"2012-05-01T13:02:25","date_gmt":"2012-05-01T16:02:25","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=14197"},"modified":"2018-04-09T07:29:05","modified_gmt":"2018-04-09T10:29:05","slug":"de-onde-vem-as-boas-ideias","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/de-onde-vem-as-boas-ideias\/","title":{"rendered":"De onde v\u00eam as boas ideias"},"content":{"rendered":"

Essa \u00e9 daquelas perguntas que valem um milh\u00e3o, e Steven Johnson resolveu ser atrevido o suficiente para tentar respond\u00ea-la em “Where good ideas come from: the seven patterns of innovation<\/em>“. Olha, preciso dizer: se ele n\u00e3o acertou, chegou muito perto. O sujeito pesquisou bastante e descobriu coisas muito interessantes.<\/p>\n

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Ele come\u00e7a incinerando o mito do g\u00eanio solit\u00e1rio. Steven faz uma analogia com a teoria da evolu\u00e7\u00e3o darwiniana e explica que a vida, assim como as ideias, depende principalmente do ambiente favor\u00e1vel e das conex\u00f5es para existir. As ideias nunca s\u00e3o isoladas; tanto na escala do nosso c\u00e9rebro, onde zilh\u00f5es de neur\u00f4nios n\u00e3o servem para nada se n\u00e3o estiverem conectados (e quanto mais conex\u00f5es e recombina\u00e7\u00f5es, melhor), como nas dimens\u00f5es de uma organiza\u00e7\u00e3o, uma cidade ou um pa\u00eds.<\/p>\n

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Johnson estudou mais ainda e identificou 7 padr\u00f5es ambientais\/comportamentais para o desenvolvimento de novas e boas ideias. Veja se voc\u00ea tem a\u00ed tudo o que precisa.<\/p>\n

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1. Adjacente poss\u00edvel.<\/strong> As ideias v\u00e3o evoluindo a partir de outras; o adjacente poss\u00edvel trata das combina\u00e7\u00f5es que voc\u00ea pode fazer em cada est\u00e1gio. Usando a teoria darwiniana, Steven d\u00e1 o exemplo do caldo primordial na forma\u00e7\u00e3o do planeta: com aqueles elementos, era poss\u00edvel um determinado n\u00famero de combina\u00e7\u00f5es. Cada combina\u00e7\u00e3o d\u00e1 origem a outro tanto de varia\u00e7\u00f5es, numa sequ\u00eancia que pode formar uma c\u00e9lula. Da\u00ed, mais combina\u00e7\u00f5es, varia\u00e7\u00f5es e poss\u00edveis resultados. O que ele quer dizer \u00e9 que \u00e9 preciso explorar as possibilidades adjacentes (alcan\u00e7\u00e1veis nesse est\u00e1gio evolutivo) para seguir adiante; n\u00e3o d\u00e1 para pular direto de uma c\u00e9lula para um hipop\u00f3tamo. Johnson fala que o adjacente poss\u00edvel \u00e9 como as portas de uma sala. Cada uma que voc\u00ea escolher abrir, vai dar em outra sala, com outras portas e o desdobramento \u00e9 infinito. Mas n\u00e3o d\u00e1 para pular salas inteiras, tem que percorrer todo o caminho. Ele d\u00e1 exemplos de inven\u00e7\u00f5es que n\u00e3o deram certo porque foram desenvolvidas numa \u00e9poca em que os adjacentes poss\u00edveis, ou seja, as portas dispon\u00edveis para serem abertas, n\u00e3o eram suficientes ou adequadas (a porta necess\u00e1ria estava a duas ou 3 salas de dist\u00e2ncia). Um exemplo: o Youtube<\/em> n\u00e3o seria o sucesso que \u00e9 se tivesse sido criado nos anos 80, pois a web n\u00e3o comportava v\u00eddeos com as facilidades de hoje e ainda n\u00e3o tinha banda larga. Ent\u00e3o, antes de desenvolver uma ideia, tem que dar uma olhada nas portas para ver o desdobramento imediato. \u00c0s vezes, \u00e9 preciso esperar mais um pouco.\u00a0Aqui<\/a> um exemplo pr\u00e1tico que vivi pessoalmente: um projeto inovador<\/a> que n\u00e3o tinha os adjacentes necess\u00e1rios na \u00e9poca.<\/p>\n

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2. Redes l\u00edquidas.<\/strong> Agora uma not\u00edcia at\u00e9 que \u00f3bvia, mas que me deixou um pouco chocada: praticamente n\u00e3o d\u00e1 para inovar em cidades pequenas. Na verdade, n\u00e3o \u00e9 que n\u00e3o d\u00ea, mas em metr\u00f3poles, as possibilidades de conex\u00f5es (e adjacentes poss\u00edveis) s\u00e3o muito maiores, o que torna o ambiente mais favor\u00e1vel. Cidades grandes s\u00e3o comprovadamente mais criativas do que vilarejos. Steven comenta que j\u00e1 se buscou muitas defini\u00e7\u00f5es para a palavra ideia remetendo a raios, l\u00e2mpadas, flashs, epif\u00e2nias e eurekas, mas passaram longe do que realmente as ideias s\u00e3o. Para Johnson, boas ideias s\u00e3o conex\u00f5es<\/em>. Em princ\u00edpio, conex\u00f5es neuronais na cabe\u00e7a de algu\u00e9m. Mas essas conex\u00f5es s\u00e3o resultado de outras conex\u00f5es externas (experi\u00eancias, informa\u00e7\u00f5es, etc). Para se ter boas ideias, s\u00e3o necess\u00e1rias duas precondi\u00e7\u00f5es: uma grande rede<\/em> (n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel ter ideias geniais com apenas 3 neur\u00f4nios, por exemplo) e que essa rede tenha capacidade de adaptar e adotar novas configura\u00e7\u00f5es<\/em>. Mas h\u00e1 que se prestar aten\u00e7\u00e3o: n\u00e3o \u00e9 que as redes sejam inteligentes; os indiv\u00edduos \u00e9 que se tornam mais inteligentes quando se conectam nela. Esse \u00e9 o motivo pelo qual, cidades maiores conseguem ser mais prop\u00edcias a boas ideias; elas re\u00fanem mais pessoas diferentes, culturas, modos de organiza\u00e7\u00e3o. Enfim, o caldo \u00e9 mais rico. Quando o indiv\u00edduo se conecta nessa rede, tem mais elementos para recombinar; seu adjacente poss\u00edvel aumenta com o tamanho da rede em que est\u00e1 inserido. A mesma coisa vale para empresas; se elas est\u00e3o conectadas com outras, ou seus pr\u00f3prios funcion\u00e1rios est\u00e3o ligados, a possibilidade de ter boas ideias aumenta.<\/p>\n

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3. A intui\u00e7\u00e3o lenta.<\/strong> Como Malcom Gladwell (Blink<\/em>) j\u00e1 demonstrou com muita propriedade, a intui\u00e7\u00e3o \u00e9 quando nosso c\u00e9rebro trabalha em background<\/em> com todas as conex\u00f5es que conseguiu acumular sobre aquele assunto e outros, correlatos ou n\u00e3o, at\u00e9 a hora que a linha de racioc\u00ednio de completa. A\u00ed, a pessoa fica achando que teve um palpite, uma epif\u00e2nia, sai gritando eureka feito doida. Mas o trabalho \u00e9\u00a0 bem mais lento do que se imagina. As conex\u00f5es levam anos para encontrarem um caminho de se ligarem umas \u00e0s outras e tamb\u00e9m dependem dos adjacentes poss\u00edveis. Por isso \u00e9 que Steven critica os brainstormings<\/em> da maneira como s\u00e3o feitos; a probabilidade das conex\u00f5es entre os participantes encontrarem um caminho entre os adjacentes poss\u00edveis em t\u00e3o pouco tempo \u00e9 bastante improv\u00e1vel.\u00a0 O autor recomenda que todas as ideias e informa\u00e7\u00f5es sejam registradas e revistas frequentemente (h\u00e1bito que Darwin tinha).<\/p>\n

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4. Serendipitia.<\/strong> Essa palavra tem origem em um conto persa, onde tr\u00eas reis foram visitar uma princesa e descobriram no caminho v\u00e1rias coisas que n\u00e3o estavam procurando. Serendipitia \u00e9 encontrar solu\u00e7\u00f5es por acaso (exemplo cl\u00e1ssico forno de microondas, que foi inventado depois que um pesquisador descobriu que ele derretia os chocolates em seu bolso). Para isso, \u00e9 preciso provocar constantemente conex\u00f5es inusitadas e pensar sobre como elas poderiam ser desdobradas; mas o hist\u00f3rico de conex\u00f5es internas tem que estar preparado para a sintonia, sen\u00e3o nada acontece. A web pode ajudar bastante quando a gente surfa e encontra assuntos interessantes que n\u00e3o estava procurando, por exemplo, mas a mente tem que estar preparada, sen\u00e3o \u00e9 s\u00f3 perda de tempo mesmo. Outra coisa curiosa (mas tamb\u00e9m \u00f3bvia) \u00e9 que n\u00e3o se faz conex\u00f5es inusitadas na ordem; isso funciona mais no caos.<\/p>\n

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5. Erros.<\/strong> As pessoas que t\u00eam mais boas ideias, tamb\u00e9m erram mais (\u00e9 claro, elas fazem mais conex\u00f5es). O engra\u00e7ado \u00e9 que \u00e0s vezes a gente acha que existe um erro s\u00f3 porque n\u00e3o tem explica\u00e7\u00e3o para o fen\u00f4meno. Os cientistas que descobriram sinais do Big Bang levaram mais de um ano achando que as manchas que estavam enxergando eram problema do telesc\u00f3pio (e \u00e0s vezes \u00e9 mesmo, n\u00e3o h\u00e1 como saber).<\/p>\n

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6. Exapta\u00e7\u00e3o.<\/strong> Esse \u00e9 um termo emprestado da biologia, que descreve organismos otimizados para fun\u00e7\u00f5es espec\u00edficas, mas que depois foram usadas para outros fins com sucesso. Na inova\u00e7\u00e3o, o exemplo cl\u00e1ssico \u00e9 a prensa de Gutenberg, que foi inspirada nas prensas de uva para fazer vinho. Ou a World Wide Web, que nasceu dentro de um laborat\u00f3rio para servir de plataforma de pesquisa para hipertextos e hoje serve para tanta coisa que ningu\u00e9m tinha pensado antes. Ou ainda o GPS,\u00a0 que foi concebido para fins militares e agora \u00e9 onipresente nos t\u00e1xis das cidades grandes.<\/p>\n

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7. Plataformas.<\/strong> Nenhuma boa ideia come\u00e7a do zero; h\u00e1 que se apoiar sempre nos ombros de gigantes, como j\u00e1 dizia o grande Isaac Newton. Se voc\u00ea usou plataformas abertas (sejam tecnol\u00f3gicas, matem\u00e1ticas, liter\u00e1rias, art\u00edsticas ou o que for) para desenvolver sua ideia, seja generoso e tamb\u00e9m deixe sua plataforma dispon\u00edvel para os que v\u00eam a seguir. Todo mundo ganha assim.<\/p>\n

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Johnson ainda fala mais sobre a tend\u00eancia crescente do desenvolvimento de ideias em rede. Vale a pena\u00a0 saber mais.<\/p>\n

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Por \u00faltimo, ele consegue resumir o livro todo num par\u00e1grafo: “Saia para caminhar; cultive intui\u00e7\u00f5es; anote tudo, mas mantenha suas anota\u00e7\u00f5es um pouco bagun\u00e7adas; abrace a serendipitia; cometa erros criadores; tenha m\u00faltiplos hobbies; frequente cafeterias e outras redes l\u00edquidas; siga os desdobramentos; deixe os outros constru\u00edrem sobre suas ideias; empreste, recicle, reinvente. Construa uma base de contatos emaranhados.<\/em>”<\/p>\n

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Mais um motivo para amar Berlin. E eu nem sabia.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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