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{"id":14257,"date":"2012-05-07T15:33:40","date_gmt":"2012-05-07T18:33:40","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=14257"},"modified":"2012-05-07T15:33:40","modified_gmt":"2012-05-07T18:33:40","slug":"supersticao-cidada","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/supersticao-cidada\/","title":{"rendered":"Supersti\u00e7\u00e3o cidad\u00e3"},"content":{"rendered":"

\"\"<\/a><\/p>\n

Contar hist\u00f3rias sempre foi uma coisa bacana, mas agora virou hype<\/em>, e inclusive ganhou um nome fashion<\/em> \u00e0 altura: agora s\u00f3 se fala em storytelling<\/em>.<\/p>\n

Pois eu n\u00e3o queria ficar de fora dessa e juntei mais um livro \u00e0 minha cole\u00e7\u00e3o dedicada ao tema. A obra da vez \u00e9 “The story factor: inspiration, influence, and persuasion through the art of storytelling<\/em>“, de Annette Simmons.<\/p>\n

Que contar hist\u00f3rias \u00e9 uma arte antiqu\u00edssima e desde sempre valorizada n\u00e3o \u00e9 novidade nenhuma\u00a0(vide a B\u00edblia, a Il\u00edada e as mil e uma noites de Sherazade, s\u00f3 para citar alguns velhos e batidos exemplos). Mas n\u00e3o faz assim tanto tempo que o mundo dos neg\u00f3cios se deu conta do poder da ferramenta; pois \u00e9 desse caf\u00e9 que a autora quer beber.<\/p>\n

Annette come\u00e7a citando uma frase linda de Isak Dinesen: “Ser uma pessoa \u00e9 ter uma hist\u00f3ria para contar<\/em>“. Ela n\u00e3o diz, mas penso que se os entrevistadores de emprego se dessem conta disso, relaxariam e simplesmente pediriam para o candidato contar sua hist\u00f3ria. D\u00e1 para saber quase tudo: o que ele valoriza, como enfrenta as situa\u00e7\u00f5es, se \u00e9 vaidoso, se \u00e9 realmente proativo, se sabe de fato trabalhar em equipe, se sabe ou n\u00e3o compartilhar m\u00e9ritos, se tem peninha de si mesmo ou se gosta de desafios. Muito melhor e mais divertido do que ficar esperando ele dizer que seu maior defeito \u00e9 ser perfeccionista, convenhamos.<\/p>\n

A ideia central \u00e9 usar as hist\u00f3rias para influenciar o comportamento das pessoas; ela defende que \u00e9 muito melhor voc\u00ea demonstrar quem \u00e9 por meio de uma personal<\/em> novelinha do que ficar exibindo com falsa mod\u00e9stia suas qualidades. Mas aten\u00e7\u00e3o, a mo\u00e7a adverte: jamais subestime a intelig\u00eancia de quem est\u00e1 ouvindo. E enfatiza: “jamais, jamais, jamais conte uma hist\u00f3ria para algu\u00e9m que voc\u00ea n\u00e3o respeita<\/em>“. A pessoa percebe instantaneamente e sim, vai interpretar isso da maneira que voc\u00ea imagina.<\/p>\n

A autora diz que a galera n\u00e3o precisa de mais informa\u00e7\u00f5es; j\u00e1 est\u00e1 afogada nelas. O que o pessoal realmente quer \u00e9 acreditar (em voc\u00ea, nos seus objetivos, na sua vis\u00e3o, na hist\u00f3ria que voc\u00ea tem para contar). Ela brinca que a f\u00e9 \u00e9 que move montanhas, n\u00e3o os fatos. E a f\u00e9 \u00e9 despertada por hist\u00f3rias, fato.<\/p>\n

Annette diz que a hist\u00f3ria \u00e9 como se fosse uma roupa que a verdade veste para que as pessoas possam se abrir para receb\u00ea-la (sim, as mentiras ficam com o bumbum de fora e todo mundo percebe). Se a verdade ficar batendo nas casas nua em pelo, o povo se assusta n\u00e3o abre a porta de jeito nenhum.<\/p>\n

Ela ainda diz que a diferen\u00e7a entre dar exemplos e contar uma hist\u00f3ria est\u00e1 nos elementos de emo\u00e7\u00e3o e nos detalhes sensoriais dessa \u00faltima. Isso faz com que as hist\u00f3rias, ao contr\u00e1rio dos simples fatos, sejam multidimensionais, e por isso, muito mais poderosas.<\/p>\n

Simmons defende que os treinamentos das empresas n\u00e3o deviam usar regras escritas, pois elas ignoram completamente a mente de quem est\u00e1 na a\u00e7\u00e3o. Se em vez de princ\u00edpios e receitas de comportamento, os profissionais fossem treinados com hist\u00f3rias, eles poderiam ser mais criativos na hora de resolver problemas.<\/p>\n

Ainda n\u00e3o cheguei no final do livro (que tem poucas hist\u00f3rias para o meu gosto, apesar de muito interessante), mas at\u00e9 agora n\u00e3o se falou que essa poderosa ferramenta tamb\u00e9m tem um potencial enorme para m\u00faltiplas e indesejadas interpreta\u00e7\u00f5es, completamente fora do controle de quem quer que seja (olha s\u00f3 o que fizeram com as par\u00e1bolas da B\u00edblia). O neg\u00f3cio de fato tem poder, mas penso que n\u00e3o \u00e9 para amadores n\u00e3o…<\/p>\n

De qualquer maneira, lembrei-me da \u00f3tima contadora de hist\u00f3rias Rosana Hermann<\/a> (que, n\u00e3o por acaso, \u00e9 roteirista profissional entre outras coisas).\u00a0Est\u00e1vamos conversando sobre o assunto e ela compartilhou comigo uma teoria genial que adorei.\u00a0 A Rosana diz que, no Brasil, as pessoas n\u00e3o mudam o comportamento simplesmente pela exposi\u00e7\u00e3o dos fatos; elas querem hist\u00f3rias que conquistem e seduzam.<\/p>\n

A ideia da mo\u00e7a \u00e9 aproveitar as supersti\u00e7\u00f5es que j\u00e1 s\u00e3o t\u00e3o presentes na nossa cultura para mudar comportamentos. O plano \u00e9 inventar novas supersti\u00e7\u00f5es e espalh\u00e1-las massivamente com hist\u00f3rias do tipo: fazer xixi no muro faz o pinto do mach\u00e3o murchar depois de um tempo, ou; roubar dinheiro p\u00fablico provoca doen\u00e7as fatais na fam\u00edlia inteira da pessoa, ou; desviar verba da merenda faz o ded\u00e3o do p\u00e9 cair, ou; roubar celular faz o lar\u00e1pio ficar manco da perna esquerda para sempre… enfim… criatividade \u00e9 o que n\u00e3o nos falta, nem bom-humor. E as pessoas acreditam em qualquer coisa apresentada com um m\u00ednimo de consist\u00eancia (vide as franquias religiosas que proliferam desenfreadamente e as correntes de hoax<\/em> n\u00e3o me deixam mentir).<\/p>\n

Como a Rosana, acredito que isso que ela chama de “supersti\u00e7\u00e3o cidad\u00e3<\/em>” (nome mais que \u00f3timo, n\u00e9n\u00e3o?) funcionaria muito mais do que qualquer outra campanha feita at\u00e9 agora. O pessoal adora acreditar em qualquer coisa, ent\u00e3o vamos usar isso para o bem!<\/p>\n

Por falar nisso, voc\u00ea sabia que as pessoas que param de ler minha coluna toda semana ficam impossibilitadas de soletrar a palavra supersti\u00e7\u00e3o<\/em> para o resto da vida? Olha, acho melhor n\u00e3o arriscar, vai que…<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

A obra da vez \u00e9 “The story factor: inspiration, influence, and persuasion through the art of storytelling”, de Annette Simmons.<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":14262,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,23,50,25,35,57,49,52],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14257"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=14257"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14257\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=14257"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=14257"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=14257"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}