Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794
{"id":15316,"date":"2012-08-21T14:57:27","date_gmt":"2012-08-21T17:57:27","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=15316"},"modified":"2012-08-21T14:57:27","modified_gmt":"2012-08-21T17:57:27","slug":"vamos-falar-de-trabalho","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/vamos-falar-de-trabalho\/","title":{"rendered":"Vamos falar de trabalho?"},"content":{"rendered":"
\"\"<\/a>
Imagem: Alexei Lyapunov & Lena Ehrlich<\/figcaption><\/figure>\n

Esse \u00e9 meu ano sab\u00e1tico, em que parei de trabalhar para aprender alem\u00e3o; mas em 2013 (se o mundo n\u00e3o acabar antes), volto ao batente, dessa vez aqui em Berlin.<\/p>\n

Ora, mas todo o trabalho que desenvolvi no Brasil est\u00e1 calcado no dom\u00ednio da l\u00edngua portuguesa (consultorias, livros, palestras, cursos, etc); vou ter que dar um n\u00f3 no c\u00e9rebro para me reinventar novamente e descobrir como posso fazer alguma coisa interessante e lucrativa desse lado do oceano. Talvez volte a ser engenheira; talvez trabalhe com inova\u00e7\u00e3o; talvez at\u00e9 colabore com alguma empresa que queira atuar no Brasil, sei l\u00e1. A ideia inicial era fazer um p\u00f3s-doutorado, mas n\u00e3o sei se tenho mais paci\u00eancia com o mundo acad\u00eamico; isso n\u00e3o est\u00e1 descartado, mas agora quero trabalhar.<\/p>\n

O frio na barriga est\u00e1 grande, mas sei que n\u00e3o estou sozinha. Descobri isso na estante de uma livraria, nas p\u00e1ginas de \u201cHow to find fulfilling work<\/em>\u201d, de Roman Krznaric. No in\u00edcio, o livro nem me chamou muito aten\u00e7\u00e3o, pois faz parte da cole\u00e7\u00e3o \u201cThe school of life<\/em>\u201d, express\u00e3o com a qual n\u00e3o simpatizo nem um pouco. Talvez porque no Brasil as pessoas tenham o h\u00e1bito de usar \u201ca escola da vida\u201d como substituta da escola formal, como se elas fossem mutuamente exclusivas; como se quem est\u00e1 vivo n\u00e3o frequentasse obrigatoriamente a tal da \u201cescola da vida\u201d independente de sua vontade (ent\u00e3o, que m\u00e9rito h\u00e1?).<\/p>\n

Pois \u00e9, fiz um esfor\u00e7o para vencer o preconceito e vi que o editor da s\u00e9rie \u00e9 o Alain de Botton, um fil\u00f3sofo su\u00ed\u00e7o que gosto muito (j\u00e1 conversamos sobre esse mo\u00e7o: veja aqui<\/a> e aqui<\/a>). A\u00ed fiquei mais confiante, mergulhei nas p\u00e1ginas e n\u00e3o me arrependi.<\/p>\n

Roman Krznaric come\u00e7a explicando que o desejo de um trabalho gratificante, que nos proporcione um senso de prop\u00f3sito, reflita nossos valores, paix\u00f5es e personalidade, \u00e9 uma inven\u00e7\u00e3o recente. O autor diz que existem duas novas afli\u00e7\u00f5es no mercado de trabalho sem precedentes na hist\u00f3ria: uma \u00e9 a praga da insatisfa\u00e7\u00e3o com o trabalho; a outra \u00e9 uma epidemia de incerteza sobre qual carreira seguir (\u00e9 verdade, recebo e-mails quase que diariamente de pessoas em crise profissional).<\/p>\n

Ele apresenta pesquisas que mostram que metade da for\u00e7a de trabalho no ocidente est\u00e1 insatisfeita com sua situa\u00e7\u00e3o profissional. Cerca de 60% dos trabalhadores escolheriam mudar de carreira se pudessem come\u00e7ar novamente. O trabalho de uma vida, aquele em que a pessoa come\u00e7ava e se aposentava na mesma empresa, virou rel\u00edquia do s\u00e9culo XX; agora os contratos est\u00e3o mais curtos e as pessoas mais ansiosas.<\/p>\n

Roman nos conta ainda que a valoriza\u00e7\u00e3o do trabalho come\u00e7ou no renascimento, quando os valores de conformismo da igreja foram desafiados e as pessoas ficaram mais individualistas; s\u00e3o dessa \u00e9poca as autobiografias, os selos pessoais em cartas, os di\u00e1rios \u00edntimos, os auto-retratos. Se o trabalho faz parte da vida, ent\u00e3o ele tamb\u00e9m deve traduzir a pessoa, suas cren\u00e7as pessoais e valores.<\/p>\n

A coisa teve um impulso maior depois da revolu\u00e7\u00e3o industrial e explodiu depois da segunda guerra, com a inven\u00e7\u00e3o de carreiras nunca antes imaginadas. O problema (e a solu\u00e7\u00e3o) \u00e9 justamente esse: nunca houve tantas op\u00e7\u00f5es para se escolher. E quanto mais liberdade, mais duro \u00e9, pois n\u00e3o estamos equipados psicologicamente para lidar com essa infinidade de alternativas; elas est\u00e3o al\u00e9m de nossa capacidade cognitiva. Segundo o psic\u00f3logo Barry Schwarz, a partir de um certo ponto, n\u00e3o conseguimos mais lidar com a diversidade de op\u00e7\u00f5es e elas passam a nos tiranizar a ponto de nos deixar paralisados. Quanto mais op\u00e7\u00f5es s\u00e3o dadas a algu\u00e9m, mais tempo esse algu\u00e9m demora a decidir e ainda assim nunca tem certeza se a outra alternativa era melhor.<\/p>\n

Uma coisa muito perigosa que o autor cita s\u00e3o os testes vocacionais; ele relata casos realmente absurdos e a origem dessas ferramentas pseudo-cient\u00edficas que mais confundem do que ajudam.<\/p>\n

Krznaric diz ainda que h\u00e1 tr\u00eas aspectos fundamentais para que a pessoa possa considerar seu trabalho gratificante:\u00a0significado<\/em><\/strong>, fluxo<\/em><\/strong> e liberdade<\/em><\/strong>.<\/p>\n

Sobre o significado, ele aparece sob 5 formas: ganhar dinheiro<\/em>, obter status<\/em>, fazer diferen\u00e7a,<\/em> seguir nossas paix\u00f5es<\/em> e usar nossos talentos<\/em>. Os dois primeiros s\u00e3o conhecidos como fatores motivacionais extr\u00ednsecos, isto \u00e9, v\u00eam de fora. Nesse caso, o trabalho \u00e9 um meio para se chegar at\u00e9 eles. J\u00e1 os outros tr\u00eas s\u00e3o intr\u00ednsecos, onde o trabalho \u00e9 um fim em si mesmo.<\/p>\n

Roman diz que combinar dinheiro e valores nunca \u00e9 simples (sobre isso vou falar numa pr\u00f3xima ocasi\u00e3o); mais f\u00e1cil \u00e9 combinar talentos e valores. Quando as necessidades do mundo encontram nossos talentos, a\u00ed podemos desenvolver nossa voca\u00e7\u00e3o (atente bem para isso: voca\u00e7\u00f5es s\u00e3o desenvolvidas, n\u00e3o descobertas). E a\u00ed, onde \u00e9 que seus talentos encontram-se com as necessidades do mundo?<\/p>\n

H\u00e1 tamb\u00e9m uma discuss\u00e3o sobre a cultura de que, para explorar melhor nossos talentos, o ideal \u00e9 que a pessoa se especialize. Mas isso n\u00e3o leva em considera\u00e7\u00e3o que a gente pode ser muitos ao mesmo tempo; dificilmente algu\u00e9m tem um talento s\u00f3. Sobre isso, existem duas abordagens cl\u00e1ssicas: o generalista renascentista<\/em><\/strong>, que consegue levar v\u00e1rias carreiras simultaneamente (ex: Woody Allen, assim como Lu\u00eds Fernando Ver\u00edssimo, toca profissionalmente numa banda de jazz) ou o especialista serial<\/em><\/strong>, que vai mudando de profiss\u00e3o, mas exerce apenas uma de cada vez (acho que sou a combina\u00e7\u00e3o das duas abordagens). Ele d\u00e1 v\u00e1rios exemplos de profissionais, incluindo uma engenheira da Nasa que virou urbanista e diz que o mundo tem coisas interessantes demais para que a gente tenha que escolher apenas uma para a vida toda.<\/p>\n

Enfim, para quem est\u00e1 num per\u00edodo de questionamentos e transi\u00e7\u00e3o profissional, ou mesmo s\u00f3 para quem quer refletir a respeito, recomendo fortemente.<\/p>\n

Roman sugere alguns exerc\u00edcios que podemos fazer para avaliar nossas possibilidades profissional e aumentar o auto-conhecimento; vou compartilhar alguns bem interessantes na pr\u00f3xima coluna, aguardem.<\/p>\n

Agora, voltemos ao trabalho.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O frio na barriga ao iniciar uma nova vida profissional est\u00e1 grande, mas sei que n\u00e3o estou sozinha. Descobri isso na estante de uma livraria, nas p\u00e1ginas de \u201cHow to find fulfilling work\u201d, de Roman Krznaric. <\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":15332,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[23,24,35,49,52],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/15316"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=15316"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/15316\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=15316"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=15316"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=15316"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}