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{"id":18513,"date":"2013-09-01T07:17:30","date_gmt":"2013-09-01T10:17:30","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=18513"},"modified":"2013-09-01T07:17:30","modified_gmt":"2013-09-01T10:17:30","slug":"a-medida-do-mundo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/a-medida-do-mundo\/","title":{"rendered":"A medida do mundo"},"content":{"rendered":"

\"Die-Vermessung-der-Welt-fotoshowImage-d7810974-46773\"<\/a>Finalmente consegui terminar “Die vermessung der Welt<\/em>“, de Daniel Kehlmann, presente da querid\u00edssima Elisabete K\u00f6ninger. Apesar de dif\u00edcil de decifrar (cada vez mais me conven\u00e7o que vou ter que passar um tempo me conformando em ler Dan Brown e cong\u00eaneres at\u00e9 ficar mais fluente na leitura), gostei bastante.<\/p>\n

Ali\u00e1s, n\u00e3o tinha como n\u00e3o amar, pois os dois protagonistas s\u00e3o ningu\u00e9m menos que o grande explorador Alexander von Humboldt e o g\u00eanio matem\u00e1tico Carl Friedrich Gauss. Sobre Gauss eu at\u00e9 sabia alguma coisa (usei muito as equa\u00e7\u00f5es dele no curso de engenharia), mas o Alexander s\u00f3 conhecia de ouvir falar.<\/p>\n

Alexander e seu irm\u00e3o, Wilhelm, eram filhos de um rico comerciante na \u00e9poca em que a Alemanha ainda n\u00e3o era um pa\u00eds e as regi\u00f5es eram todas divididas, apesar do idioma comum. Os meninos foram criados com a miss\u00e3o de fazer diferen\u00e7a no mundo em que viviam. O pai n\u00e3o mediu esfor\u00e7os para dar a eles acesso a toda a informa\u00e7\u00e3o que estava dispon\u00edvel na \u00e9poca; os rapazes estudavam 8 horas por dia ininterruptamente, todos os dias, sem descanso (os prussianos eram famosos pela disciplina).<\/p>\n

Quando o pai morreu, quem assumiu o planejamento da educa\u00e7\u00e3o dos meninos foi ningu\u00e9m menos que Goethe, amigo da fam\u00edlia. Ele decidiu que o irm\u00e3o mais velho, Wilhelm, iria aprender l\u00ednguas e estudar filosofia e literatura. J\u00e1 o irm\u00e3o mais novo iria se concentrar em ci\u00eancias. Claro que os dois tinham conhecimentos profundos de lingu\u00edstica, matem\u00e1tica, f\u00edsica, m\u00fasica, hist\u00f3ria, artes e todos os conhecimentos “b\u00e1sicos” que um bem-nascido deveria ter.<\/p>\n

Alexander ficou famoso porque tinha verdadeira compuls\u00e3o por aprender, mas, ao contr\u00e1rio de seu irm\u00e3o, afundado atr\u00e1s dos livros de sua gigante biblioteca, ele queria ver tudo ao vivo, medir dist\u00e2ncias, estudar os astros, as plantas e os animais, tudo in loco<\/em>. Sua primeira grande expedi\u00e7\u00e3o, financiada pelo governo prussiano (depois ele acabou se tornando diplomata do pa\u00eds, j\u00e1 que gostava tanto de viajar e interagir com os nativos) foi uma viagem embrenhado na mata virgem da Amaz\u00f4nia venezuelana para descobrir uma das origens do Rio Amazonas, a nascente do rio Orinoco.<\/p>\n

O sujeito era um monstro incans\u00e1vel; nunca parava de trabalhar e n\u00e3o estava nem a\u00ed para as intemp\u00e9ries; recolhia plantas, insetos, pequenos animais e tudo o que pudesse estudar. Ele \u00e9 considerado um dos pais da meteorologia, pois estudou tamb\u00e9m as correntes de ar e mar\u00edtimas (existe uma grande corrente no Oceano Pac\u00edfico chamada corrente de Humboldt porque foi ele quem a descobriu). Fez v\u00e1rias viagens explorat\u00f3rias para a \u00c1frica e a R\u00fassia. Se a gente considerar as condi\u00e7\u00f5es prec\u00e1rias de higiene, sa\u00fade e transporte da \u00e9poca (muito bem descritas no livro), d\u00e1 para imaginar o tamanho do feito do sujeito.<\/p>\n

Uma das universidades mais respeitadas da Alemanha \u00e9 justamente a que leva seu nome. Quem a fundou foi seu irm\u00e3o Wilhelm, que resolveu homenagear Alexander pelos seus feitos e conquistas.<\/p>\n

Alexander era um blogueiro nato; vivesse ele hoje em dia, postaria todo dia e seria ativ\u00edssimo em todas as redes socias. Estivesse ele no fim do mundo, no meio de \u00edndios ou numa barquinho no meio da selva, nunca ia dormir sem fazer o relat\u00f3rio completo do dia (escrevia com pena e nanquim, imagine). Recolhia as amostras e mandava tudo para o irm\u00e3o (os correios ainda n\u00e3o perdiam e nem estragavam as caixas nessa \u00e9poca). Mais tarde, esse acervo precioso se transformou em livros de refer\u00eancia importantes em v\u00e1rias \u00e1reas do conhecimento.<\/p>\n

J\u00e1 Gauss era filho de um jardineiro com uma dona de casa e estudava em uma escola b\u00e1sica na cidadezinha de Braunschweig (Baixa Sax\u00f4nia) quando chamou aten\u00e7\u00e3o do professor de matem\u00e1tica da escola. O mestre ficou t\u00e3o impressionado com o assombroso racioc\u00ednio l\u00f3gico do menino que pediu ajuda ao duque da regi\u00e3o para mand\u00e1-lo para a universidade (ele s\u00f3 tinha 14 anos). Gauss tinha uma vida miser\u00e1vel, sempre com dores nas costas e problemas de est\u00f4mago, mas acabou sendo reconhecido como um dos maiores g\u00eanios matem\u00e1ticos da hist\u00f3ria. Ao contr\u00e1rio de Humboldt, detestava viajar. Mesmo assim, medir o mundo era tamb\u00e9m uma das suas compuls\u00f5es, o que acabou aproximando dois dos mais privilegiados c\u00e9rebros da \u00e9poca.<\/p>\n

O livro trata basicamente do encontro entre os dois (Humboldt insistiu para que Gauss participasse de um Semin\u00e1rio em Berlin), onde acabaram se tornando grandes amigos.<\/p>\n

Gostei demais, apesar da dificuldade na leitura (nossa, levei um m\u00eas inteiro para dar cabo da obra) e recomendo muito. Ainda mais porque dei uma pesquisada e descobri que o livro j\u00e1 foi traduzido para o portugu\u00eas e j\u00e1 fizeram at\u00e9 um filme.<\/p>\n

Deleitem-se!<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

“Die vermessung der Welt”, de Daniel Kehlmann, conta a hist\u00f3ria do encontro de dois dos maiores g\u00eanios que a Alemanha gerou: Alexander von Humboldt e Carl Friedrich Gauss.<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":18516,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[85,25,82,75,49,51],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/18513"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=18513"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/18513\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=18513"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=18513"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=18513"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}