Minha passagem por Belo Horizonte foi de muito trabalho, mas como tamb\u00e9m sou filha de Deus, no domingo tive uma folguinha e pude contar com a luxuosa companhia do querido Emerson Rezende para visitar a exposi\u00e7\u00e3o Guerra e Paz, de Portinari.<\/p>\n
No s\u00e1bado fomos ver Escher e ficamos nada menos que 3h10 na fila (dando risada, mas com o Emerson n\u00e3o tem outro jeito)! Valeu a pena, mas estava t\u00e3o cheio que n\u00e3o deu para fotografar nada. Belo Horizonte est\u00e1 esbanjando cultura, ainda perdi mais duas exposi\u00e7\u00f5es bacanas por pura falta de tempo e fiquei com vontade de ver mais (isso porque sa\u00edmos do Portinari para a feira internacional de hist\u00f3rias em quadrinhos, sensacional). Enfim, os mineiros realmente n\u00e3o podem reclamar de op\u00e7\u00f5es\u2026<\/p>\n
Mas voltando ao C\u00e2ndido Portinari, o que mais me surpreendeu foi constatar o tamanho gigantesco da minha ignor\u00e2ncia em rela\u00e7\u00e3o aos trabalhos do artista.<\/p>\n
A exposi\u00e7\u00e3o se chama Guerra e Paz em alus\u00e3o aos dois paineis enormes (2,2 m x 5 m) que ele pintou para a sede da ONU em New York, entre 1952 e 1956. O trabalho \u00e9 monumental e \u00e9 muito emocionante v\u00ea-lo de perto. O Cine Theatro Brasil Vallourec, reinaugurado justamente na abertura desse evento, \u00e9 um pr\u00e9dio lindo que faz parte da hist\u00f3ria da cidade. O trabalho de restaura\u00e7\u00e3o est\u00e1 de babar…<\/p>\n
At\u00e9 ent\u00e3o, s\u00f3 conhecia as obras mais famosas que retratam trabalhadores bra\u00e7ais e os famosos meninos de Brod\u00f3ski (e a dos retirantes, claro, sempre muito impressionante), al\u00e9m de alguns quadros cubistas, mas, gente! O que \u00e9 aquela variedade de retratos e tudo quanto \u00e9 estilo, inclusive alguns beirando a caricatura? O cara n\u00e3o \u00e9 um dos principais nomes da arte brasileira \u00e0 toa n\u00e3o. Prol\u00edfico at\u00e9 dizer chega, o sujeito era um verdadeiro g\u00eanio. Era t\u00e3o criativo e compulsivo pelo trabalho que acabou morrendo de intoxica\u00e7\u00e3o por chumbo, presente nas tintas a \u00f3leo.<\/p>\n
Infelizmente n\u00e3o deu para ver cada detalhe da exposi\u00e7\u00e3o como gostaria, mas a grande sacada dos curadores foi usar uma parede inteira para projetar em sequ\u00eancia as telas com esbo\u00e7os, retratos, estudos e quadros diversos. A gente ficou mais de meia hora hipnotizado e a sequ\u00eancia n\u00e3o se repetiu nenhuma vez. S\u00f3 fomos embora porque o museu ia fechar, uma pena.<\/p>\n
Se um dia voc\u00ea tiver chance de ver a exposi\u00e7\u00e3o, n\u00e3o pense duas vezes: corra. E chegue bem antes do museu fechar, por favor!<\/p>\n
<\/p>\n
Tinha um v\u00eddeo contextualizando o trabalho, antes da grande emo\u00e7\u00e3o de ver o mural, que foi usado estrategicamente como tela de proje\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
<\/p>\n
<\/p>\n
<\/a><\/p>\n <\/a><\/p>\n <\/a><\/p>\n <\/a><\/p>\n <\/a><\/p>\n <\/a><\/p>\n <\/a><\/p>\n