![\"coolhunter\"](\"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-content\/uploads\/2014\/02\/coolhunter.jpg\")
<\/a>J\u00e1 faz alguns anos assisti a uma palestra do querid\u00edssimo Antonio Jorge Petruzzia, um designer de quem sou f\u00e3, onde ele dava a dica do livro “T\u00e3o ontem<\/em>“, de Scott Westerfeld.<\/p>\nFiquei com aquilo na cabe\u00e7a, mas minha lista era t\u00e3o enorme que acabei deixando passar o tempo. Pois essa semana estava xeretando uma livraria (aqui em Berlim \u00e9 o para\u00edso; os lan\u00e7amentos podem custar at\u00e9 \u20ac 30, mas est\u00e1 lotado de lojas vendendo livros \u00f3timos por \u20ac 1,00!) e achei “Cool Hunter<\/em>“.<\/p>\n Olhando a ficha t\u00e9cnica, vi que o original em ingl\u00eas era “So Yesterday<\/em>“, ou seja… \u00a0os alem\u00e3es tamb\u00e9m costumam mudar os t\u00edtulos quando eles acham melhor (e at\u00e9 que nesse caso nem ficou ruim).<\/p>\n Bom, por apenas uma moedinha levei o tal tijolo para casa. A hist\u00f3ria fala de um adolescente nova-iorquino que trabalha como cool hunter<\/em> para uma empresa de consultoria. Em suas pesquisas, ele encontra na rua uma mo\u00e7a da mesma idade que inova na maneira de amarrar os t\u00eanis e ent\u00e3o come\u00e7a uma s\u00e9rie de aventuras da dupla; olha, daria um bel\u00edssimo filme de Sess\u00e3o da Tarde. Mas o interessante da hist\u00f3ria (que \u00e9 justamente o ponto em que o Jorge chamou aten\u00e7\u00e3o) \u00e9 a maneira como \u00e9 descrito o processo de lan\u00e7amento de um novo produto, principalmente no mercado da moda.<\/p>\n \u00c9 basicamente uma pir\u00e2mide, onde no topo est\u00e3o os inovadores<\/em>, ou seja, as pessoas que t\u00eam ideias originais (tipo um jeito diferente de amarrar um t\u00eanis). A\u00ed aparecem, logo abaixo, os trendsetters<\/em>, que acham isso bacana e adotam imediatamente; os trendsetters<\/em> s\u00e3o formadores de opini\u00e3o, pessoas em evid\u00eancia (pelo menos no mundinho da moda). Em seguida, entram os early-adopters<\/em> (Fr\u00fchen \u00dcbernehmen<\/em>, em alem\u00e3o), que s\u00e3o as primeiras pessoas comuns a usarem o tal neg\u00f3cio. Da\u00ed pra frente tem o resto; os conservadores, que usam depois que todo mundo j\u00e1 usou ou ent\u00e3o aqueles que nem chegam a usar (os estagnados, ou Stehengebliebenen<\/em>).<\/p>\n Pois os cool hunters<\/em> cortam o caminho, descobrindo as inova\u00e7\u00f5es e levando-as direto ao mercado de massa por meio dessas consultorias para empresas. Por causa disso, h\u00e1 conflitos de interesses e grupos discordantes, o que traz aventuras e mist\u00e9rio \u00e0 hist\u00f3ria (que, talvez por causa do idioma, achei um pouco confusa).<\/p>\n Penso que o livro \u00e9 bem interessante (talvez porque um dos meus planos \u00e9 fazer o curso de Cool Hunting<\/em>\u00a0com a Fah Maioli em Mil\u00e3o, nesse ano ou no outro), ent\u00e3o fica a dica para quem curte o assunto (na verdade, acredito que todos os designers seriam beneficiados em l\u00ea-lo).<\/p>\n J\u00e1 tinha pesquisado um pouco sobre o assunto para uma disciplina que ministrei uma vez para o curso de gradua\u00e7\u00e3o em design. Quem tiver interesse em saber mais, \u00e9 s\u00f3 clicar aqui<\/a> para ler o outro post a respeito de tend\u00eancias<\/a>.<\/p>\n Mas pesquisando um pouco sobre as outras obras do autor, fiquei interessada mesmo \u00e9 na s\u00e9rie de fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica Uglies<\/em>. Vou procurar os livros e a\u00ed conto mais.<\/p>\n Por ora, essa \u00e9 a dica. Ok, com anos de atraso, mas ainda est\u00e1 valendo, n\u00e9, Jorge?<\/p>\n NOTA (2022): Anos depois, de fato consegui faer o curso de coolhunting e inclusive tem a resenha do livro da Fah Maioli aqui<\/a>.<\/p>\n