Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794
{"id":20020,"date":"2014-03-19T17:03:12","date_gmt":"2014-03-19T20:03:12","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=20020"},"modified":"2020-05-09T13:01:07","modified_gmt":"2020-05-09T16:01:07","slug":"serie-cores-os-segredos-do-azul","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/serie-cores-os-segredos-do-azul\/","title":{"rendered":"S\u00e9rie cores: os segredos do azul"},"content":{"rendered":"

\"IMG_9054\"<\/a><\/p>\n

Conforme prometido, vou compartilhar aqui\u00a0alguns cap\u00edtulos do livro \u201cWie Farben wirken: Farbpsychologie, Farbsymbolik und Kreative Farbgestaltung<\/em>\u201c, de Eva Heller, que fez uma pesquisa e descobriu, entre outras coisas, que azul \u00e9 a cor favorita de 38% das pessoas que entrevistou (n\u00e3o d\u00e1 para estender isso como regra geral porque, como vimos no post anterior<\/a>, a percep\u00e7\u00e3o depende do contexto e das circunst\u00e2ncias, al\u00e9m do perfil do grupo pesquisado).<\/p>\n

Uma coisa interessante e que eu nunca tinha reparado \u00e9 que \u00e9 poss\u00edvel usar as cores para da impress\u00e3o de perspectiva. Quanto mais quente a cor, maior a sensa\u00e7\u00e3o de proximidade. Quanto mais fria, mais distante. Como o azul \u00e9 a cor mais fria da paleta, sempre que um pintor quer representar alguma coisa bem longe, usa azul (e quanto mais claro, mais distante).<\/p>\n

At\u00e9 o in\u00edcio do s\u00e9culo passado, quando os pigmentos sint\u00e9ticos foram popularizados, escolher a cor de uma roupa n\u00e3o era uma quest\u00e3o de gosto, mas de bolso. Como alguns corantes eram mais raros que outros, o pre\u00e7o variava muito. Bem, o mais comum, popular e barato era justamente o nosso querido azul.<\/p>\n

Mas n\u00e3o pense que todo azul era acess\u00edvel; o azul-royal (ou real) tem esse nome justamente porque sua intensidade fazia o pre\u00e7o ficar t\u00e3o alto que us\u00e1-lo era privil\u00e9gio de reis. O pov\u00e3o usava uma coisa mais para o desbotado, tanto que os trabalhadores eram conhecidos como “colarinho azul” em contraste com o pessoal que mandava mesmo, os do “colarinho branco”. Os uniformes dos oper\u00e1rios chineses tamb\u00e9m eram essa cor.<\/p>\n

O tom mais comum era o chamado \u00edndigo (sim, esses das cal\u00e7as jeans, que ainda nem sonhavam em existir na \u00e9poca) e a cor vinha de uma planta chamada Waid (n\u00e3o encontrei nenhuma tradu\u00e7\u00e3o) que, ironicamente, \u00e9 um arbusto com florzinhas amarelas. Os celtas usavam o pigmento para pintar o rosto de azul e assustar os romanos (e a gente que achava o Blue Man Group<\/em><\/a> muito original…rsrs). Alexandre o Grande ordenou que se plantasse Waid em todas as fazendas, s\u00edtios e terrenos dos seus dom\u00ednios.<\/p>\n

Para se ter uma ideia da import\u00e2ncia da tal plantinha, no in\u00edcio do s\u00e9culo XVIII j\u00e1 havia mais de 300 povoados especializados em plant\u00e1-la na Europa. Como somente as folhas eram usadas na fabrica\u00e7\u00e3o do corante, a planta podia dar v\u00e1rias “colheitas” durante o ano. As folhas ficavam cerca de 2 semanas secando ao sol e depois eram colocadas numa tina para receber o principal ingrediente: urina fresca de homens alcoolizados. Com o sol, a urina se transformava em \u00e1lcool e fazia a oxida\u00e7\u00e3o acontecer. J\u00e1 pensou ter um emprego desses, onde voc\u00ea tem que passar o dia enchendo a cara (mas s\u00f3 quando tem sol) e fazendo xixi numa tina?<\/p>\n

N\u00e3o \u00e9 por nada que em alem\u00e3o, quando uma pessoa est\u00e1 b\u00eabada, diz-se que ela est\u00e1 Blau<\/em> (azul). Acho que a maioria dos alem\u00e3es nem sabe da origem do termo…rsrs<\/p>\n

O nome Indigo significa “que vem da \u00cdndia”, mas nesse pa\u00eds eles usavam outra planta (essa com cachos de florzinhas brancas ou rosadas, que os europeus acabaram chamando de Indigo tamb\u00e9m). A verdade \u00e9 que o pigmento dava em todo lugar; at\u00e9 os fara\u00f3s eg\u00edpcios tinham suas m\u00famias pintadas de azul, s\u00f3 que a planta que os indianos usavam resultava numa cor mais intensa e luminosa que a Waid, usada pelos europeus. Inclusive, uma das coisas que motivou Vasco da Gama a buscar o caminho das \u00cdndias era justamente trazer o corante feito com Indigo.<\/p>\n

O azul era t\u00e3o importante para a economia que o Indigo foi proibido na Alemanha em 1577 por conta de um lobby dos plantadores de Waid (a Fran\u00e7a tamb\u00e9m proibiu em 1598 e a Inglaterra em 1611). Em 1654 o Kaiser chegou a declarar que o Indigo era a cor do diabo. Como o pior Indigo era igual ao melhor Waid e a concorr\u00eancia acaba regulando o mercado, os plantadores acabaram capitulando e o corante foi legalizado em 1737.<\/p>\n

No s\u00e9culo dezenove, os qu\u00edmicos desenvolveram corantes sint\u00e9ticos de v\u00e1rias cores, mas o azul continuava sendo um mist\u00e9rio. Em 1865 as empresas alem\u00e3s Bayer e Hoechst se uniram para fundar a BASF (Badische Anilin und Soda Fabrik<\/em>) e chegaram a investir 18 milh\u00f5es de marcos nessa busca (a f\u00f3rmula at\u00e9 era conhecida, mas car\u00edssima de ser produzida). A luta foi complicada, pois os fabricantes do corante natural baixaram o pre\u00e7o para desestimular o desenvolvimento de uma vers\u00e3o sint\u00e9tica. Um verdadeiro drama, pois por causa das anilinas (o pigmento artificial) o Indigo original foi praticamente extinto, assim como a Waid.<\/p>\n

Nossa, quem podia imaginar que o azul tinha tanta hist\u00f3ria, n\u00e9?<\/p>\n

Por falar nisso, tudo azul a\u00ed com voc\u00ea?<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O azul \u00e9 uma cor cheia de segredos na sua hist\u00f3ria. Conhe\u00e7a aqui algumas muito curiosas \ud83d\ude42<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":20022,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[29,81,25,38,26,35,82,49,39],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/20020"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=20020"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/20020\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":26044,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/20020\/revisions\/26044"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=20020"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=20020"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=20020"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}