Blue Man Group<\/em><\/a> muito original…rsrs). Alexandre o Grande ordenou que se plantasse Waid em todas as fazendas, s\u00edtios e terrenos dos seus dom\u00ednios.<\/p>\nPara se ter uma ideia da import\u00e2ncia da tal plantinha, no in\u00edcio do s\u00e9culo XVIII j\u00e1 havia mais de 300 povoados especializados em plant\u00e1-la na Europa. Como somente as folhas eram usadas na fabrica\u00e7\u00e3o do corante, a planta podia dar v\u00e1rias “colheitas” durante o ano. As folhas ficavam cerca de 2 semanas secando ao sol e depois eram colocadas numa tina para receber o principal ingrediente: urina fresca de homens alcoolizados. Com o sol, a urina se transformava em \u00e1lcool e fazia a oxida\u00e7\u00e3o acontecer. J\u00e1 pensou ter um emprego desses, onde voc\u00ea tem que passar o dia enchendo a cara (mas s\u00f3 quando tem sol) e fazendo xixi numa tina?<\/p>\n
N\u00e3o \u00e9 por nada que em alem\u00e3o, quando uma pessoa est\u00e1 b\u00eabada, diz-se que ela est\u00e1 Blau<\/em> (azul). Acho que a maioria dos alem\u00e3es nem sabe da origem do termo…rsrs<\/p>\nO nome Indigo significa “que vem da \u00cdndia”, mas nesse pa\u00eds eles usavam outra planta (essa com cachos de florzinhas brancas ou rosadas, que os europeus acabaram chamando de Indigo tamb\u00e9m). A verdade \u00e9 que o pigmento dava em todo lugar; at\u00e9 os fara\u00f3s eg\u00edpcios tinham suas m\u00famias pintadas de azul, s\u00f3 que a planta que os indianos usavam resultava numa cor mais intensa e luminosa que a Waid, usada pelos europeus. Inclusive, uma das coisas que motivou Vasco da Gama a buscar o caminho das \u00cdndias era justamente trazer o corante feito com Indigo.<\/p>\n
O azul era t\u00e3o importante para a economia que o Indigo foi proibido na Alemanha em 1577 por conta de um lobby dos plantadores de Waid (a Fran\u00e7a tamb\u00e9m proibiu em 1598 e a Inglaterra em 1611). Em 1654 o Kaiser chegou a declarar que o Indigo era a cor do diabo. Como o pior Indigo era igual ao melhor Waid e a concorr\u00eancia acaba regulando o mercado, os plantadores acabaram capitulando e o corante foi legalizado em 1737.<\/p>\n
No s\u00e9culo dezenove, os qu\u00edmicos desenvolveram corantes sint\u00e9ticos de v\u00e1rias cores, mas o azul continuava sendo um mist\u00e9rio. Em 1865 as empresas alem\u00e3s Bayer e Hoechst se uniram para fundar a BASF (Badische Anilin und Soda Fabrik<\/em>) e chegaram a investir 18 milh\u00f5es de marcos nessa busca (a f\u00f3rmula at\u00e9 era conhecida, mas car\u00edssima de ser produzida). A luta foi complicada, pois os fabricantes do corante natural baixaram o pre\u00e7o para desestimular o desenvolvimento de uma vers\u00e3o sint\u00e9tica. Um verdadeiro drama, pois por causa das anilinas (o pigmento artificial) o Indigo original foi praticamente extinto, assim como a Waid.<\/p>\nNossa, quem podia imaginar que o azul tinha tanta hist\u00f3ria, n\u00e9?<\/p>\n
Por falar nisso, tudo azul a\u00ed com voc\u00ea?<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
O azul \u00e9 uma cor cheia de segredos na sua hist\u00f3ria. Conhe\u00e7a aqui algumas muito curiosas \ud83d\ude42<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":20022,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[29,81,25,38,26,35,82,49,39],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/20020"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=20020"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/20020\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":26044,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/20020\/revisions\/26044"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=20020"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=20020"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=20020"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}