Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794
{"id":21108,"date":"2015-02-23T08:00:03","date_gmt":"2015-02-23T11:00:03","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=21108"},"modified":"2022-11-14T10:52:50","modified_gmt":"2022-11-14T13:52:50","slug":"tipos-para-todos-os-gostos","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/tipos-para-todos-os-gostos\/","title":{"rendered":"Tipos para todos os gostos"},"content":{"rendered":"

\"IMG_9234\"<\/a><\/p>\n

N\u00e3o me lembro como \u00e9 que cheguei nesse livro (deve ter sido por uma das trocentas newsletters que assino), mas, olha, valeu demais. Comprei no pr\u00e9-lan\u00e7amento no final de janeiro e recebi semana passada, com\u00a0aut\u00f3grafo e tudo!<\/p>\n

The type taster: how fonts influence you<\/a><\/strong>, de Sarah Hyndman, foi uma das melhores surpresas dos \u00faltimos tempos. A expectativa j\u00e1 era alta (por causa do nome), mas Sarah conseguiu super\u00e1-las.<\/p>\n

O come\u00e7o \u00e9 o b\u00e1sico de qualquer livro de tipografia: fala da influ\u00eancia\u00a0sutil das fontes tipogr\u00e1ficas em qualquer pe\u00e7a de comunica\u00e7\u00e3o e observa que\u00a0o que era dom\u00ednio de poucos at\u00e9 pouco tempo atr\u00e1s, tornou-se popular e acess\u00edvel a qualquer um. Hoje, escolhe-se a fonte em que se vai ler um texto no Kindle como se fossem\u00a0sabores de pizza. Conta o caso da Gap, que tentou mudar seu logotipo e teve que voltar atr\u00e1s por causa da rea\u00e7\u00e3o indignada dos clientes (ela n\u00e3o citou a Ikea, mas o caso foi an\u00e1logo).<\/p>\n

Um pouquinho de hist\u00f3ria tamb\u00e9m est\u00e1 l\u00e1: a primeira fonte (Engravers Old English<\/em>, de 1450, com aquelas letras g\u00f3ticas, usadas\u00a0por Gutenberg para imprimir a primeira b\u00edblia), a inven\u00e7\u00e3o de outras fontes mais leg\u00edveis e, principalmente, a revolu\u00e7\u00e3o provocada pela inven\u00e7\u00e3o do it\u00e1lico<\/em>, que diminuiu consideravelmente o tamanho e peso dos livros, aumentando sua portabilidade.<\/p>\n

Sarah nos conta que os tipos, assim como as cores, sons, texturas, sabores e cheiros, provocam emo\u00e7\u00f5es e alteram a mensagem comunicada. Eles carregam mensagens subliminares, justamente porque a maioria de n\u00f3s n\u00e3o presta aten\u00e7\u00e3o neles. As fontes fazem o papel de nosso tom de voz quando falamos: a palavra toda escrita em caixa alta (mai\u00fasculas) simula gritos; fontes \u201cgordinhas” equivalem a vozes graves, assim como as magrinhas, mais sutis, representam os sons mais agudos. As curvas e elementos d\u00e3o musicalidade ao discurso, al\u00e9m de assertividade, seriedade, enfim, uma s\u00e9rie de caracter\u00edsticas que afetam\u00a0o resultado final de nossa percep\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Um exemplo bem comum\u00a0\u00e9 o de fazer com que um alimento industrializado pare\u00e7a ser\u00a0feito artesanalmente: ao inserir algumas falhas propositais na fonte tipogr\u00e1fica, como se fosse carimbada ou aplicada com est\u00eancil, a mensagem \u00e9 comunicada sem que o fabricante corra o risco de ser acusado de propaganda enganosa. Malino, n\u00e9?<\/p>\n

Hyndman\u00a0fala um pouco tamb\u00e9m dos\u00a0princ\u00edpios semi\u00f3ticos: as formas arredondadas, como j\u00e1 nos explicou Donald Norman<\/a>, s\u00e3o normalmente associadas \u00e0\u00a0sensa\u00e7\u00e3o de conforto, ao contr\u00e1rio dos \u00e2ngulos agudos, que despertam nossos alarmes de perigo.<\/p>\n

Em outro exemplo, ela nos explica como se sustentam os clich\u00eas nos cartazes de cinema: porque sempre se usa sempre fontes sem serifa para anunciar com\u00e9dias; tipos modernos como o Didot para promover filmes rom\u00e2nticos e a fam\u00edlia Trajan para filmes \u00e9picos e inspiradores? H\u00e1 fontes associadas ao luxo nost\u00e1lgico, ao dinheiro, \u00e0 moda, aos movimentos revolucion\u00e1rios, \u00e0 fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica, enfim, \u00e9 s\u00f3 observar com cuidado que d\u00e1 para identificar padr\u00f5es.<\/p>\n

Mas o mais bacana mesmo s\u00e3o as muitas pesquisas pr\u00e1ticas que ela \u00a0faz para descobrir\u00a0como as pessoas percebem e sentem os tipos.\u00a0Tem uma em que ela pede para o povo adivinhar quais s\u00e3o os produtos mais caros e mais baratos s\u00f3 pela fonte usada no r\u00f3tulo e qual a profiss\u00e3o de algu\u00e9m s\u00f3 com base nas fontes tipogr\u00e1ficas usadas no seu cart\u00e3o de visitas (ela produz v\u00e1rios, com as mesmas informa\u00e7\u00f5es, mudando apenas a fonte). Ali\u00e1s, esse cap\u00edtulo sobre a rela\u00e7\u00e3o entre as fontes e as profiss\u00f5es j\u00e1 vale o livro. \u00c9 claro que se pode fugir dos clich\u00eas, mas h\u00e1 que se ter em mente que a mensagem ter\u00e1 um pouco mais de dificuldade de ser apreendida pela maior parte das pessoas.<\/p>\n

At\u00e9 a rea\u00e7\u00e3o dos leitores a determinadas not\u00edcias no jornal sofrem influ\u00eancia de acordo com a fonte em que o texto \u00e9 escrito. \u00c9 claro que isso n\u00e3o \u00e9 novidade para quem j\u00e1 leu um pouco sobre tipografia; o que ainda n\u00e3o tinha visto eram pesquisas com n\u00fameros que comprovassem a teoria.<\/p>\n

Outro caso interessante \u00e9 a avalia\u00e7\u00e3o que as pessoas fazem de um chef de um restaurante baseando-se na fonte tipogr\u00e1fica do menu. \u00c9 incr\u00edvel a influ\u00eancia, inclusive na percep\u00e7\u00e3o de pre\u00e7o. H\u00e1 pegadinhas onde se faz uma pergunta\u00a0capciosa (exemplo: \u201cquantos animais de cada esp\u00e9cie Mois\u00e9s levou para a arca?<\/em>\u201d. O trabalho\u00a0do\u00a0pesquisador David Lewis mostra que se a fonte \u00e9 f\u00e1cil de ler, 80% das pessoas erra e responde um par. Quando a fonte exige um pouco mais de concentra\u00e7\u00e3o na leitura, esse n\u00famero cai para 50%; metade consegue se dar conta que o sujeito da arca \u00e9 o No\u00e9, n\u00e3o o Mois\u00e9s. Louco isso, n\u00e9?<\/p>\n

As fontes tamb\u00e9m influenciam o humor das pessoas e fazem com que elas consigam voltar no tempo (e nesse cap\u00edtulo fiquei sabendo que h\u00e1 o Museum of Brands<\/a> em Londres que guarda embalagens desde a \u00e9poca Vitoriana. N\u00e3o posso perder de jeito nenhum!).<\/p>\n

Sarah gosta e sabe brincar com as letras. Ela apresenta o equivalente tipogr\u00e1fico aos filtros de imagens do instagram.\u00a0\u00c9 legal demais, olha s\u00f3:<\/p>\n

\"IMG_9334\"<\/a><\/p>\n

Ela diz tamb\u00e9m que as fontes que a gente mais gosta e usa revelam muito sobre a nossa personalidade (claro, assim como as roupas, o corte de cabelo, etc). Por isso, o livro \u00e9 oferecido com a capa em cinco fontes diferentes e voc\u00ea escolhe qual prefere quando faz o pedido: Baskerville<\/em>, Claredon<\/em>, Didot<\/em>, Gill Sans<\/em> e Helvetica<\/em>. O meu \u00e9 em Gill Sans<\/em> (adoro). Resumo: sou uma tradicionalista que gosta de pensar que \u00e9 moderna\u2026rsrsrs. O texto \u00e9 bem maior, mas n\u00e3o vou reproduzi-lo aqui n\u00e3o (parece hor\u00f3scopo; acerta umas coisas e erra outras).<\/p>\n

Olha, o livro \u00e9 divers\u00e3o at\u00e9 o\u00a0fim: veio com um \u00f3culos 3D para o estudo da percep\u00e7\u00e3o das fontes, prop\u00f5e uma s\u00e9rie de atividades (\u00f3timo para professores) e at\u00e9 fotos de balas e biscoitos que traduzem a personalidade de cada fonte tem (com receitas e tudo!).<\/p>\n

Meu \u00fanico reparo \u00e9 que essa primeira edi\u00e7\u00e3o, de 2.000 exemplares, foi impressa on demand<\/em>. Da\u00ed que a encaderna\u00e7\u00e3o \u00e9 boa, mas como o papel interno \u00e9 muito grosso (170 g\/cm\u00b2), fica dif\u00edcil de manter o livro aberto durante a leitura.<\/p>\n

No mais, recomendo com estrelinhas. Vai l\u00e1: The type taster<\/a>.<\/p>\n

ATUALIZA\u00c7\u00c3O: A vers\u00e3o que eu comprei foi da pr\u00f3pria autora; pelo jeito fez sucesso, pois ela j\u00e1 lan\u00e7ou a\u00a0segunda edi\u00e7\u00e3o revisada com a mudan\u00e7a de t\u00edtulo para\u00a0Why Fonts Matter <\/em><\/strong>e est\u00e1 dispon\u00edvel na Amazon (clique aqui<\/a> para comprar).<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Voc\u00ea sabia que at\u00e9 a fonte tipogr\u00e1fica que se usa no menu influencia a percep\u00e7\u00e3o que a gente tem do chef do restaurante? E que a fonte usada no cart\u00e3o de visitas diz muito sobre o profissional? Vem saber mais!<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":21115,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,50,25,26,35,48,49,73],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/21108"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=21108"}],"version-history":[{"count":3,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/21108\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":27437,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/21108\/revisions\/27437"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=21108"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=21108"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=21108"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}