Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794
{"id":22227,"date":"2016-01-11T16:11:38","date_gmt":"2016-01-11T18:11:38","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=22227"},"modified":"2016-01-11T16:11:38","modified_gmt":"2016-01-11T18:11:38","slug":"como-ver-o-mundo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/como-ver-o-mundo\/","title":{"rendered":"Como ver o mundo"},"content":{"rendered":"

\"9780141977409\"<\/a><\/p>\n

Encontrei \u201cHow to see the world<\/i><\/b>\u201d, do professor de m\u00eddia, cultura e comunica\u00e7\u00e3o da New York University, Nicholas Mirzoeff, num cantinho da livraria do Kultur Forum, em Berlim. Estava saindo meio atordoada da bel\u00edssima exposi\u00e7\u00e3o Boticelli, que re\u00fane originais e releituras, quando dei de cara com essa brochura linda da cole\u00e7\u00e3o A Pelican Introduction<\/i> (j\u00e1 vi que tem outros t\u00edtulos \u00f3timos).<\/p>\n

Como resistir a algu\u00e9m que se prop\u00f5e a ensinar a gente a ver o mundo? Dica: n\u00e3o resista. Vale cada s\u00edlaba impressa. Os cap\u00edtulos s\u00e3o divididos em: Como ver o mundo; Como ver voc\u00ea mesmo; Como pensamos sobre o ato de ver; O mundo da guerra; O mundo da tela; Cidades mundiais, mundos de cidades; O mundo em mudan\u00e7a; Mudando o mundo; Ativismo visual.<\/p>\n

\u00c9 muita coisa para resumir numa resenha de uma p\u00e1gina, mas, na minha opini\u00e3o, j\u00e1 na introdu\u00e7\u00e3o ele mostra a que veio e apresenta n\u00fameros impressionantes (e atuais,\u00a0 pois o livro \u00e9 do final de 2015) como o fato de 52% da popula\u00e7\u00e3o da Nig\u00e9ria ter menos de 15 anos (assim como 40% de toda a popula\u00e7\u00e3o da \u00c1frica Sub-Sahariana). Tanto na \u00cdndia como na China, mais da metade da popula\u00e7\u00e3o tem menos de 25 anos de idade. Que 6 bilh\u00f5es de horas de v\u00eddeo s\u00e3o assistidos todos os meses no Youtube, uma hora para cada pessoa na Terra. Somente no ano de 2014, um trilh\u00e3o de fotos foram tiradas; um belo n\u00famero, se a gente considerar que at\u00e9 2011, todas as fotos existentes somavam 3 a 5 trilh\u00f5es. At\u00e9 o final da d\u00e9cada, segundo o Google, ser\u00e3o 5 bilh\u00f5es de pessoas conectadas \u00e0 internet (em 2012, mais de 33% da popula\u00e7\u00e3o j\u00e1 tinha acesso).<\/p>\n

Ele conclui que, querendo ou n\u00e3o, somos uma sociedade cada vez mais visual e a tend\u00eancia \u00e9 aumentar a comunica\u00e7\u00e3o por esse meio, uma vez que o mundo \u00e9 majoritariamente jovem e vive nas cidades. E a internet n\u00e3o \u00e9 mais um meio de comunica\u00e7\u00e3o de massa. \u00c9 o primeiro meio universal do Planeta Terra<\/i>.<\/p>\n

Ele mostra que isso tamb\u00e9m mudou a maneira como vemos as coisas e o mundo.<\/p>\n

Nicholas usa como exemplo uma foto da Nasa, de 1972, tirada pelo astronauta Jack Schmitt, tripulante da Apollo 17. A imagem intitulada \u201cM\u00e1rmore Azul\u201d \u00e9 uma das mais reproduzidas at\u00e9 hoje, pois pela primeira vez o planeta aparece inteiro numa fotografia. Ele a compara com a mesma foto tirada em 2012, que utiliza uma montagem de v\u00e1rias imagens de sat\u00e9lite com as cores e distor\u00e7\u00f5es corrigidas. \u00c9 mais exata que a foto original, mas \u00e9 falsa. \u00c9 uma montagem. Ningu\u00e9m foi l\u00e1 e fez o click. A imagem \u00e9 uma combina\u00e7\u00e3o de informa\u00e7\u00f5es mais precisas, por\u00e9m, parciais. \u00c9 assim que estamos vendo o mundo agora.<\/p>\n

E mais; no mesmo ano de 2012, o astronauta japon\u00eas Aki Hoshide estava na mesma situa\u00e7\u00e3o de Jack Schmitt, mas em vez de fotografar a Terra vista do espa\u00e7o, ele virou a c\u00e2mera e fez uma selfie. A Terra aparece em segundo plano, no reflexo do seu capacete. Mais emblem\u00e1tico, imposs\u00edvel.<\/p>\n

N\u00e3o \u00e0 toa, o primeiro cap\u00edtulo \u00e9 todo sobre o fen\u00f4meno das selfies. O bacana \u00e9 que o autor n\u00e3o gasta tempo fazendo cr\u00edticas a \u201cessa juventude que est\u00e1 a\u00ed\u201d. Ele analisa fatos, tend\u00eancias e nos ajuda a ver esse mundo t\u00e3o surpreendente, conectado, imediatista e cada vez mais visual.<\/p>\n

Mirzoeff afirma que cultura visual envolve as coisas que n\u00f3s vemos, o modelo mental que define como e o que n\u00f3s vemos, e o que podemos fazer com o resultado disso. Cultura visual \u00e9 a rela\u00e7\u00e3o entre o que percebemos vis\u00edvel e o nome que damos ao que est\u00e1 sendo visto. E isso implica em conhecer tamb\u00e9m o que \u00e9 invis\u00edvel, o que n\u00e3o percebemos.<\/p>\n

Ele ainda diz que o conceito de cultura visual mudou de 1990 para c\u00e1; antes, t\u00ednhamos que ir ao cinema para ver filmes, ao museu para ver exposi\u00e7\u00f5es, ou visitar algu\u00e9m em casa para ver suas fotografias. E ele diz mais: \u201cVer n\u00e3o \u00e9 acreditar. \u00c9 algo que n\u00f3s fazemos, uma esp\u00e9cie de performance<\/i>\u201d.<\/p>\n

Olha, vale ler o livro inteiro. Ele fala sobre os grafites, os mapas, a diferen\u00e7a conceitual entre as atuais selfies e os antigos auto-retratos, as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, a arte contempor\u00e2nea, o fen\u00f4meno da urbaniza\u00e7\u00e3o, a comunica\u00e7\u00e3o e a conex\u00e3o nas cidades, e, principalmente, sobre como \u00e9 poss\u00edvel mudar o mundo por meio de mensagens visuais.<\/p>\n

Vai l\u00e1. Garanto que voc\u00ea n\u00e3o vai se arrepender.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O ano nem bem come\u00e7ou e esse livro j\u00e1 est\u00e1 na minha lista das leituras mais importantes de 2016. Corre para ler tamb\u00e9m!<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":22229,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,23,50,24,25,49],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/22227"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=22227"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/22227\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=22227"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=22227"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=22227"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}