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Girl on the train<\/em> (Garota no trem), de Paula Hawkins, est\u00e1 na lista dos mais vendidos faz tempo pelas bandas de c\u00e1. N\u00e3o sei se pelo fato de ter sa\u00eddo uma superprodu\u00e7\u00e3o hollywoodiana\u00a0esse ano (n\u00e3o assisti), os alem\u00e3es preferiram manter o t\u00edtulo em ingl\u00eas mesmo, tanto do livro quanto do filme.<\/p>\n

\u00c9 um thriller<\/em> bem escrito, mas fiquei com a impress\u00e3o de que o editor falou para a autora que a obra precisava ter 450 p\u00e1ginas e ela teve que dar uma esticadinha.<\/p>\n

A hist\u00f3ria \u00e9 contada por tr\u00eas mulheres: Rachel (a protagonista), Anna e Megan.<\/p>\n

Rachel morava num sub\u00farbio de Londres e adorava trens. Ela separou-se do marido h\u00e1 alguns meses e foi morar no quarto de uma amiga, em outro sub\u00farbio; a casa em que eles moravam\u00a0virou o novo lar do ex-marido\u00a0com Anna, com quem tem um beb\u00ea de meses.<\/p>\n

Rachel\u00a0come\u00e7ou a ter depress\u00e3o quando ainda era casada e n\u00e3o conseguia engravidar, de maneira que come\u00e7ou a beber. N\u00e3o consegue aceitar a separa\u00e7\u00e3o, muito menos o fato de ter sido tra\u00edda e praticamente expulsa de casa. Ela\u00a0perdeu o emprego h\u00e1 dois meses por conta da bebida, mas n\u00e3o tem coragem de contar para a amiga que a hospeda. Ent\u00e3o vai\u00a0\u00a0todo dia a Londres de trem, como se estivesse indo trabalhar. O comboio\u00a0sempre passa no lugar onde morava antes\u00a0e, de onde o trem para, consegue observar uma casa que fica em frente \u00e0 esta\u00e7\u00e3o, perto de sua ex-resid\u00eancia.<\/p>\n

Rachel romantiza a hist\u00f3ria\u00a0do casal que mora ali, fica imaginando como s\u00e3o felizes e se amam. Observa\u00a0que todo dia a mulher toma o caf\u00e9 da manh\u00e3 no terra\u00e7o, v\u00ea o casal se beijando, v\u00ea como se d\u00e3o bem. At\u00e9 que um dia ela v\u00ea outro homem beijando a mo\u00e7a, no mesmo terra\u00e7o.<\/p>\n

Rachel\u00a0se sente tra\u00edda e toma as dores do marido. N\u00e3o sabe como lidar, bebe muito, e, \u00e0 noite, vai bater na porta do ex, como j\u00e1 fez algumas vezes antes. Eles brigam e a pr\u00f3xima coisa que ela se lembra \u00e9 de acordar de manh\u00e3 toda suja, machucada\u00a0e\u00a0ensanguentada em sua pr\u00f3pria cama. Quando pega o trem para “ir trabalhar”, l\u00ea no jornal a not\u00edcia de que Megan, a mo\u00e7a que morava na casa que ela observava, sumiu.<\/p>\n

Rachel fica apavorada porque acredita que possa ter algo a ver com o sumi\u00e7o, uma vez que n\u00e3o se lembra de nada sobre aquela noite.\u00a0Megan \u00e9 encontrada morta e a\u00ed come\u00e7a a tortura de Rachel, que dedica sua vida, desse ponto em diante, a investigar\u00a0o que aconteceu. Ela quer ajudar a pol\u00edcia, que n\u00e3o lhe d\u00e1 o menor cr\u00e9dito, pois Rachel vive b\u00eabada.<\/p>\n

Como eu disse, o livro \u00e9 bem escrito, a trama \u00e9 bem amarrada e os personagens s\u00e3o bem constru\u00eddos. Mas as coisas acontecem com uma vagarosidade um pouco irritante para um thriller<\/em>. Faltando ainda umas 100 p\u00e1ginas para acabar, j\u00e1 se\u00a0sabe quem \u00e9 o assassino por dedu\u00e7\u00e3o l\u00f3gica, mas ainda assim a narrativa\u00a0se arrasta.<\/p>\n

De qualquer maneira, a hist\u00f3ria \u00e9 boa e, infelizmente, bem realista.<\/p>\n

Recomendo.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Uma mo\u00e7a passa de trem todo dia por uma esta\u00e7\u00e3o e observa um casal que mora em frente. Um dia ela v\u00ea algo que a choca. E no dia seguinte, a dona da casa desaparece. O que ser\u00e1 que aconteceu?<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":22820,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[75,49],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/22819"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=22819"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/22819\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":22881,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/22819\/revisions\/22881"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=22819"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=22819"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=22819"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}