Nunca visitei uma cidade com tantos nomes diferentes: em polon\u00eas \u00e9 Wroc\u0142aw<\/em> (com esse “l”cortado ao meio), em alem\u00e3o \u00e9 Breslau<\/em>, em h\u00fangaro \u00e9\u00a0Boroszl\u00f3, <\/i>em latim \u00e9 Vratislavia <\/i>e mais quantas\u00a0varia\u00e7\u00f5es se queira em diferentes idiomas. <\/i>Isso acontece por causa de sua hist\u00f3ria: datada do ano 1000, a cidade pertenceu primeiro\u00a0\u00e0 Pol\u00f4nia (990 ao s\u00e9culo XIV), depois ao\u00a0Reino da Bo\u00eamia (hoje Rep\u00fablica Tcheca), depois \u00e0\u00a0\u00c1ustria (1526 a 1741), mais tarde \u00e0\u00a0Pr\u00fassia (em 1871, o rei da Pr\u00fassia fundou o Imp\u00e9rio Alem\u00e3o, e a regi\u00e3o passou a pertencer \u00e0 Alemanha). Desde 1945, Wroc\u0142aw \u00e9 uma cidade polonesa.<\/p>\n Enquanto fazia parte\u00a0da Alemanha, a cidade passou por um r\u00e1pido\u00a0desenvolvimento, passando de 90 mil para 500 mil habitantes em algumas d\u00e9cadas. A Universidade de\u00a0Wroc\u0142aw, fundada em 1702, teve 11 Pr\u00eamios Nobel<\/strong><\/a> entre seus professores e alunos, a maioria alem\u00e3es. No final da Guerra, a cidade, totalmente destru\u00edda, tinha 190 mil alem\u00e3es e 17 mil poloneses; os\u00a0alem\u00e3es foram todos deportados e a situa\u00e7\u00e3o ficou bem tensa. S\u00f3 depois da queda da Uni\u00e3o Sovi\u00e9tica (e do Muro de Berlim) \u00e9 que as rela\u00e7\u00f5es ficaram mais tranquilas e a cidade se recuperou econ\u00f4mica e socialmente.<\/p>\n Hoje, Wroc\u0142aw \u00e9 conhecida como a Veneza da Pol\u00f4nia por causa de suas 12 ilhas fluviais e 130 pontes.\u00a0E\u00a0olha s\u00f3 que impressionante:\u00a0dos 640 mil habitantes, 22% s\u00e3o estudantes universit\u00e1rios<\/strong>.<\/p>\n Essa j\u00f3ia de belezura inesperada tem algumas curiosidades, olha que interessantes esses lugares!<\/p>\n 1.Centro hist\u00f3rico\u00a0(Rynek)<\/strong><\/p>\n Essa \u00e9 uma das maiores concentra\u00e7\u00f5es de pr\u00e9dios coloridos, hist\u00f3ricos, de arquitetura diversa e bem conservados que j\u00e1 vi. Considerando que tudo foi destru\u00eddo na guerra, o esfor\u00e7o de restaura\u00e7\u00e3o \u00e9 admir\u00e1vel. Acredito que tanto capricho tem a ver com o\u00a0fato da cidade ter sido Capital Cultural da Europa<\/a> no ano passado e daqui a 20 dias a cidade vai se tornar a sede dos Jogos Mundiais<\/a>. Algumas ruas depois da principal pra\u00e7a, pode-se ver a quantidade de teatros, \u00f3peras e casas de concerto (contei 17!).<\/p>\n