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{"id":25101,"date":"2018-06-07T09:15:25","date_gmt":"2018-06-07T12:15:25","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=25101"},"modified":"2021-01-15T10:05:14","modified_gmt":"2021-01-15T13:05:14","slug":"o-homo-sapiens-e-as-revolucoes-como-chegamos-ate-aqui","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/o-homo-sapiens-e-as-revolucoes-como-chegamos-ate-aqui\/","title":{"rendered":"O Homo Sapiens e as revolu\u00e7\u00f5es: como chegamos at\u00e9 aqui"},"content":{"rendered":"

H\u00e1 livros e Livros.\u00a0<\/span><\/p>\n

Sapiens, a brief history of humankind<\/i><\/b> \u00e9 do segundo tipo. Na minha opini\u00e3o, deveria ser texto de refer\u00eancia para o ensino b\u00e1sico; ele \u00e9 fundamental para que a gente consiga entender nosso papel nesse planeta.<\/p>\n

O autor, Yuval Noah Harari \u00e9 professor de Hist\u00f3ria do Mundo na Universidade de Jerusal\u00e9m e \u00e9 dono de um incr\u00edvel poder de s\u00edntese, al\u00e9m de um estilo ir\u00f4nico que faz a gente grudar no papel.<\/p>\n

Sapiens<\/strong><\/em> \u00e9 dividido em quatro partes: a revolu\u00e7\u00e3o cognitiva, a revolu\u00e7\u00e3o agr\u00edcola, a unifica\u00e7\u00e3o da humanidade e, finalmente, a revolu\u00e7\u00e3o cient\u00edfica.<\/p>\n

As defini\u00e7\u00f5es de um historiador para quem tudo \u00e9 hist\u00f3ria, s\u00e3o sensacionais pe\u00e7as de concis\u00e3o. Veja*:<\/p>\n

A hist\u00f3ria dos \u00e1tomos, mol\u00e9culas e suas intera\u00e7\u00f5es, \u00e9 chamada qu\u00edmica.<\/i><\/p>\n

A hist\u00f3ria dos organismos \u00e9 chamada biologia.<\/i><\/p>\n

H\u00e1 cerca de 70 mil anos, organismos pertencentes \u00e0 esp\u00e9cie Homo Sapiens come\u00e7aram uma forma com estruturas mais elaboradas chamadas culturas. O subsequente desenvolvimento dessas culturas humanas \u00e9 chamada hist\u00f3ria<\/i>.<\/p>\n

As tr\u00eas revolu\u00e7\u00f5es que mudaram totalmente a hist\u00f3ria s\u00e3o contadas aqui de uma maneira leve, por\u00e9m precisa e extremamente cr\u00edtica. N\u00e3o h\u00e1 her\u00f3is nem mocinhos, mas decis\u00f5es e suas consequ\u00eancias.<\/p>\n

<\/p>\n

A revolu\u00e7\u00e3o cognitiva<\/h4>\n

Apesar do c\u00e9rebro humano participar com apenas 2 ou 3% do peso do corpo, ele consome 25% de toda a energia gasta. E isso quando est\u00e1 em repouso. Nos outros primatas, o consumo n\u00e3o ultrapassa 8%. Por esse motivo, nossos ancestrais Sapiens gastavam muito mais tempo procurando comida e tinham seus m\u00fasculos menos desenvolvidos (quando os recursos s\u00e3o limitados, h\u00e1 que se decidir como gast\u00e1-los; o c\u00e9rebro decidiu tirar dos m\u00fasculos para ficar com mais).<\/p>\n

Porque seus beb\u00eas humanos eram muito mais dependentes que os filhotes de outras esp\u00e9cies, os Sapiens desenvolveram incr\u00edveis habilidades sociais. E aqui o autor discorre sobre nossa queda pela fofoca e pela vida alheia como um diferencial inquestion\u00e1vel da esp\u00e9cie.<\/p>\n

Mas a quest\u00e3o mais interessante \u00e9 que, para que se possa organizar socialmente e fazer com que indiv\u00edduos desconhecidos colaborassem mutuamente, foi necess\u00e1rio desenvolver o storytelling e a fic\u00e7\u00e3o. Foram criados mitos e hist\u00f3rias para convencer as pessoas a trabalhar juntas por um objetivo maior.\u00a0<\/span><\/p>\n

E aqui o autor explica que a revolu\u00e7\u00e3o Cognitiva \u00e9 justamente esse ponto da hist\u00f3ria onde o Sapiens se desprende da biologia para tomar decis\u00f5es e determinar comportamentos; a hist\u00f3ria \u00e9 a protagonista a partir desse momento. N\u00e3o h\u00e1 mais uma forma de vida \u201cnatural” que define as decis\u00f5es e comportamentos; as escolhas s\u00e3o todas culturais.<\/p>\n

\u00a0<\/span><\/p>\n

A revolu\u00e7\u00e3o agr\u00edcola<\/h4>\n

Nesse ponto, os humanos pararam de ser ca\u00e7adores e coletores e passaram a domesticar algumas plantas e animais. Para isso, tiveram que se estabelecer em lugares fixos e deixar para tr\u00e1s o nomadismo.<\/p>\n

A agricultura s\u00f3 foi poss\u00edvel por causa da capacidade dos seres humanos de pensar no futuro, de fazer planos. Com mais trabalho, menos tempo livre e mais planejamento, a popula\u00e7\u00e3o aumentou siginificativamente. E foi uma bola de neve.\u00a0<\/span><\/p>\n

Os conceitos abstratos foram fundamentais para a revolu\u00e7\u00e3o agr\u00edcola, pois era necess\u00e1rio imaginar maneiras de se organizar a produ\u00e7\u00e3o e convencer pessoas a trabalhar. Deuses, religi\u00f5es e mesmo ideias como liberdade, leis e governos s\u00e3o totalmente frutos da criatividade humana, pois n\u00e3o podem ser biologicamente ou fisicamente provadas; dependem fundamentalmente da cren\u00e7a humana para existirem. E s\u00e3o elas que permitem que pessoas desconhecidas colaborem mutuamente.<\/p>\n

Aqui ele desenvolve teses bem interessantes sobre essas abstra\u00e7\u00f5es e a ordem imaginada como inter-subjetivismo (onde o objetivo<\/strong> \u00e9 um fen\u00f4meno que existe independentemente da percep\u00e7\u00e3o humana; o subjetivo<\/strong> depende da percep\u00e7\u00e3o de um indiv\u00edduo e o inter-subjetivo<\/strong> depende da percep\u00e7\u00e3o de muitos indiv\u00edduos).<\/p>\n

Harari discorre tamb\u00e9m sobre a inven\u00e7\u00e3o da escrita e o quanto ela mudou a maneira como o ser humano pensa; fala sobre o dinheiro e como ele \u00e9 um sistema de confian\u00e7a m\u00fatua, a quest\u00e3o dos g\u00eaneros e da (in)justi\u00e7a.<\/p>\n

Fala tamb\u00e9m da capacidade do ser humano em acreditar simultaneamente em conceitos contradit\u00f3rios, fundamental para o desenvolvimento da cultura. E do imperialismo, da nossa xenofobia inata, das v\u00e1rias vertentes do humanismo, entre outras ideias interessant\u00edssimas.<\/p>\n

A revolu\u00e7\u00e3o cient\u00edfica<\/h4>\n

Os \u00faltimos 500 anos testemunharam um crescimento t\u00e3o fant\u00e1stico do poder do Sapiens<\/em> sobre o planeta que chega a ser assustador. O crescimento populacional explodiu e continua crescendo exponencialmente. \u00c9 s\u00f3 pensar que em 1500, o planeta inteiro tinha 500 milh\u00f5es de humanos; hoje somos 7 bilh\u00f5es, 14 vezes mais gente em apenas 5 s\u00e9culos! E mais: nosso consumo de energia cresceu 115 vezes!<\/p>\n

A ci\u00eancia moderna difere de todo o conhecimento anterior por causa de tr\u00eas pontos fundamentais:<\/p>\n

    \n
  1. A admiss\u00e3o de nossa ignor\u00e2ncia. Passamos a aceitar que quando as coisas que acredit\u00e1vamos se provam erradas, isso significa que ganhamos mais conhecimento. Nenhum conceito, ideia ou teoria \u00e9 sagrado para a ci\u00eancia.\u00a0<\/span><\/li>\n
  2. O uso intenso da observa\u00e7\u00e3o e da matem\u00e1tica para desenvolver conhecimento.<\/li>\n
  3. A aquisi\u00e7\u00e3o de novos poderes por meio de novas tecnologias.<\/li>\n<\/ol>\n

    Por isso, o autor diz que essa n\u00e3o \u00e9 uma revolu\u00e7\u00e3o do conhecimento, mas a revolu\u00e7\u00e3o da ignor\u00e2ncia, pois \u00e9 a ignor\u00e2ncia que nos move<\/em> (achei isso fant\u00e1stico!).<\/p>\n

    Por causa da tecnologia, que \u00e9 a aplica\u00e7\u00e3o pr\u00e1tica da ci\u00eancia, o teste real sobre o conhecimento n\u00e3o \u00e9 mais se ele \u00e9 verdadeiro ou n\u00e3o, mas se ele nos d\u00e1 mais poder ou n\u00e3o. E o autor mostra como a ci\u00eancia, o imperialismo e o capitalismo (importante: sem ju\u00edzo de valor ou panfetlagem, apenas analisando os fatos) nos trouxe at\u00e9 aqui, para o bem e para o mal.<\/p>\n

    E que o desenvolvimento tecnol\u00f3gico depende de valores, mitos, aparatos judiciais e socioestruturas sociopol\u00edticas para se desenvolver; isso pode levar s\u00e9culos, n\u00e3o \u00e9 coisa que se construa rapidamente. O que em parte explica porque, sendo o conhecimento hoje acess\u00edvel (pelo menos teoricamente) a todos os pa\u00edses, somente alguns conseguem tirar proveito.<\/p>\n

    O autor fala do imperialismo europeu como a busca incessante do dom\u00ednio de mais territ\u00f3rios n\u00e3o apenas para adquirir riquezas, mas tamb\u00e9m para adquirir mais conhecimento (cita v\u00e1rios exemplos hist\u00f3ricos muito interessantes), enquanto que os outros imperialistas achavam que j\u00e1 dominavam o conhecimento e entendiam como o mundo funcionava. Isso fez muita diferen\u00e7a no resultado final. Por exemplo, quando os mu\u00e7ulmanos conquistaram a \u00cdndia, n\u00e3o levaram arquologistas para estudar a hist\u00f3ria do lugar, antrop\u00f3logos, ge\u00f3logos, bi\u00f3logos e zo\u00f3logos, como os brit\u00e2nicos fizeram anos depois.<\/p>\n

    O Sapiens<\/em> mudou completamente sua pr\u00f3pria exist\u00eancia e tamb\u00e9m a da Terra. Mas ser\u00e1 que foi para melhor? Ser\u00e1 que somos mais felizes? Ser\u00e1 que os outros animais que tamb\u00e9m compartilham o mesmo planeta tamb\u00e9m vivem melhor do que antes?<\/p>\n

    Em apenas 70 mil anos, um animal insignificante nos confins da \u00c1frica, que nem aparentava ter vantagem sobre os outros, transformou-se em um deus, com poder de vida e morte sobre todos os seres da Terra. Quais ser\u00e3o as consequ\u00eancias disso?<\/p>\n

    Para quem, como eu, interessa-se pelo tema inova\u00e7\u00e3o, \u00e9 imprescind\u00edvel conhecer as inova\u00e7\u00f5es que nos trouxeram at\u00e9 aqui.\u00a0<\/span><\/p>\n

    O pr\u00f3ximo volume do autor, que fala sobre os diversos cen\u00e1rios poss\u00edveis para nosso futuro, j\u00e1 est\u00e1 na cabeceira. \u00c9 o \u201cHomo Deus: a brief \u00a0history of Tomorrow<\/em><\/strong><\/a>\u201d.\u00a0<\/span><\/p>\n

    Aguarde.<\/p>\n

    ________________________<\/p>\n

    * aqui fiz uma tradu\u00e7\u00e3o livre, pois li a vers\u00e3o em ingl\u00eas (o livro original \u00e9 em hebraico). H\u00e1, com certeza, vers\u00f5es traduzidas para o portugu\u00eas, mas n\u00e3o sei se as frases foram constru\u00eddas da mesma forma.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

    Como \u00e9 que um animal cabe\u00e7udo e fraquinho pelos padr\u00f5es da \u00e9poca, sem nenhuma aparente vantagem biol\u00f3gica, acabou se transformando no Deus do planeta Terra? Aqui um livro que nos ajuda a entender como chegamos at\u00e9 aqui.<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":25102,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,25,82,57,75,49],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-content\/uploads\/2018\/06\/IMG_4876.jpg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/25101"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=25101"}],"version-history":[{"count":12,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/25101\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":26430,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/25101\/revisions\/26430"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/25102"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=25101"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=25101"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=25101"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}