Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794
{"id":25117,"date":"2018-06-10T05:58:56","date_gmt":"2018-06-10T08:58:56","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=25117"},"modified":"2021-04-07T10:16:48","modified_gmt":"2021-04-07T13:16:48","slug":"o-cerebro-e-mais-que-pink","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/o-cerebro-e-mais-que-pink\/","title":{"rendered":"O c\u00e9rebro \u00e9 mais que pink"},"content":{"rendered":"

Neuroci\u00eancia foi um assunto que sempre me fascinou, apesar de biologia n\u00e3o estar entre minhas mat\u00e9rias prediletas. Por isso, ao comprar livros na Amazon, quando apareceu \u201cThe Brain: the history of you<\/i><\/b> \u201c( Tradu\u00e7\u00e3o livre: \u201cO c\u00e9rebro: a hist\u00f3ria de voc\u00ea<\/em>\u201d), de David Eagleman, n\u00e3o tive d\u00favidas: levei.<\/p>\n

Muita coisa j\u00e1 tinha lido em outros artigos e livros; mas n\u00e3o tudo compilado num lugar s\u00f3. Vou resumir ent\u00e3o as principais ideias desse que pode ser um bom candidato a seu livro de cabeceira.<\/p>\n

O autor usa experi\u00eancias realizadas no campo da neuroci\u00eancia para tentar responder perguntas que sempre nos intrigaram. Quem sou eu? O que \u00e9 a realidade? Quem est\u00e1 no controle? Como eu decido? Eu preciso das outras pessoas? Quem seremos no futuro?<\/p>\n

Quem sou eu?<\/h3>\n

Eagleman nos conta que o c\u00e9rebro de um humano, ao contr\u00e1rio dos outros animais, nasce impressionantemente inacabado. \u00c9 como se, ao nascer, tiv\u00e9ssemos todo o equipamento, mas faltassem todas as conex\u00f5es.<\/p>\n

O n\u00famero de c\u00e9lulas num c\u00e9rebro \u00e9 praticamente igual em crian\u00e7as e adultos; o que diferencia \u00e9 o n\u00famero de conex\u00f5es entre elas. At\u00e9 os tr\u00eas anos, a velocidade com que elas se multiplicam \u00e9 impressionante (cerca de 2 milh\u00f5es de conex\u00f5es por segundo!).<\/p>\n

Mas, quando a gente se torna adulto, perde cerca de metade dessas conex\u00f5es. Isso acontece porque perdemos as sinapses que n\u00e3o usamos (eu j\u00e1 tinha falado disso aqui<\/a>).<\/p>\n

E mais; um ser humano n\u00e3o consegue desenvolver essas conex\u00f5es se n\u00e3o tiver est\u00edmulo e cuidado emocional; a constru\u00e7\u00e3o dessa rede neuronal leva longos 25 anos. Antes disso, o c\u00e9rebro ainda n\u00e3o est\u00e1 pronto. N\u00e3o \u00e9 impressionante?<\/p>\n

Ele fala tamb\u00e9m que absolutamente todas as c\u00e9lulas do nosso corpo s\u00e3o trocadas a cada sete anos; a \u00fanica coisa que fica \u00e9 a nossa mem\u00f3ria, que faz sermos quem somos. E mesmo essas mem\u00f3rias podem ser facilmente enganadas; \u00e9 poss\u00edvel implantar recorda\u00e7\u00f5es falsas sem nenhuma tecnologia especial.<\/p>\n

Uma altera\u00e7\u00e3o no c\u00e9rebro, como um tumor, pode fazer pessoas normalmente equilibradas se transformarem em assassinos seriais, como um caso relatado no livro.\u00a0Um desequil\u00edbrio qu\u00edmico pode levar uma pessoa aparentemente feliz ao suic\u00eddio. Uma falha el\u00e9trica nas conex\u00f5es e perdemos nossa mem\u00f3ria, que \u00e9 quem faz ser quem somos.<\/span><\/p>\n

Impressionante como nossa identidade \u00e9 fr\u00e1gil, n\u00e3o?<\/p>\n

O que \u00e9 realidade?<\/h3>\n

Essa parte tamb\u00e9m \u00e9 muito interessante. N\u00f3s percebemos o mundo atrav\u00e9s dos nossos sentidos, que levam informa\u00e7\u00f5es para dentro do nosso c\u00e9rebro. Mas a nossa vis\u00e3o do mundo \u00e9 uma coisa totalmente criada dentro de nossa caixa craniana baseada em experi\u00eancias anteriores. \u00c9 que o c\u00e9rebro n\u00e3o tem acesso direto ao mundo exterior; ele s\u00f3 consegue as informa\u00e7\u00f5es por meio dos seus informantes, nossos sensores.<\/p>\n

Cores, por exemplo, s\u00f3 existem, literalmente, na nossa cabe\u00e7a, e s\u00e3o limitadas biologicamente pelos sensores dos nossos olhos. A partir de nada mais do que sinais el\u00e9tricos vindos de fora, ele inventa tudo.<\/p>\n

N\u00f3s temos um modelo mental que vai sendo constru\u00eddo ao longo dos anos com a ajuda de todos os sentidos, e ele serve de refer\u00eancia para a constru\u00e7\u00e3o de novos cen\u00e1rios.<\/p>\n

Uma coisa interessante \u00e9 que cada sentido \u00e9 intimamente ligado aos outros para a constru\u00e7\u00e3o desse cen\u00e1rio. Por exemplo: eu n\u00e3o consigo ver apenas com os olhos. Quando uma crian\u00e7a est\u00e1 aprendendo a ver, ela tenta pegar as coisas, cheirar, lamber. \u00c9 porque o c\u00e9rebro combina as informa\u00e7\u00f5es dos outros sentidos para construir a \u201crealidade\u201d.\u00a0<\/span><\/p>\n

O incr\u00edvel \u00e9 que esse modelo mental interno \u00e9 t\u00e3o forte, que, se a pessoa ficar privada dos sentidos, como numa pris\u00e3o solit\u00e1ria, ela n\u00e3o apenas tem sonhos; as alucina\u00e7\u00f5es s\u00e3o reais, porque os sinais que v\u00eam dos olhos podem ser simulados pelo c\u00e9rebro. \u00c9 um neg\u00f3cio muito louco.<\/p>\n

Aqui tamb\u00e9m fica claro que tudo isso custa muita energia e o c\u00e9rebro economiza o mais que pode. Por isso ele usa o modelo mental interno para inferir quase tudo o que v\u00ea, processando apenas o m\u00ednimo de informa\u00e7\u00e3o poss\u00edvel.<\/p>\n

Por isso \u00e9 t\u00e3o importante aprender coisas novas: o c\u00e9rebro se modifica fisicamente a cada nova informa\u00e7\u00e3o, e o modelo mental interno vai ficando mais rico e sofisticado.<\/p>\n

Quem est\u00e1 no controle? Como eu decido?<\/h3>\n

Aqui ele fala sobre a consci\u00eancia, que \u00e9 como se fosse o CEO do c\u00e9rebro. Ele n\u00e3o tem acesso a todos os microprocessos envolvidos\u00a0 <\/span>na percep\u00e7\u00e3o do mundo exterior, mas \u00e9 quem toma as decis\u00f5es, sempre baseado no modelo interno de mundo. E porque esse modelo interno \u00e9 constru\u00eddo de uma maneira totalmente emocional, esse \u00e9 o car\u00e1ter da maioria das decis\u00f5es que a gente toma.<\/p>\n

Eu preciso de voc\u00ea?<\/h3>\n

Essa parte \u00e9 muito interessante. O c\u00e9rebro humano foi constru\u00eddo para interagir com outros c\u00e9rebros; ele n\u00e3o existe no v\u00e1cuo. N\u00f3s precisamos dos outros como precisamos de comida. Somos seres biologicamente sociais; o c\u00e9rebro simplesmente n\u00e3o consegue se desenvolver e fazer suas sinapses se for isolado de seus pares.\u00a0<\/span><\/p>\n

Por isso, nosso c\u00e9rebro est\u00e1 constantemente monitorando as emo\u00e7\u00f5es, rea\u00e7\u00f5es, inten\u00e7\u00f5es e tudo o que se relaciona ao outro. Por isso, tamb\u00e9m, temos a tend\u00eancia de humanizar animais, objetos e qualquer coisa que fa\u00e7a parte do nosso cen\u00e1rio. \u00c9 a base para o desenvolvimento da empatia.<\/p>\n

Mesmo as pessoas com n\u00edveis diferentes de autismo, onde algumas regi\u00f5es do c\u00e9rebro respons\u00e1veis pela intera\u00e7\u00e3o social n\u00e3o possuem sinapses muito fortes (por exemplo, em alguns casos a pessoa n\u00e3o consegue reconhecer as emo\u00e7\u00f5es num rosto, o que faz com que ela passe por indiferente, quando na verdade o c\u00e9rebro dela n\u00e3o recebeu determinada informa\u00e7\u00e3o), sofrem bastante com a rejei\u00e7\u00e3o social.\u00a0<\/span><\/p>\n

Um experimento muito interessante mostra que, quando estamos interagindo com outra pessoa, a gente tende a repetir os movimentos faciais dela de maneira inconsciente; isso ajuda o c\u00e9rebro a interpretar as emo\u00e7\u00f5es do outro.<\/p>\n

Em pessoas que usam intensivamente Botox, os m\u00fasculos do rosto n\u00e3o conseguem fazer esses movimentos (que s\u00e3o quase impercept\u00edveis) e o que acontece \u00e9 que, para elas, \u00e9 mais dif\u00edcil interpretar essas emo\u00e7\u00f5es. \u00c9 como se faltasse uma das ferramentas de an\u00e1lise.<\/p>\n

Ele fala tamb\u00e9m sobre como desumanizamos o outro para desenvolver a capacidade de matar os semelhantes e como esse mecanismo (largamente usado em guerras) funciona.<\/p>\n

Como n\u00f3s seremos no futuro?<\/h3>\n

O cap\u00edtulo final fala sobre como o nosso c\u00e9rebro \u00e9 adapt\u00e1vel e flex\u00edvel. E como ele n\u00e3o d\u00e1 a m\u00ednima para os sensores que trazem as informa\u00e7\u00f5es para dentro (por isso \u00e9 t\u00e3o bacana jogar games; o c\u00e9rebro sabe que \u00e9 mentira, mas se emociona igual). Isso tem a vantagem de possibilitar que tenhamos partes do corpo totalmente artificiais. O c\u00e9rebro logo aprende a interpretar esses sentidos como se fossem inatos e se adapta perfeitamente.\u00a0<\/span><\/p>\n

Essa incr\u00edvel plasticidade pode permitir n\u00e3o apenas que a gente substitua nosso sentidos faltantes, mas tamb\u00e9m que desenvolva superpoderes com sensores muito mais potentes que os originais.<\/p>\n

Ele fala tamb\u00e9m das pesquisas que tentam fazer um upload<\/em> do conte\u00fado do c\u00e9rebro quando a pessoa morre; se \u00e9 poss\u00edvel um c\u00e9rebro viver fora do corpo, numa estrutura sint\u00e9tica. Enfim, tudo o que a gente sempre leu na fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica e que agora vai ficando cada vez mais perto da realidade.<\/p>\n

Assustador e fascinante. N\u00e3o sei como chamam essa massa incr\u00edvel de cinzenta.\u00a0<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O ser humano, ao contr\u00e1rio dos outros animais, nasce com o c\u00e9rebro incompleto, totalemente por construir. Mas como isso acontece? Como afeta a nossa vida? Como podemos tirar proveito disso?<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":25118,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,23,25,57,49],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-content\/uploads\/2018\/06\/IMG_7456.jpg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/25117"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=25117"}],"version-history":[{"count":18,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/25117\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":26546,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/25117\/revisions\/26546"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/25118"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=25117"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=25117"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=25117"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}