Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794
{"id":25498,"date":"2019-01-08T10:17:26","date_gmt":"2019-01-08T12:17:26","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=25498"},"modified":"2019-02-11T10:56:31","modified_gmt":"2019-02-11T12:56:31","slug":"quando-a-ciencia-e-a-imaginacao-se-juntam-para-criar-produtos","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/quando-a-ciencia-e-a-imaginacao-se-juntam-para-criar-produtos\/","title":{"rendered":"Quando a ci\u00eancia e a imagina\u00e7\u00e3o se juntam para criar produtos"},"content":{"rendered":"

Uma das novidades que tenho para esse ano \u00e9 o canal no Youtube Berlim Tech Talks<\/i>; programetes de 10 minutos em que o Cl\u00e1udio Villar, o Eduardo Otubo e eu conversamos despretensiosamente sobre inova\u00e7\u00e3o e tecnologia (aguardem; o lan\u00e7amento est\u00e1 pr\u00f3ximo!). Fizemos um grupo no Whatsapp para discutir as pautas e o Cl\u00e1udio enviou esse \u00f3timo artigo<\/a> do Brian Merchant falando sobre como a Nike e a Boeing est\u00e3o contratando escritores de fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica para predizer o futuro e ajudar no desenvolvimento de novos produtos (leia aqui<\/a> na \u00edntegra). O artigo \u00e9 sensacional e, l\u00e1 pelas tantas, Merchant cita o livro Science Fiction Prototyping: Designing the Future with Science Fiction<\/i><\/b>, de Brian Davis Johnson, como uma refer\u00eancia de m\u00e9todo para aplicar nas empresas com resultados pr\u00e1ticos. \u00c9 claro que n\u00e3o contei tempo e comprei logo o livro.<\/p>\n

Brian \u00e9 futurista da Intel; usando pesquisas em tecnologia, estudos etnogr\u00e1ficos, an\u00e1lises de tend\u00eancias e literatura de fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica, o trabalho dele \u00e9 imaginar como ser\u00e1 o futuro nas pr\u00f3ximas d\u00e9cadas para que a empresa possa se preparar tanto para as oportunidades como tamb\u00e9m para as amea\u00e7as que esse futuro pode trazer.<\/p>\n

Mas pera\u00ed: como \u00e9 que a fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica pode ajudar, de fato uma empresa a se preparar para o futuro e at\u00e9 desenvolver novos produtos?\u00a0<\/span><\/p>\n

Bom, uma das primeiras obras conhecidas do g\u00eanero foi Frankestein, de Mary Shelley, em 1818, em que um m\u00e9dico usa seus conhecimentos cient\u00edficos para construir um ser vivo a partir de partes de corpos de pessoas mortas. Depois veio o vision\u00e1rio Julio Verne, no final do s\u00e9culo XIX, com suas hist\u00f3rias fant\u00e1sticas e G.H. Wells. A\u00ed, com o deslumbramento tecnol\u00f3gico da revolu\u00e7\u00e3o industrial, tivemos a \u00e9poca de ouro de Isaac Asimov, Arthur C. Clarke e Ray Bardburry, entre outros.\u00a0<\/span><\/p>\n

H\u00e1 muitas possibilidades no desenvolvimento desse g\u00eanero por conta da variedade de temas que podem ser abordados como cen\u00e1rios imaginados num futuro pr\u00f3ximo ou distante, como viagens espaciais, viagens no tempo, deslocamentos mais r\u00e1pidos que a luz, universos paralelos, mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, totalitarismo, vida extraterrestre, entre outras. O que separa a fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica das obras de fantasia \u00e9 que a criatividade apresentada nas hist\u00f3rias do primeiro tipo sempre t\u00eam algum fundamento cient\u00edfico, pelo menos por princ\u00edpio. Da\u00ed vem sua grande utilidade para as empresas.<\/p>\n

Muitas das coisas que usamos hoje foram vistas pela primeira vez em obras desse g\u00eanero, como, por exemplo, os tablets usados em Star Treck. Bas Ording, um dos chefes de design de intera\u00e7\u00e3o da Apple, admitiu que se inspirou no filme Minority Report<\/i> para fazer o iPhone ser comandado por gestos (o filme, ali\u00e1s, inspirou uma s\u00e9rie de patentes, inclusive algumas relacionadas ao jogo Wii). Isso n\u00e3o acontece por acaso; os roteiristas de filmes de fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica consultam especialistas de universidades e centros de pesquisas para tornar a hist\u00f3ria plaus\u00edvel. Mesmo que ainda n\u00e3o exista a tecnologia, precisam saber se a ideia tem fundamento. Criatividade com conhecimento cient\u00edfico \u00e9 uma ferramenta muito poderosa!<\/p>\n

Quem j\u00e1 assistiu alguns epis\u00f3dios da s\u00e9rie Black Mirror<\/em>, da Netflix, sabe que, apesar que alguns produtos mostrados ainda n\u00e3o estarem dispon\u00edveis, \u00e9 perfeitamente poss\u00edvel que um dia cheguem a ser. E, com criatividade e muito storytelling<\/i>, pode-se prever os problemas e desdobramentos antes que esses produtos sejam colocados no mercado.<\/p>\n

No livro, Brian mostra a t\u00e9cnica que desenvolveu fazendo workshops ao redor do mundo usando fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica como base para prot\u00f3tipos de situa\u00e7\u00f5es que explorem as implica\u00e7\u00f5es, os efeitos e as ramifica\u00e7\u00f5es da ci\u00eancia e da tecnologia.<\/p>\n

A ideia a ser explorada \u00e9 que o futuro est\u00e1 totalmente em aberto e pode ser alterado pelas decis\u00f5es tomadas no dia-a-dia; ent\u00e3o, quanto mais exerc\u00edcios de imagina\u00e7\u00e3o forem feitos, maior \u00e9 a probabilidade de detectar os problemas e oportunidades com anteced\u00eancia e mudar\/evitar\/adaptar\/eliminar poss\u00edveis produtos. \u00c9 claro que s\u00e3o apenas exerc\u00edcios e a prototipagem na fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica n\u00e3o \u00e9 exata; mas pode ajudar bastante.<\/p>\n

Johnson fala sobre o The Tomorrow Project<\/i>, uma cole\u00e7\u00e3o de contos criados por reconhecidos\u00a0 <\/span>escritores de fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica\u00a0<\/span>para quem a Intel apresentou os dados mais atuais do trabalho que seus engenheiros andam fazendo nas \u00e1reas de rob\u00f3tica, telem\u00e1tica, fot\u00f4nica, renderiza\u00e7\u00e3o f\u00edsica din\u00e2mica e equipamentos inteligentes. Ele destaca que as hist\u00f3rias n\u00e3o s\u00e3o sobre tecnologia, mas sobre pessoas e seus comportamentos.<\/p>\n

O autor mostra como construir seu pr\u00f3prio prot\u00f3tipo de fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica que pode ter o formato de uma hist\u00f3ria curta, um filme ou uma hist\u00f3ria em quadrinhos.<\/p>\n

Brian alerta que, antes de come\u00e7ar, a primeira coisa a se fazer \u00e9 definir a ideia principal <\/b>(o porqu\u00ea da hist\u00f3ria estar sendo contada e a teoria cient\u00edfica que est\u00e1 sendo trabalhada), que ele chama de outline<\/i><\/b>, para depois coloc\u00e1-la na forma de um plot<\/i><\/b>, ou seja, a narrativa que mostra como os acontecimentos v\u00e3o se desdobrar.<\/p>\n

Pessoalmente, achei a explica\u00e7\u00e3o e os exemplos confusos e mal estruturados. Ele diz que a ideia principal n\u00e3o descreve os acontecimentos, mas faz exatamente isso ao explicar os cinco passos necess\u00e1rios para criar um outline<\/i>, al\u00e9m de usar os mesmos cinco passos para criar o prot\u00f3tipo propriamente dito.<\/p>\n

Mesmo assim, vou reproduzi-los aqui, porque de certa maneira eles ajudam mesmo a organizar as ideias.<\/p>\n

PASSO 1: Escolha da ci\u00eancia e constru\u00e7\u00e3o do mundo<\/b><\/p>\n

Essa \u00e9 a parte mais demandante, pois implica em ler artigos cient\u00edficos e entender o estado-da-arte da tecnologia que se quer usar como gancho. Por isso o m\u00e9todo tem sido bem sucedido entre engenheiros-pesquisadores e cientistas. O autor recomenda que o futuro imaginado seja pr\u00f3ximo (m\u00e1ximo 50 anos) para efeitos mais pr\u00e1ticos.<\/p>\n

PASSO 2: O ponto de inflex\u00e3o cient\u00edfica<\/b><\/p>\n

Aqui se explora os extremos da tecnologia que se quer explorar: que implica\u00e7\u00f5es teria se fosse adotada em massa? Qual a pior coisa que poderia dar errado e quais os impactos nos personagens da hist\u00f3ria? Qual a melhor coisa que poderia acontecer e as consequ\u00eancias para os personagens e locais da hist\u00f3ria? Se a tecnologia fosse aplicada numa casa comum, como ela seria utilizada no dia-a-dia?\u00a0<\/span><\/p>\n

PASSO 3: Ramifica\u00e7\u00f5es da ci\u00eancia nas pessoas<\/b><\/p>\n

Aqui se questiona o efeito da tecnologia no dia-a-dia; vai tornar a vida das pessoas melhor ou pior? Como as pessoas se adaptam a essa tecnologia? Aqui \u00e9 necess\u00e1rio criar uma situa\u00e7\u00e3o em que ospersonagens tenham que agir por conta de algum impacto que o uso da tecnologia provocou. O uso de situa\u00e7\u00f5es extremas\u00a0<\/span>ajuda a mapear e explorar as possibilidades, al\u00e9m de ajudar a encontrar a m\u00e9dia para criar um cen\u00e1rio mais realista.<\/p>\n

PASSO 4: O ponto de inflex\u00e3o humano<\/b><\/p>\n

Nesse ponto, vidas podem estar em perigo e se explora realmente as situa\u00e7\u00f5es extremas. Perguntas: o que os personagens deveriam fazer para sobreviver? Quais s\u00e3o as ramifica\u00e7\u00f5es humanas para a ci\u00eancia que a situa\u00e7\u00e3o traz?<\/p>\n

PASSO 5: O que podemos aprender?<\/b><\/p>\n

Nesse passo se faz a an\u00e1lise de toda a situa\u00e7\u00e3o e o que poderia ser modificado em cada um dos passos anteriores para mud\u00e1-la? Que pontos foram subestimados? H\u00e1 medos infundados? O que poderia permanecer igual? Como a pesquisa poderia ser melhorada? \u00a0<\/span><\/p>\n

Conclus\u00e3o: achei a ideia extraordin\u00e1ria e muito \u00fatil. Mas o m\u00e9todo, pelo menos da maneira como est\u00e1 descrito no livro, \u00e9 confuso e pouco claro na estrutura. O autor mistura entrevistas (sempre muito enriquecedoras), exemplos, experi\u00eancias pessoais e at\u00e9 tem uma hist\u00f3ria completa com ilustra\u00e7\u00f5es como anexo, mas tudo de uma maneira que n\u00e3o faz muito sentido (pelo menos para mim). Que fique claro; minha cr\u00edtica n\u00e3o \u00e9 com rela\u00e7\u00e3o ao m\u00e9todo em si, mas \u00e0 estrutura did\u00e1tica do livro.<\/p>\n

Outra coisa que observei \u00e9 que ele usa ci\u00eancia<\/strong> e tecnologia<\/strong> como termos intercambi\u00e1veis (ci\u00eancia<\/strong> \u00e9 o conhecimento adquirido baseado no m\u00e9todo cient\u00edfico e tecnologia<\/strong> \u00e9 a aplica\u00e7\u00e3o desse conhecimento na constru\u00e7\u00e3o de ferramentas e m\u00e9todos, de maneira que entendo que os termos n\u00e3o sin\u00f4nimos; mas posso estar usando defini\u00e7\u00f5es muito restritas).<\/p>\n

De qualquer maneira, Brian tem feito sucesso pelo mundo afora aplicando a t\u00e9cnica e parece que os resultados t\u00eam sido bem animadores e proveitosos. Penso que vale a pena prestar aten\u00e7\u00e3o no que esse mo\u00e7o escreve\u2026<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Como usar a fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica para prever o futuro pr\u00f3ximo e desenvolver novos produtos.<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":25500,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,2,46,25,35,57,49,99,77],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/01\/IMG_2155.jpg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/25498"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=25498"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/25498\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":25889,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/25498\/revisions\/25889"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/25500"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=25498"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=25498"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=25498"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}