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{"id":25556,"date":"2019-03-12T07:33:12","date_gmt":"2019-03-12T10:33:12","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=25556"},"modified":"2019-04-01T17:08:21","modified_gmt":"2019-04-01T20:08:21","slug":"wtf","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wtf\/","title":{"rendered":"WTF?"},"content":{"rendered":"

Eu me lembro muito do nome Tim O’Reilly porque a editora dele foi respons\u00e1vel pela publica\u00e7\u00e3o da maioria dos livros de programa\u00e7\u00e3o e tecnologia da informa\u00e7\u00e3o que li e consultei na vida. Nos anos 80, 90 e 2000, quase toda a literatura da \u00e1rea vinha dessa que foi a primeira grande editora especializada no assunto que se tem not\u00edcia.<\/p>\n

Da\u00ed que esse senhor, que carrega praticamente toda a hist\u00f3ria da computa\u00e7\u00e3o e da inform\u00e1tica (ainda se chama assim?) nos ombros, resolveu publicar um livro n\u00e3o t\u00e9cnico, falando sobre como ele imagina que ser\u00e1 o futuro.<\/p>\n

Uma das grandes sacadas \u00e9 o pr\u00f3prio nome: “WTF: What’s the future and why it’s up to us<\/i>” (Tradu\u00e7\u00e3o livre: “WTF: Qual \u00e9 o futuro e porque ele depende de n\u00f3s<\/i>“). \u00c9 que WTF \u00e9 uma express\u00e3o em ingl\u00eas que significa “What The Fuck<\/i>?”; em portugu\u00eas penso que a tradu\u00e7\u00e3o que mais se aproxima \u00e9 “Que porra \u00e9 essa?”. Pois ele usa WTF como acr\u00f4nimo de “What the Future?<\/i>“, (que, no final das contas, significa, usando um pouquinho de humor e licen\u00e7a po\u00e9tica, quase a mesma coisa…rs).<\/p>\n

O’Reilly diz que a maioria das pessoas se refere a ele como sendo um futurista, mas ele pr\u00f3prio prefere se considerar um “fazedor de mapas”. Ele desenha um mapa do presente que faz com que seja poss\u00edvel ver as possibilidades do futuro, mostrando onde estamos e para onde podemos\/queremos ir. Ele cita uma frase de Edwin Schlossberg que tamb\u00e9m gostei muito: “a habilidade de escrever \u00e9 criar um contexto em que as outras pessoas possam pensar<\/i>“. Dessa maneira, Tim considera seu livro como sendo um mapa.<\/p>\n

O autor lembra que mapas podem estar errados e \u00e9 perigoso seguir cegamente o GPS (todo mundo conhece casos em que essa pr\u00e1tica n\u00e3o deu muito certo e at\u00e9 foi fatal). Tamb\u00e9m n\u00e3o ajuda navegar com mapas desatualizados ou ruins\/incompletos, sem os detalhes essenciais ou com informa\u00e7\u00f5es trocadas. Em tecnologia, desenhar mapas (ou representa\u00e7\u00f5es abstratas da realidade) \u00e9 uma tarefa dif\u00edcil porque a maior parte das vari\u00e1veis \u00e9 desconhecida. Cada desenvolvedor, empreendedor, inventor ou explorador tenta desenhar mentalmente seu mapa da melhor maneira poss\u00edvel para seguir adiante.<\/p>\n

O’Reilly lembra a frase de Mark Twain, que dizia que “a hist\u00f3ria n\u00e3o se repete, mas frequentemente rima<\/i>“. Assim, estudar hist\u00f3ria \u00e9 um pouco como tentar identificar e registrar padr\u00f5es como forma de tentar desenhar o futuro.<\/p>\n

Ali\u00e1s, o livro e cheio de frases inspiradas. Sobre fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica, tem uma frase maravilhosa do escritor William Gibson que diz: \u201cO futuro j\u00e1 est\u00e1 aqui. Ele s\u00f3 n\u00e3o foi distribu\u00eddo ainda<\/i>\u201d. Tim ensina que o que a gente precisa fazer \u00e9 entender que o futuro j\u00e1 est\u00e1 aqui, sim, encontrar as suas sementes, estud\u00e1-las e se perguntar como as coisas seriam se esse futuro fosse normal. O que aconteceria se essa tend\u00eancia identificada como futuro fosse seguida?<\/p>\n

Ele fala da miopia das pessoas quando num dos primeiros eventos que organizou sobre Open Source<\/i>, perguntou para a plateia quantas pessoas usavam Linux (um sistema operacional aberto) e somente poucas levantaram a m\u00e3o. Ent\u00e3o ele perguntou quantas usavam o Google. Todas levantaram a m\u00e3o, sem saber que o Google foi constru\u00eddo sobre Linux; portanto, todas o usavam. A conclus\u00e3o dele: \u201cA maneira como voc\u00ea v\u00ea o mundo limita o que voc\u00ea pode ver<\/i>\u201d.<\/p>\n

O sujeito \u00e9 cheio das grandes sacadas e de uma vis\u00e3o realmente ampla; ele conta que, num dos eventos, Clay Shirky mostrou a evolu\u00e7\u00e3o dos sistemas de computadores ao rebater aquela cl\u00e1ssica frase do presidente da IBM, Thomas Watson, que, em 1943, disse que o mercado mundial de computadores podia ser de, no m\u00e1ximo, cinco m\u00e1quinas. Clay disse: \u201cmas \u00e9 claro que Thomas Watson estava errado. Ele contabilizou quatro computadores a mais<\/i>\u201d. Diante da surpresa da plat\u00e9ia, ele completa: \u201cCaso voc\u00eas n\u00e3o tenham se dado conta, tecnicamente todos os computadores est\u00e3o interligados. Hoje s\u00f3 existe UM computador. A rede \u00e9 o computador.<\/i>”<\/p>\n

O\u2019Reilly passa a primeira parte do livro descrevendo os highlights da hist\u00f3ria da qual ele mesmo foi um dos protagonistas; ele conta in\u00fameras curiosidades e como as coisas foram evoluindo at\u00e9 chegarem no que s\u00e3o hoje, ou seja, ele vai construindo o prometido mapa apresentando e comparando modelos de neg\u00f3cios, tecnologias, plataformas, sempre lembrando que n\u00e3o existe apenas um futuro poss\u00edvel, mas v\u00e1rios e diferentes recortes, leituras e possibilidades.<\/p>\n

Na parte dois, o autor apresenta o que ele chama de \u201cPlataforma do Pensamento\u201d. Na verdade, entendo que esse cap\u00edtulo fala mais sobre lideran\u00e7a e sobre como n\u00e3o se tem controle de tudo, mas se pode influenciar muito. A frase Lao-Tsu que abre o cap\u00edtulo resume bem a ideia: “Quando o melhor l\u00edder lidera, as pessoas dizem que fizeram tudo sozinhas por elas mesmas<\/i>\u201d. O\u2019Reilly fala tamb\u00e9m sobre a imensa vantagem da descentraliza\u00e7\u00e3o dos sistemas; que agora estamos todos dentro dos aplicativos, ajudando-os a constru\u00ed-los. Ele tamb\u00e9m apresenta a ideia de governos como plataformas e mais um monte de exemplos interessant\u00edssimos.<\/p>\n

A terceira parte fala do mundo governado por algoritmos, dos desafios da regula\u00e7\u00e3o, do papel dos sensores, da sociedade vigiada, do mundo com empregos parciais, o papel da m\u00eddia e sua influ\u00eancia da constru\u00e7\u00e3o da verdade (e da mentira).<\/p>\n

A quarta parte fala sobre o futuro e do quanto ele depende de n\u00f3s. O resumo fica por conta da frase de Alan Kay: \u201cA melhor maneira de predizer o futuro \u00e9 invent\u00e1-lo<\/i>\u201d. Aqui O\u2019Reilly se concentra na economia e suas regras, e da import\u00e2ncia de fazer as perguntas certas. Fala tamb\u00e9m do futuro do trabalho, da remunera\u00e7\u00e3o e sobre como as regras precisam ser reescritas para esse novo mundo que est\u00e1 vindo e que n\u00e3o consegue ser mais regulado pelas atuais. Discorre sobre as plataformas digitais e seu impacto na economia, sobre novas formas de empreender, sobre medir o valor da cria\u00e7\u00e3o, da necessidade de reinventar a educa\u00e7\u00e3o, sobre se ocupar com as coisas que realmente importam e sobre criar valor, entre outros temas.<\/p>\n

\u00c9 um livro denso, cheio de informa\u00e7\u00f5es e muito, muito \u00fatil. Recomendo fortemente.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Como ser\u00e1 nosso futuro? Tim O’Reilly, um dos futuristas mais respeitados do mundo, conta para n\u00f3s.<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":25572,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,60,57,49,99,77],"tags":[93],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/03\/IMG_3825.jpg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/25556"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=25556"}],"version-history":[{"count":7,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/25556\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":25603,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/25556\/revisions\/25603"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/25572"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=25556"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=25556"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=25556"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}