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{"id":25773,"date":"2019-08-04T16:45:11","date_gmt":"2019-08-04T19:45:11","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=25773"},"modified":"2019-08-05T05:19:10","modified_gmt":"2019-08-05T08:19:10","slug":"a-psicologia-da-viagem-no-tempo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/a-psicologia-da-viagem-no-tempo\/","title":{"rendered":"A psicologia da viagem no tempo"},"content":{"rendered":"\n

Fui atr\u00e1s desse livro porque li elogios de v\u00e1rias pessoas em todas as redes sociais que participo. Mas acho que se esbarrasse com ele por acaso, teria comprado mesmo assim. “The Psychology of time travel<\/em>” (tradu\u00e7\u00e3o livre: “A psicologia da viagem no tempo”), de Kate Mascarenhas, \u00e9 o tipo de t\u00edtulo que me fisga.<\/p>\n\n\n\n

A hist\u00f3ria \u00e9 muito diferente de tudo que li at\u00e9 hoje sob v\u00e1rios aspectos; mas confesso que fiquei bem irritada no come\u00e7o (eu e meus infinitos preconceitos…rs). Por sorte, confiei nas recomenda\u00e7\u00f5es e teimei em continuar. <\/p>\n\n\n\n\n\n\n\n

Mas vamos do in\u00edcio. Quatro amigas cientistas de especialidades diversas resolvem se unir e construir uma m\u00e1quina do tempo. Internam-se por alguns anos no interior da Inglaterra e… conseguem. Olha, para mim ficou parecendo novela da Gl\u00f3ria Perez. Fiquei irritada mesmo. Como assim? Como leitora contumaz de fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica, esperava pelo menos alguns fundamentos t\u00e9cnicos para tornar a hist\u00f3ria minimamente veross\u00edmil, mesmo que com teorias inventadas. Pois o neg\u00f3cio piorou! Depois de testar com um coelho em uma c\u00e2mera do tamanho de uma caixa de sapatos, o pr\u00f3ximo passo foi construir uma vers\u00e3o em que as quatro cabiam de uma s\u00f3 vez! Pior que a autora n\u00e3o sabe brincar. Apesar da m\u00e1quina s\u00f3 permitir deslocamentos de no m\u00e1ximo uma hora para o futuro (e depois voltar), as lindas gostaram do joguinho e passaram uma noite inteira indo e voltando, dezenas de vezes, at\u00e9 cansar. Nenhuma m\u00e9dica presente para ver se o neg\u00f3cio era perigoso para a sa\u00fade ou n\u00e3o. A\u00ed, confesso, ficou dif\u00edcil continuar. <\/p>\n\n\n\n

Na minha cabecinha limitada, h\u00e1 uma receita para hist\u00f3rias de fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica, e a fundamenta\u00e7\u00e3o te\u00f3rica \u00e9 parte importante da narrativa. Bom, mesmo assim, continuei. Por sorte!<\/p>\n\n\n\n

Com o sucesso do experimento, chamaram a imprensa para divulgar o feito e atrair investidores logo no dia seguinte da noite em que elas passaram brincando na m\u00e1quina. Eis que a mais nova, Barbara, especializada em fiss\u00e3o nuclear, sofre com alguns efeitos colaterais e come\u00e7a a falar bobagens sem nexo diante das c\u00e2maras, causando um pequeno esc\u00e2ndalo (e olha que foram apenas frases disconexas; nada que ofendesse algu\u00e9m ou fosse muito grave).<\/p>\n\n\n\n

Mas a l\u00edder do grupo considerou essa falha inaceit\u00e1vel, irrepar\u00e1vel e imperdo\u00e1vel. Como resultado, Margaret, a malvadona, exclui a mo\u00e7a do grupo e convence as outras duas a cortar rela\u00e7\u00f5es com ela.<\/p>\n\n\n\n

O neg\u00f3cio \u00e9 um sucesso e se torna um imp\u00e9rio. E a\u00ed \u00e9 que come\u00e7a a gra\u00e7a da hist\u00f3ria. Todas as personagens, excetos poucas exce\u00e7\u00f5es no papel de figurantes, s\u00e3o mulheres. E s\u00e3o muitas. As protagonistas s\u00e3o fascinantes, n\u00e3o apenas por serem mulheres, mas por terem criado um mundo totalmente surreal.<\/p>\n\n\n\n

A autora criou algumas regras para as viagens no tempo que a liberam para literalmente viajar sem restri\u00e7\u00f5es. A primeira grande sacada \u00e9 que n\u00e3o d\u00e1 para viajar para universos onde a m\u00e1quina do tempo ainda n\u00e3o existe. Ou seja, s\u00f3 d\u00e1 para ir ao futuro e depois voltar de l\u00e1. A outra coisa interessante \u00e9 que a tecnologia limita as visitas a tr\u00eas ou quatro s\u00e9culos adiante. Ah, e o mais importante: \u00e9 imposs\u00edvel causar paradoxos temporais, ou seja, n\u00e3o d\u00e1 para mudar a hist\u00f3ria \u2014 o que \u00e9 para acontecer, vai acontecer, a despeito das viagens no tempo.<\/p>\n\n\n\n

Essas premissas liberam muita coisa que n\u00e3o se v\u00ea em livros que exploram o tema. Por exemplo, os viajantes do tempo podem reunir seus v\u00e1rios “eus” em determinada data para apresentar um espet\u00e1culo de dan\u00e7a, por exemplo. Podem, inclusive, fazer sexo consigo pr\u00f3prios (uma forma bem sofisticada de masturba\u00e7\u00e3o…rs); podem vir do futuro dar conselhos para seu “eu” mais jovem; podem visitar pessoas que morreram desde que a m\u00e1quina foi inventada. Podem voltar a viver experi\u00eancias passadas com v\u00e1rias idades diferentes e ao mesmo tempo.<\/p>\n\n\n\n

Na hist\u00f3ria, as mo\u00e7as criam uma empresa que presta servi\u00e7os em viagens no tempo. \u00c9 uma confus\u00e3o danada com a contabilidade, j\u00e1 que a empresa opera em s\u00e9culos diferentes. Os funcion\u00e1rios viajam para resolver diversos assuntos, desde investigar crimes (eles n\u00e3o podem mudar os fatos, mas podem colher evid\u00eancias e entender o que se passou), descobrir trai\u00e7\u00f5es (a pessoa n\u00e3o se sente traindo se est\u00e1 num tempo em que ainda nem nasceu com uma pessoa que ainda n\u00e3o existe). Como os viajantes do tempo tamb\u00e9m cometem crimes, a empresa cria um tribunal pr\u00f3prio e com leis pr\u00f3prias para julg\u00e1-los. Enfim, d\u00e1 para desdobrar numa s\u00e9rie infinita.<\/p>\n\n\n\n

A rela\u00e7\u00e3o das pessoas com a morte muda completamente; algumas, por op\u00e7\u00e3o, escolhem saber como e quando v\u00e3o morrer. Mas isso n\u00e3o faz tanta diferen\u00e7a, j\u00e1 que os parentes e entes queridos sempre podem voltar no tempo para rev\u00ea-las e bater um papo. Elas podem reviver as partes melhores repetidamente e deixar as piores quase esquecidas. \u00c9 como se a gente tivesse todo o tempo do mundo para resolver as quest\u00f5es importantes, pois d\u00e1 para voltar e reviver um evento quantas vezes quiser at\u00e9 compreend\u00ea-lo bem direitinho.<\/p>\n\n\n\n

S\u00f3 que na hist\u00f3ria, a cientista que foi exclu\u00edda do grupo, n\u00e3o se conforma, claro. Sua neta, uma psic\u00f3loga, que tem muita afinidade com ela, acaba atendendo uma mo\u00e7a que foi testemunha de um crime brutal, cuja identidade da pessoa assassinada \u00e9 desconhecida. Isso acontece depois que ela e sua v\u00f3 recebem pistas que algu\u00e9m de outra \u00e9poca (provavelmente uma de suas ex-colegas) mandou.<\/p>\n\n\n\n

A\u00ed tem romance entre pessoas que vivem em tempos diferentes, mist\u00e9rios, crimes, investiga\u00e7\u00f5es, amea\u00e7as e tudo de bom que um policial pode ter.<\/p>\n\n\n\n

Foi a\u00ed que caiu a minha ficha: o nome do livro \u00e9 PSICOLOGIA da viagem no tempo. Tudo gira em torno das quest\u00f5es psicol\u00f3gicas, n\u00e3o da tecnologia. Tem at\u00e9 um gloss\u00e1rio muito engra\u00e7ado criado pelos viajantes do tempo que trabalham na empresa e os testes psicol\u00f3gicos aplicados na admiss\u00e3o dos candidatos.<\/p>\n\n\n\n

Olha, preciso dizer que se a autora tivesse uma amiga que ajudasse a dar um “tapa” nas quest\u00f5es t\u00e9cnicas, com certeza iria ajudar bastante. Mas mesmo assim, adorei e fa\u00e7o coro aos meus amigos: recomendo demais!<\/p>\n\n\n\n

NOTA: O livro foi lan\u00e7ado o ano passado e ainda n\u00e3o tem tradu\u00e7\u00e3o para o portugu\u00eas (pelo que pesquisei, nem em alem\u00e3o). <\/p>\n\n\n\n

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