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{"id":26015,"date":"2020-04-27T06:58:22","date_gmt":"2020-04-27T09:58:22","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=26015"},"modified":"2020-04-27T09:17:22","modified_gmt":"2020-04-27T12:17:22","slug":"afinal-o-iphone-e-ou-nao-um-objeto-de-luxo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/afinal-o-iphone-e-ou-nao-um-objeto-de-luxo\/","title":{"rendered":"Afinal: o iPhone \u00e9 ou n\u00e3o um objeto de luxo?"},"content":{"rendered":"\n

A quest\u00e3o apareceu numa Live<\/em> recente que fiz com o querido Eduardo Magrani h\u00e1 alguns dias (link para assistir aqui<\/a>). Est\u00e1vamos falando sobre storytelling<\/em> e eu dizia que todos n\u00f3s contamos hist\u00f3rias sobre n\u00f3s mesmos; \u00e9 a maneira como nos mostramos para o mundo.<\/p>\n\n\n\n

E a gente se vale de objetos para nos representar nessa miss\u00e3o. N\u00f3s nos cercamos de coisas que nos ajudem a corroborar com a narrativa, que sirvam de aux\u00edlio para ilustrar a hist\u00f3ria pessoal que estamos contando aos outros. <\/p>\n\n\n\n

Os objetos, sejam naturais ou fabricados, carregam hist\u00f3rias. As marcas sabem muito bem disso, tanto que o marketing e o branding usam o storytelling como ferramenta essencial de trabalho. S\u00e3o definidas as palavras-chave para fundamentar as hist\u00f3rias e toda a gest\u00e3o de uma marca gira em torno desses conceitos.<\/p>\n\n\n\n

Foi a\u00ed que veio a quest\u00e3o: o iPhone \u00e9 um objeto que representa o luxo?<\/p>\n\n\n\n\n\n\n\n

Bom, antes de mais nada, vamos definir o que \u00e9 luxo. <\/p>\n\n\n\n

Segundo o dicion\u00e1rio Michaelis: 1<\/strong> Estilo de vida que se caracteriza pelo excesso de ostenta\u00e7\u00e3o e pelo gasto com bens de consumo caros e sup\u00e9rfluos; fausto, requinte, suntuosidade. 2<\/strong> Aparato faustoso, suntuoso; esplendor, magnific\u00eancia, pompa. 3<\/strong> Qualquer coisa dispendiosa ou dif\u00edcil de se obter, que agrada aos sentidos sem ser uma necessidade.<\/p>\n\n\n\n

O livro \u201cMarketing do Luxo<\/em>\u201d, de Suzane Strehlau, explica que a defini\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 t\u00e3o simples e nem \u00e9 um consenso, mas est\u00e1 sempre relacionada ao conceito de especial, caro e raro (ou de dif\u00edcil acesso). <\/p>\n\n\n\n

O genial Bruno Munari, no excelente \u201cDas coisas nascem coisas<\/em>\u201d, completa: \u201cLuxo \u00e9 a manifesta\u00e7\u00e3o da riqueza grosseira que quer impressionar quem permaneceu pobre (\u2026) \u00e9 o sentimento de dom\u00ednio sobre os outros.<\/em>\u201d<\/p>\n\n\n\n

Dito isso, vamos analisar um pouco o comportamento das pessoas que se cercam de marcas de luxo; que hist\u00f3rias elas querem contar? <\/p>\n\n\n\n

Usando a cita\u00e7\u00e3o de Munari, podemos inferir que esses consumidores eram pobres, passaram por dificuldades e agora est\u00e3o num patamar de abund\u00e2ncia. Querem mostrar ao mundo que superaram todos os obst\u00e1culos e venceram, pelo menos do ponto de vista financeiro. Ou, j\u00e1 sendo ricas, deixar claro que s\u00e3o especiais e fazem parte de um estrato diferente e privilegiado da sociedade, aquele que det\u00e9m o poder e os recursos materiais. <\/p>\n\n\n\n

Muitas marcas ajudam a contar essas hist\u00f3rias e trabalham o branding exatamente em cima desse \u201cselo de privil\u00e9gio<\/em>\u201d: Ferrari, Prada, Louis Vuitton, YSL, Tiffany, Herm\u00e9s, enfim, essas todas que voc\u00ea conhece ou j\u00e1 ouviu falar.<\/p>\n\n\n\n

Mas onde a Apple entra nisso?<\/p>\n\n\n\n

Analisando as a\u00e7\u00f5es e comunica\u00e7\u00f5es da marca, veremos que a palavra luxo n\u00e3o aparece em nenhuma pe\u00e7a, expl\u00edcita ou implicitamente; pelo contr\u00e1rio. Uma das bases da identidade da empresa \u00e9 usar a tecnologia para inovar e simplificar, reduzindo tudo ao essencial (onde essencial \u00e9 o exato oposto do luxo, que, por defini\u00e7\u00e3o, \u00e9 o sup\u00e9rfluo). O famoso perfeccionismo do fundador, Steve Jobs, empresta confiabilidade e qualidade aos produtos, assim como a preocupa\u00e7\u00e3o est\u00e9tica. <\/p>\n\n\n\n

Um adendo: n\u00e3o estamos aqui falando de funcionalidade, mas de simbolismo, ok<\/strong>? <\/p>\n\n\n\n

Ent\u00e3o, a pessoa que usa os produtos da Apple com o objetivo de complementar a sua hist\u00f3ria, na verdade quer dizer ao mundo o quanto ela \u00e9 inovadora, cool, descolada, pensa diferente e \u00e9 criativa. Se ela quiser mostrar apenas que \u00e9 milion\u00e1ria e bem-sucedida, ter\u00e1 que usar outros objetos de apoio.                                            <\/p>\n\n\n\n

Observe: voc\u00ea pode ir em qualquer incubadora de startups ou faculdade de design e vai ver gente que economizou anos para comprar um MacBook. Estudantes e profissionais que andam com a cal\u00e7a furada e seu iPhone. <\/p>\n\n\n\n

Eles n\u00e3o est\u00e3o fazendo isso para parecer ricos, para algu\u00e9m achar que eles t\u00eam muito dinheiro, entende? As pessoas se cercam desses objetos porque eles ajudam a contar a hist\u00f3ria de algu\u00e9m criativo, cheio de ideias, que est\u00e1 atualizado com seu tempo. Tanto que voc\u00ea raramente v\u00ea esse povo usando ao mesmo tempo um rel\u00f3gio Rolex ou uma mochila Prada; esses sim, traduziriam luxo e n\u00e3o deixariam nenhuma d\u00favida.<\/p>\n\n\n\n

Quando voc\u00ea observa um monte de gente com roupas baratas da H&M e Zara no metr\u00f4 usando um iPhone, elas n\u00e3o est\u00e3o querendo fingir que s\u00e3o ricas, sen\u00e3o usariam outros objetos mais \u00f3bvios e com uma mensagem mais clara para demonstrar riqueza. Elas querem parecer descoladas e inovadoras, que \u00e9 a narrativa que a marca est\u00e1 vendendo.<\/p>\n\n\n\n

Naturalmente que isso n\u00e3o impede ningu\u00e9m de usar qualquer objeto mais caro do que a m\u00e9dia para mostrar superioridade financeira. Suzane Strehlau \u00e9 clara nesse aspecto: “algumas marcas podem trazer certo prest\u00edgio aos seus usu\u00e1rios, mas n\u00e3o s\u00e3o necessariamente um produto de luxo. Elas est\u00e3o posicionadas entre o mercado de massa e o de luxo. Por exemplo, um caf\u00e9 da Starbucks e a lingerie da Victoria\u2019s Secret<\/em>\u201d (Nota: o livro dela \u00e9 inteiro sobre luxo e n\u00e3o h\u00e1 uma \u00fanica cita\u00e7\u00e3o \u00e0 Apple). <\/p>\n\n\n\n

Essa pr\u00e1tica parece ser mais comum em pa\u00edses onde h\u00e1 mais desigualdade, como o Brasil. \u00c9 como eu ser milion\u00e1ria e ir visitar o primo pobre. Vamos no restaurante do bairro e pe\u00e7o o prato mais caro que existe, s\u00f3 para mostrar para meus convidados que sou muito rica. Perfeito. Mas isso n\u00e3o faz do Arroz Carreteiro Super Especial para 4 pessoas um objeto de luxo, entende? Apesar dele ter sido usado nesse momento para demonstrar riqueza porque era o objeto mais \u201cpremium” dispon\u00edvel.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 por isso que algumas pessoas usam os produtos Apple como distin\u00e7\u00e3o e status; s\u00f3 porque s\u00e3o, em m\u00e9dia, mais caros que os concorrentes. No contexto da pessoa e de seu entorno, o objeto n\u00e3o foi criado para representar luxo, mas pode se prestar a esse papel, como qualquer outro na mesma situa\u00e7\u00e3o comparativa. Mais ou menos como um t\u00eanis da Nike, que tamb\u00e9m n\u00e3o \u00e9 um objeto de luxo, mas acaba por fazer o papel de um, se as pessoas ao redor s\u00f3 estiverem usando marcas baratas e desconhecidas.<\/p>\n\n\n\n

Por \u00faltimo, o argumento mais forte sobre o posicionamento da marca: o iPhone XR foi o modelo de celular mais vendido em 2019 no mundo. Exato: o mais vendido no mundo.<\/p>\n\n\n\n

S\u00f3 isso j\u00e1 mata completamente o conceito de objeto de luxo, o que, por defini\u00e7\u00e3o \u00e9 algo raro e para poucos privilegiados. Imagina se a Ferrari fosse o carro mais vendido no mundo? Continuaria sendo considerado um objeto de luxo? Ou a Chanel vendesse mais que a C&A?<\/p>\n\n\n\n

Resumindo, segundo essa linha de racioc\u00ednio, a resposta para a pergunta do t\u00edtulo \u00e9 n\u00e3o. O iPhone n\u00e3o \u00e9 um objeto de luxo<\/strong>. <\/p>\n\n\n\n

E voc\u00ea? Quais os objetos escolhidos para fazer parte de seu dia-a-dia que ajudam a contar a sua hist\u00f3ria? Eles est\u00e3o coerentes com a sua narrativa?<\/p>\n\n\n\n

*******<\/p>\n\n\n\n

NOTA: Achei um texto em alem\u00e3o em que autor vai por outro caminho, mas no final conclui que a marca n\u00e3o cumpre os requisitos para estar no pante\u00e3o do luxo. Aqui: Weshalb Apple keine Luxus-Marke ist<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Voc\u00ea acha que o iPhone \u00e9 um objeto de luxo? Sim ou n\u00e3o?<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":26016,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,23,50,27,60,28,109],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/04\/IMG_5397.jpeg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/26015"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=26015"}],"version-history":[{"count":7,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/26015\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":26023,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/26015\/revisions\/26023"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/26016"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=26015"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=26015"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=26015"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}