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{"id":26119,"date":"2020-07-27T12:19:08","date_gmt":"2020-07-27T15:19:08","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=26119"},"modified":"2022-04-15T13:50:58","modified_gmt":"2022-04-15T16:50:58","slug":"o-paradoxo-de-fermi","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/o-paradoxo-de-fermi\/","title":{"rendered":"O paradoxo de Fermi"},"content":{"rendered":"\n

Voc\u00ea j\u00e1 pensou que a gente n\u00e3o est\u00e1 sozinho no mundo? E por mundo, quero dizer o universo.<\/p>\n\n\n\n

Estima-se que s\u00f3 na Via L\u00e1ctea existam entre 200 e 400 bilh\u00f5es de estrelas como o nosso sol (algumas com planetas orbitando, outras n\u00e3o). No universo inteiro seriam mais 70 sextilh\u00f5es. Como assim ser\u00edamos o \u00fanico especial premium master alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado<\/em> de toda essa baga\u00e7a? Tanta estrela e planeta e s\u00f3 o nosso azulzinho teria vida inteligente? Meio for\u00e7ado, n\u00e9?<\/p>\n\n\n\n

Por outro lado, ningu\u00e9m ainda parece ter dado as caras por aqui. N\u00e3o h\u00e1 evid\u00eancias cient\u00edficas que mostrem que haja outras civiliza\u00e7\u00f5es. \u00c9 justamente disso que trata o paradoxo de Fermi<\/strong>. \u00c9 muito improv\u00e1vel que sejamos a \u00fanica vida inteligente no universo. Mas onde \u00e9 que est\u00e1 o povo?<\/p>\n\n\n\n\n\n\n\n

Na verdade, o f\u00edsico Enrico Fermi, que d\u00e1 nome ao paradoxo, fez justamente essa pergunta enquanto conversava com colegas.<\/p>\n\n\n\n

Eis que um artigo publicado na Arstechnica<\/a> h\u00e1 algumas semanas d\u00e1 conta de que um estudo de pesquisadores astrof\u00edsicos brit\u00e2nicos chegou, depois de complicadas e cuidadosas considera\u00e7\u00f5es, num n\u00famero fortemente prov\u00e1vel: na via L\u00e1ctea s\u00e3o 36 planetas<\/strong> com possibilidade de se comunicar conosco.<\/p>\n\n\n\n

Mas, a pergunta continua: por que esse povo continua quieto?<\/p>\n\n\n\n

A minha resposta pouco cient\u00edfica \u00e9 na linha de parar com essa car\u00eancia infinita por aten\u00e7\u00e3o; talvez a gente n\u00e3o seja t\u00e3o interessante assim e est\u00e1 tudo bem\u2026rs<\/p>\n\n\n\n

Mas os astr\u00f4nomos e astrof\u00edsicos n\u00e3o se conformam. Muitos se ocupam at\u00e9 hoje em responder a pergunta. <\/p>\n\n\n\n

Para al\u00e9m do fato de que as civiliza\u00e7\u00f5es est\u00e3o muito distantes tanto no tempo como no espa\u00e7o (\u00e9 anos luz pra l\u00e1; anos-luz pra c\u00e1), a comunica\u00e7\u00e3o \u00e9 dif\u00edcil e complicada. Al\u00e9m disso, \u00e9 muito caro em termos de energia, espalhar-se pela gal\u00e1xia. Outra ideia \u00e9 que talvez a gente n\u00e3o tenha esperado tempo suficiente. H\u00e1 tamb\u00e9m quem pense que as evid\u00eancias est\u00e3o por a\u00ed, a gente \u00e9 que n\u00e3o consegue v\u00ea-las.<\/p>\n\n\n\n

No meio disso tudo, h\u00e1 duas teorias especialmente interessantes que tentam explicar o fen\u00f4meno. <\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Civiliza\u00e7\u00f5es inteligentes se autodestroem<\/h3>\n\n\n\n

Os autores do paper<\/em> citado pela Arstechnica<\/a>, que se apoiam em gente respeitada como Carl Sagan e Iosif Shklovskii, defendem a ideia (na minha opini\u00e3o, muito plaus\u00edvel), de que as civiliza\u00e7\u00f5es inteligentes tendem se autodestruir. A\u00ed o problema \u00e9 que n\u00e3o d\u00e1 tempo delas se comunicarem com as outras. <\/p>\n\n\n\n

Acompanhe. <\/p>\n\n\n\n

O astr\u00f4nomo planet\u00e1rio Frank Drake, e um dos fundadores do projeto SETI (Search for Extraterrestrial Inteligence<\/em>), e cuja famosa equa\u00e7\u00e3o \u00e9 usada at\u00e9 hoje para calcular as probabilidades nessa \u00e1rea, diz que o n\u00famero de civiliza\u00e7\u00f5es existentes hoje na Gal\u00e1xia \u00e9 igual ao tempo de vida dessas civiliza\u00e7\u00f5es. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 que a vida leva muito tempo at\u00e9 se desenvolver e se tornar inteligente; no planeta Terra foram cerca de 200 mil anos entre os primeiros homin\u00eddeos e a inven\u00e7\u00e3o do radiotelesc\u00f3pio capaz de emitir e receber sinais de outros planetas. <\/p>\n\n\n\n

Isso foi em 1937; de l\u00e1 para c\u00e1,  tamb\u00e9m foram desenvolvidas armas nucleares e biol\u00f3gicas capazes de destruir tudo. Al\u00e9m disso, a explos\u00e3o demogr\u00e1fica e a deteriora\u00e7\u00e3o do meio ambiente n\u00e3o apresentam perspectivas muito duradouras. Ent\u00e3o, segundo essa teoria, quando a civiliza\u00e7\u00e3o atinge determinado grau de desenvolvimento tecnol\u00f3gico, fica muito dif\u00edcil sobreviver. E isso ocorre em apenas um s\u00e9culo ou dois; um per\u00edodo de tempo muito curto se considerarmos o panorama todo da vida na Terra at\u00e9 chegar nesse ponto.<\/p>\n\n\n\n

Para mim faz muito sentido.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Civiliza\u00e7\u00f5es inteligentes destroem outras<\/h3>\n\n\n\n

A segunda teoria \u00e9 a da singularidade tecnol\u00f3gica (a tecnologia, sempre ela!). No segundo livro da Trilogia Remembrance of Earth\u2019s Past<\/em>  (resenha aqui<\/a>), o autor desenvolve uma explica\u00e7\u00e3o bem detalhada que ele chama de Dark Forest<\/em> (que tamb\u00e9m d\u00e1 o t\u00edtulo do volume).<\/p>\n\n\n\n

Imagine dois planetas civilizados, separados por muitos anos-luz; somos n\u00f3s e os outros. \u00c9 poss\u00edvel detectar que o outro existe, mas sem muitos detalhes. No momento, por\u00e9m, achamos que estamos sozinhos no universo.<\/p>\n\n\n\n

Analisando a quest\u00e3o, h\u00e1 duas possibilidades. O outro planeta pode ser \u201cbenevolente<\/em>\u201d, ou seja, que n\u00e3o beligerante e nem toma a iniciativa de atacar, ou \u201cmalicioso<\/em>\u201d, que \u00e9 o oposto.<\/p>\n\n\n\n

Se eu escolho tentar me comunicar com o outro planeta, tenho que lidar com essas duas op\u00e7\u00f5es. Mas uma vez que eu me exponho (ou seja, mando sinais pelo radiotelesc\u00f3pio mostrando que eu existo e qual a minha localiza\u00e7\u00e3o), \u00e9 preciso estar preparado para as consequ\u00eancias. Se o planeta for benevolente, sorte a minha, pois posso trocar informa\u00e7\u00f5es e aprender. Mas se n\u00e3o for, ele pode me aniquilar.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 a\u00ed que entra o conceito da cadeia de suspei\u00e7\u00e3o. Pense: se eu sou benevolente, nada me garante que o outro planeta tamb\u00e9m seja. N\u00e3o tenho como saber antes de entrar em contato. Ele, mesmo que tamb\u00e9m seja benevolente, n\u00e3o tem como saber se eu tamb\u00e9m sou.<\/p>\n\n\n\n

Nesse caso, sendo uma quest\u00e3o de sobreviv\u00eancia da civiliza\u00e7\u00e3o inteira, melhor n\u00e3o arriscar. Ent\u00e3o, n\u00e3o importa se uma das civiliza\u00e7\u00f5es \u00e9 benevolente (ou as duas); a cadeia de suspei\u00e7\u00e3o n\u00e3o tem como ser quebrada, pois o risco \u00e9 fatal.<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que eu considere que a outra civiliza\u00e7\u00e3o n\u00e3o apresente risco para a minha (por exemplo, porque ela \u00e9 mais atrasada tecnologicamente), a cadeia de suspei\u00e7\u00e3o n\u00e3o se extingue por causa do fen\u00f4meno da explos\u00e3o tecnol\u00f3gica.<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que uma civiliza\u00e7\u00e3o seja muito atrasada, se ela j\u00e1 tem condi\u00e7\u00f5es de se comunicar, ent\u00e3o est\u00e1 tamb\u00e9m na beirada de explodir tecnologicamente. O universo tem bilh\u00f5es de anos e em apenas 200 anos uma civiliza\u00e7\u00e3o vai do nada aos computadores qu\u00e2nticos. \u00c9 muito r\u00e1pido. Se outras civiliza\u00e7\u00f5es existem, n\u00e3o h\u00e1 nenhum motivo para essa rapidez ser exce\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Ent\u00e3o, se eu recebo a informa\u00e7\u00e3o da exist\u00eancia de uma outra civiliza\u00e7\u00e3o, mais importante do que saber se ela \u00e9 benevolente ou n\u00e3o, \u00e9 saber o qu\u00e3o desenvolvida tecnologicamente ela est\u00e1. De qualquer maneira, o risco continua enorme.<\/p>\n\n\n\n

Assim, mesmo que eu resolva ficar quieto porque descubro que a outra civiliza\u00e7\u00e3o \u00e9 muito desenvolvida, ela vai dar um jeito de me achar (e me aniquilar, por garantia; temos que lembrar que o que est\u00e1 em jogo \u00e9 a pr\u00f3pria exist\u00eancia). Se ela deixar minha civiliza\u00e7\u00e3o sobreviver, pode ser muito perigoso.<\/p>\n\n\n\n

Dessa maneira, o \u00fanico jeito de sobreviver \u00e9 se fingir de morto. O autor compara o universo com uma floresta escura, onde cada civiliza\u00e7\u00e3o fica quietinha escondida atr\u00e1s das sombras das \u00e1rvores; se algu\u00e9m se exp\u00f5e, precisa ser imediatamente eliminado.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Conclus\u00f5es<\/h3>\n\n\n\n

A\u00ed se a gente for pensar, os seres humanos s\u00e3o meio como crian\u00e7as; v\u00e3o l\u00e1 e criam o SETI, que nada mais \u00e9 do que sair tocando xilofone no meio da floresta. D\u00e1 at\u00e9 uma certa preocupa\u00e7\u00e3o, n\u00e9? O que vale \u00e9 que at\u00e9 a mensagem chegar a algum lugar se v\u00e3o s\u00e9culos (\u00e9 tudo muito longe).<\/p>\n\n\n\n

N\u00e3o sei voc\u00ea, mas achei isso tudo muito interessante. Ali\u00e1s, sobre a trilogia<\/a>, recomendo fortemente a leitura, principalmente se voc\u00ea \u00e9 professor de f\u00edsica (em qualquer n\u00edvel). Na minha opini\u00e3o, poderia ser at\u00e9 usado como livro texto!<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Voc\u00ea j\u00e1 ouviu falar do paradoxo de Fermi? Um tema muito interessante para se pensar…<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":26120,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,25,57,75,49,77],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/07\/IMG_4312.jpeg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/26119"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=26119"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/26119\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":27083,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/26119\/revisions\/27083"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/26120"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=26119"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=26119"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=26119"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}