Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794
{"id":26280,"date":"2020-11-09T13:44:19","date_gmt":"2020-11-09T15:44:19","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=26280"},"modified":"2020-11-09T14:50:15","modified_gmt":"2020-11-09T16:50:15","slug":"gastrofisica","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/gastrofisica\/","title":{"rendered":"Gastrof\u00edsica"},"content":{"rendered":"\n

Voc\u00ea n\u00e3o conhecia essa palavra? Nem eu!<\/p>\n\n\n\n

Gastrof\u00edsica \u00e9 um termo que define uma ci\u00eancia nova que estuda os fatores que influenciam nossa experi\u00eancia multissensorial enquanto comemos ou bebemos. <\/p>\n\n\n\n

Ela foi cunhada pelo psic\u00f3logo experimental e professor da Universidade de Oxford Charles Spence. Ele conta que nem a gastronomia, nem a ci\u00eancia sensorial e nem a neurogastromia oferecem uma explica\u00e7\u00e3o satisfat\u00f3ria sobre como e porque a gente reage e se comporta enquanto come e bebe. <\/p>\n\n\n\n\n\n\n\n

A gastrof\u00edsica apoia-se num n\u00famero enorme de disciplinas como psicologia experimental, ci\u00eancia cognitiva, ci\u00eancia sensorial, neurogastronomia, marketing, design, economia comportamental, entre outras.<\/p>\n\n\n\n

EXPERIMENTOS<\/h3>\n\n\n\n

O laborat\u00f3rio do professor Spence estuda pessoas e situa\u00e7\u00f5es reais e ajuda a orientar grandes empresas de alimenta\u00e7\u00e3o e bebidas a melhorar suas experi\u00eancias e ampliar a percep\u00e7\u00e3o. Para se ter uma ideia, a equipe do professor Spence ganhou o pr\u00eamio Ig Nobel<\/a> 2008 de nutri\u00e7\u00e3o, num artigo onde eles relatavam os resultados de uma pesquisa em que o som altera a percep\u00e7\u00e3o de sabor da comida; eles mostraram que se a batata chips n\u00e3o \u00e9 t\u00e3o barulhenta quando a gente morde, ela n\u00e3o parece t\u00e3o gostosa.<\/p>\n\n\n\n

CROSSMODAL X MULTISENSORIAL<\/h3>\n\n\n\n

Spence explica que nossos sentidos est\u00e3o mais interconectados do que a gente imagina. O termo crossmodal<\/strong><\/em> implica que um senso interfere no outro (por exemplo, um vinho tomado numa ta\u00e7a preta parece mais doce e frutado do que numa ta\u00e7a transparente).<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 o termo multisensorial<\/strong><\/em> significa que n\u00f3s usamos v\u00e1rios sentidos para construir uma \u00fanica experi\u00eancia (mesmo que essa experi\u00eancia privilegie apenas um sentido).<\/p>\n\n\n\n

SABOR<\/h3>\n\n\n\n

A gente aprende que nossa l\u00edngua s\u00f3 consegue identificar doce, salgado, azedo, amargo e umami. Mas e quando a pessoa diz que a comida (ou bebida) \u00e9 frutada, herbal, c\u00edtrica, defumada ou que tem tra\u00e7os de madeira? Bom, \u00e9 que esses adjetivos n\u00e3o se referem a gostos, mas a sabores!<\/p>\n\n\n\n

Mas qual \u00e9 a diferen\u00e7a? Gosto \u00e9 o que voc\u00ea sente quando o nariz est\u00e1 tampado. J\u00e1 os sabores s\u00e3o uma combina\u00e7\u00e3o do gosto com o aroma da comida.<\/p>\n\n\n\n

Outra coisa: o sabor da comida (assim como todas as outras coisas) tem muito a ver com a expectativa. Cores past\u00e9is tendem a nos fazer esperar algo doce, por exemplo. <\/p>\n\n\n\n

Quando o chef Heston Blumenthal criou uma espuma de lagosta que parecia um sorvete rosado e apresentou-a para os convidados de um programa de TV, a maioria achou que o chef errou e pesou a m\u00e3o no sal. <\/p>\n\n\n\n

Os c\u00e9rebros ficaram chocados em ver algo que parecia um doce, mas com o sabor completamente diverso do esperado. Qualquer sal que se colocasse seria interpretado como demais.<\/p>\n\n\n\n

NOMES IMPORTAM<\/h3>\n\n\n\n

O nome da comida tamb\u00e9m faz diferen\u00e7a no sabor, segundo as pesquisas. Uma empresa chilena descobriu isso quando mudou o nome do peixe “Monstro das profundezas<\/em>\u201d, que tinha uma participa\u00e7\u00e3o pequena no mercado, para “Marlonga da Patag\u00f4nia<\/em>\u201d; sucesso absoluto (um crescimento de absurdos 1000% nas vendas ao redor do mundo).<\/p>\n\n\n\n

SIM, A GENTE COME COM OS OLHOS!<\/h3>\n\n\n\n

Olha s\u00f3 que coisa incr\u00edvel; segundo Spence, mais da metade do nosso c\u00e9rebro est\u00e1 envolvida em processar o que a gente v\u00ea, enquanto somente 1% do c\u00f3rtex est\u00e1 diretamente envolvido em interpretar a percep\u00e7\u00e3o do paladar. A raz\u00e3o \u00e9 que o c\u00e9rebro funciona estatisticamente para otimizar o processamento e ele usa o banco de dados (principalmente cor e cheiro) para predizer as propriedades nutricionais do que est\u00e1 comendo. Por exemplo: \u00e9 muit\u00edssimo prov\u00e1vel que um alimento cremoso rosa pink seja bem doce.<\/p>\n\n\n\n

O CHEIRO<\/h3>\n\n\n\n

Sim, sabemos que o cheiro faz parte do sabor, mas porque algumas comidas conseguem ser fedidas e gostosas ao mesmo tempo? Tipo aqueles queijos maduros? Ou quando o cheiro \u00e9 maravihoso, mas o gosto n\u00e3o est\u00e1 \u00e0 altura, como caf\u00e9?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Isso acontece porque a gente captura o aroma de um alimento de duas maneiras diferentes: a primeira \u00e9 pelo nariz, como a gente j\u00e1 conhece (chama-se ortonasal<\/em><\/strong>). <\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 a segunda \u00e9 por dentro da cavidade bucal; o cheiro entra pela boca e alcan\u00e7a os neur\u00f4nios do nariz pela parte de tr\u00e1s, e por isso se chama retronasal<\/strong><\/em>.<\/p>\n\n\n\n

Isso explica tamb\u00e9m porque refrigerante quente parece horrivelmente doce. \u00c9 porque ele \u00e9 projetado para se tomar gelado, condi\u00e7\u00e3o em que a gente perde um pouco do olfato (os neur\u00f4nios olfativos ficam meio “dormentes” com a baixa temperatura), ent\u00e3o se carrega muuuito no a\u00e7\u00facar. Quando se toma a bebida em temperatura ambiente, todos os sensores est\u00e3o funcionando e a gente v\u00ea a verdade da coisa: sim, refrigerante \u00e9 uma coisa horrivelmente doce.<\/p>\n\n\n\n

Para sentir o sabor completamente, a gente precisa cheirar pela parte da frente e pela parte de tr\u00e1s do nariz. Assim, quando a pessoa toma caf\u00e9 num copo coberto por uma tampa de pl\u00e1stico, s\u00f3 com aquele buraquinho para beber, est\u00e1 perdendo boa parte do sabor. Tomar coisas de canudinho, ent\u00e3o, destr\u00f3i completamente a experi\u00eancia, pois s\u00f3 d\u00e1 para sentir o cheiro pela via retronasal, e olhe l\u00e1.<\/p>\n\n\n\n

A VIS\u00c3O<\/h3>\n\n\n\n

O c\u00e9rebro \u00e9 o \u00f3rg\u00e3o que mais precisa de sangue circulando nele (cerca de 25% do total), mas quando a gente est\u00e1 com fome, esse fluxo aumenta. E aumenta mais ainda se a gente est\u00e1 com fome e v\u00ea comida que parece apetitosa. Se for poss\u00edvel sentir o cheiro, o efeito \u00e9 ainda mais pronunciado. Uma das \u00e1reas mais ativadas \u00e9 a da recompensa, na \u00ednsula.<\/p>\n\n\n\n

N\u00e3o \u00e0 toa Auspicius, um gourmand<\/em> e autor romano do s\u00e9culo I, dizia que \u201co primeiro sabor vem sempre pelos olhos<\/em>\u201d.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O povo da propaganda sabe muito bem disso e costuma bombardear a gente o tempo todo com o que se convencionou chamar de foodporn<\/strong><\/em>, que \u00e9 a comida apresentada de maneira extremamente sensual (sensual = que ati\u00e7a os sentidos). Ali\u00e1s, depois da pornografia, a comida \u00e9 a categoria mais buscada na internet.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

A cor, j\u00e1 se sabe, influencia a percep\u00e7\u00e3o de sabor, mas sabia que as formas tamb\u00e9m? Formas arredondadas e suaves, remetem a um sabor mais doce e suave (pratos redondos, por exemplo). J\u00e1 as pontas agudas e retas s\u00e3o associadas com sabores mais amargos ou apimentados (pratos quadrados ou com partes retas).<\/p>\n\n\n\n

E veja que interessante: um mousse gelado de framboesa pareceu 10% mais doce e 15% mais saboroso se servido em um prato branco em compara\u00e7\u00e3o com um prato preto.<\/p>\n\n\n\n

E tem mais: pratos e copos com alto contraste de cores aumentaram o consumo de comida em 25% e de bebida em 84% em pacientes com Alzheimer; para os pacientes hospitalizados com dem\u00eancia, a mudan\u00e7a do prato aumentou em 30% o apetite. Uma not\u00edcia maravilhosa, se considerarmos que a alimenta\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos problemas desses grupos de risco.<\/p>\n\n\n\n

At\u00e9 a organiza\u00e7\u00e3o da comida no prato pode fazer com que ela pare\u00e7a mais ou menos deliciosa; inclusive, h\u00e1 pesquisas mostrando que as pessoas s\u00e3o capazes de pagar at\u00e9 o dobro do valor da mesma comida s\u00f3 porque ela est\u00e1 apresentada de uma maneira mais atraente.<\/p>\n\n\n\n

Tem at\u00e9 uma conta no Instagram muito divertida que pega junk food (aquelas porcarias cheias de corantes e s\u00f3dio que v\u00eam em saquinhos de pl\u00e1stico) e organiza num prato como se fosse um chef de cozinha estrelado. O resultado \u00e9 hil\u00e1rio! Vai l\u00e1: @chefjacqueslamerde<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

O SOM<\/h3>\n\n\n\n

Os pesquisadores fizeram uma experi\u00eancia ousada: tiraram o som de uma m\u00e1quina Nespresso e serviram o caf\u00e9 depois. Todo mundo achou que a bebida estava um pouco sem gosto. Aquelas m\u00e1quinas profissionais de caf\u00e9 espresso n\u00e3o s\u00e3o escandalosas \u00e0 toa; faz parte da percep\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Coisas que se espera serem crocantes tamb\u00e9m precisam ter o barulho correspondente, para n\u00e3o decepcionar o c\u00e9rebro. Se n\u00e3o fizer cro-croc, j\u00e1 era. A sensa\u00e7\u00e3o \u00e9 de que a comida est\u00e1 velha, por mais que esteja tudo 100%. <\/p>\n\n\n\n

O barulho dos restaurantes tamb\u00e9m pode impactar negativamente a percep\u00e7\u00e3o do sabor (no Brasil, nunca entendi porque restaurantes a quilo deixam a televis\u00e3o ligada num volume irritante). <\/p>\n\n\n\n

O TOQUE<\/h3>\n\n\n\n

Comer com as m\u00e3os aumenta bastante a nossa percep\u00e7\u00e3o sensorial; alguns estudiosos inclusive defendem que a gente deveria fazer isso mais vezes. Em algumas culturas, como a indiana, as pessoas dispensam talheres para saborear melhor o alimento e a experi\u00eancia parece fazer muito sentido. <\/p>\n\n\n\n

Voc\u00ea j\u00e1 tentou comer um hamb\u00farguer de garfo e faca? E um cachorro quente? N\u00e3o tem o mesmo gosto, n\u00e9? Ainda sobre talheres, quanto mais pesados eles s\u00e3o, mais favorecem a percep\u00e7\u00e3o de sabor na comida. Talheres leves remetem \u00e0 comida barata, mesmo que sejam feitos de platina.<\/p>\n\n\n\n

E sabe o que mais? Comida quente servida numa cumbuca \u00e9 mais gostosa do que estiver num prato. Especialmente se voc\u00ea sentir o peso e o calor dela nas m\u00e3os. Experimenta!<\/p>\n\n\n\n

O AMBIENTE FAZ TODA A DIFEREN\u00c7A<\/h3>\n\n\n\n

Quer fazer uma pessoa consumir mais bebida no seu bar? Coloca uma m\u00fasica alta com batida r\u00e1pida; as pessoas tendem a comer e a beber sincronizadas com o som ambiente. Ficam mais agitadas e comem mais r\u00e1pido tamb\u00e9m. <\/p>\n\n\n\n

Se a m\u00fasica for mais calma, as pessoas podem consumir mais porque v\u00e3o ficar mais tempo no lugar em que se sentem confort\u00e1veis. M\u00fasica cl\u00e1ssica, inclusive, faz a percep\u00e7\u00e3o de valor das pessoas mudar; elas acham ok pagar mais pela mesma comida (se estiver boa, claro).<\/p>\n\n\n\n

M\u00fasica tem\u00e1tica tamb\u00e9m altera a nossa percep\u00e7\u00e3o; num supermercado, os pesquisadores colocaram m\u00fasica pr\u00f3xima \u00e0 se\u00e7\u00e3o de vinhos, perto das prateleiras onde tinha vinho franc\u00eas e alem\u00e3o.  Quando a m\u00fasica que estava tocando era francesa, 77% dos vinhos vendidos eram dessa nacionalidade. Quando a m\u00fasica era alem\u00e3, 73% dos vinhos vendidos eram alem\u00e3es.<\/p>\n\n\n\n

Restaurantes tem\u00e1ticos tamb\u00e9m s\u00f3 t\u00eam a ganhar com a decora\u00e7\u00e3o condizente. Cantinas italianas decoradas de modo folcl\u00f3rico parecem ter comida mais aut\u00eantica e saborosa do que as que usam decora\u00e7\u00e3o mais convencional e neutra, por exemplo. <\/p>\n\n\n\n

Sobre as mesas, os seres humanos, preferem, em geral, as redondas. Mas por uma quest\u00e3o de aproveitamento de espa\u00e7o, a recomenda\u00e7\u00e3o \u00e9 que os restaurantes misturem (grupos maiores, por exemplo, ficam desconfort\u00e1veis em mesas com o di\u00e2metro grande demais). Mesmo assim, ter mesas redondas no espa\u00e7o d\u00e1 a sensa\u00e7\u00e3o de acolhimento e que a comida vai ser gostosa.<\/p>\n\n\n\n

Ali\u00e1s, sobre ambientes onde a experi\u00eancia \u00e9 a protagonista: as pessoas realmente se emocionam, lembram-se de detalhes que normalmente passariam despercebidos, mas o sabor da comida fica realmente em segundo plano. Eu me lembro especialmente de um jantar \u00e0s escuras (descrito aqui<\/a>), em que, pela primeira vez percebi que alface tinha cheiro. Mas realmente, apesar da experi\u00eancia inesquec\u00edvel, a comida n\u00e3o me pareceu sensacional.<\/p>\n\n\n\n

A REFEI\u00c7\u00c3O COMO EXPERI\u00caNCIA SOCIAL<\/h3>\n\n\n\n

N\u00f3s somos seres sociais e precisamos de outros humanos para viver (e para comer).  <\/p>\n\n\n\n

Comer com outros \u00e9 uma coisa t\u00e3o importante que o autor at\u00e9 nos traz a origem etimol\u00f3gica da palavra companhia<\/em><\/strong>: ela \u00e9 composta do latim cum<\/em><\/strong> (juntos) e panis<\/em><\/strong> (p\u00e3o). Um companheiro \u00e9 algu\u00e9m que come o p\u00e3o junto com voc\u00ea. Que po\u00e9tico, n\u00e9?<\/p>\n\n\n\n

Uma pesquisa recente perguntou qual foi a \u00faltima vez que voc\u00ea convidou amigos para comer na sua casa. Agora olha o choque: 78% NUNCA convidaram ningu\u00e9m para comer com eles\u2026 Al\u00e9m disso, o n\u00famero de pessoas que jantam sozinhas em restaurantes mais do que dobrou entre 2013 e 2015. <\/p>\n\n\n\n

Segundo o estudioso, al\u00e9m de ser ruim para a sa\u00fade comer sozinho, a pessoa come mais e n\u00e3o sente o gosto, principalmente porque boa parte estar\u00e1 vendo televis\u00e3o ou futucando no celular durante a refei\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Ent\u00e3o, sempre que puder comer acompanhado, prefira. <\/p>\n\n\n\n

COMIDA DE AVI\u00c3O<\/h3>\n\n\n\n

Sim, comida de avi\u00e3o tem gosto realmente diferente; ela precisa ter mais a\u00e7\u00facar e sal. \u00c9 que a pressuriza\u00e7\u00e3o da cabine faz com que a gente diminua a sensibilidade do paladar e do olfato. A pressuriza\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m reduz consideravelmente o n\u00famero de mol\u00e9culas arom\u00e1ticas no ambiente (o que n\u00e3o \u00e9 de todo ruim se o seu companheiro de poltrona esqueceu de passar desodorante, n\u00e9? Rsrsr).<\/p>\n\n\n\n

Isso sem falar na experi\u00eancia como um todo; um bom vinho ou um espumante tomados nos mesmos copos de pl\u00e1stico que est\u00e3o no banheiro n\u00e3o podem ter o mesmo gosto. Nem vamos falar dos talheres de pl\u00e1stico.<\/p>\n\n\n\n

MEM\u00d3RIA AFETIVA<\/h3>\n\n\n\n

Os pesquisadores tamb\u00e9m descobriram o que a gente j\u00e1 sabia: os gostos fazem parte da nossa mem\u00f3ria de uma maneira muito forte. Ent\u00e3o, para tornar a refei\u00e7\u00e3o um acontecimento memor\u00e1vel, uma dica \u00e9 usar o storytelling. Contar a hist\u00f3ria da comida ou alguma curiosidade na prepara\u00e7\u00e3o, alguma refer\u00eancia familiar ajudam muito a se lembrar da experi\u00eancia. <\/p>\n\n\n\n

MUITO MAIS<\/h3>\n\n\n\n

O livro ainda fala da personaliza\u00e7\u00e3o das refei\u00e7\u00f5es (e da pol\u00eamica que o tema desperta nos chefes de cozinha), das refei\u00e7\u00f5es que s\u00e3o verdadeiras experi\u00eancias, quando n\u00e3o instala\u00e7\u00f5es de arte, das ferramentas digitais (como impressoras 3D de comida), das experi\u00eancias com tecnologia (realidade aumentada, gadgets desenvolvidos para ampliar a percep\u00e7\u00e3o, etc).<\/p>\n\n\n\n

Enfim. Um banquete. Estejam servidos!<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Resenha de um livro que muito interessa para quem gosta de comer!<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":26283,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,59,23,57,49,110],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/sorvete.jpg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/26280"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=26280"}],"version-history":[{"count":5,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/26280\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":26291,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/26280\/revisions\/26291"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/26283"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=26280"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=26280"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=26280"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}