Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794
{"id":26943,"date":"2022-01-08T09:12:38","date_gmt":"2022-01-08T12:12:38","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=26943"},"modified":"2022-01-12T07:09:57","modified_gmt":"2022-01-12T10:09:57","slug":"como-falar-com-robos","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/como-falar-com-robos\/","title":{"rendered":"Como falar com rob\u00f4s"},"content":{"rendered":"\n

Imposs\u00edvel ver esse livro numa livraria e n\u00e3o lev\u00e1-lo; \u201cHow to Talk to Robots: A Girls\u2019 Guide to a Future Dominated by AI<\/em><\/strong>\u201d (tradu\u00e7\u00e3o livre: \u201cComo falar com rob\u00f4s: um guia para garotas para um futuro dominado pela Intelig\u00eancia Artificial<\/em>\u201d), de Tabitha Goldstaub.<\/p>\n\n\n\n

A autora jogou videogames compulsivamente com seu irm\u00e3o durante toda a inf\u00e2ncia. Sua m\u00e3e era editora de uma revista de moda e seu pai, representante de tecidos. Apesar de fascinada por computadores, acabou virando publicit\u00e1ria. Na universidade sempre procurou disciplinas relacionadas \u00e0 computa\u00e7\u00e3o, mas por causa de sua dislexia, acabou desistindo da programa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n\n\n\n\n

Eis que em 2008 a mo\u00e7a come\u00e7ou um est\u00e1gio numa startup que produzia v\u00eddeos para celebridades. Por causa disso, ela decidiu estudar sobre como fazer cada v\u00eddeo chegar em cada espectador de maneira mais customizada e que esse trabalho decis\u00f3rio n\u00e3o precisasse ser feito \u00e0 m\u00e3o. Ela estudou exaustivamente Intelig\u00eancia artificial e todas as tecnologias dispon\u00edveis para fazer o trabalho que ela queria que fosse automatizado. Tabitha viu que era complicado e acabou n\u00e3o conseguindo financiamento para fazer o neg\u00f3cio se desenvolver.<\/p>\n\n\n\n

Foi ent\u00e3o que a mo\u00e7a fundou uma startup que conecta especialistas em IA com neg\u00f3cios que queiram utilizar essa tecnologia; ela construiu uma comunidade forte e influente, reconhecida pelo governo brit\u00e2nico. <\/p>\n\n\n\n

Entusiasta de primeira hora pelo poder da IA, a preocupa\u00e7\u00e3o da mo\u00e7a agora \u00e9 que as mulheres reconhe\u00e7am que essa tecnologia pode mudar as regras e prejudic\u00e1-las muito se n\u00e3o souberem como trabalhar com ela. Por isso Tabitha montou essa esp\u00e9cie de manual; a ideia \u00e9 chegar ao maior n\u00famero de mulheres para n\u00e3o somente proteg\u00ea-las dos riscos futuros, mas tamb\u00e9m torn\u00e1-las protagonistas dessa mudan\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Tabitha \u00e9 muito did\u00e1tica: ela come\u00e7a com um gloss\u00e1rio explicando de maneira simples os termos mais comuns usados em tecnologia como deep learning<\/em>, algoritmo, linguagem natural, etc. E sabe o que \u00e9 melhor? Ela trabalha sempre com alguma outra especialista mulher em cada cap\u00edtulo, que ajuda a explicar os t\u00f3picos.<\/p>\n\n\n\n

Sobre o t\u00edtulo, ela j\u00e1 avisa que est\u00e1 falando de Intelig\u00eancia Artificial (IA), que s\u00e3o basicamente algoritmos; j\u00e1 os rob\u00f4s s\u00e3o estruturas f\u00edsicas. A quest\u00e3o \u00e9 que rob\u00f4 \u00e9 um termo mais apelativo, familiar e amig\u00e1vel. Eu concordo; a obra n\u00e3o chamaria tanta aten\u00e7\u00e3o se fosse “Como interagir com a Intelig\u00eancia Artificial<\/em>“, n\u00e9?<\/p>\n\n\n\n

O QUE \u00c9 INTELIG\u00caNCIA ARTIFICIAL?<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Aqui ela d\u00e1 alguns exemplos do dia-a-dia que as pessoas conhecem, mas nem sempre se d\u00e3o conta do que est\u00e1 por tr\u00e1s: os filtros que fazem a pessoa parecer com cara de crian\u00e7a num v\u00eddeo;  o Facebook que reconhece automaticamente as pessoas numa foto e marca cada uma delas; as recomenda\u00e7\u00f5es que a Netflix faz para voc\u00ea, os melhores caminhos que o Google Maps recomenda.<\/p>\n\n\n\n

Mas para responder diretamente \u00e0 pergunta, Tabitha, que n\u00e3o \u00e9 boba nem nada, convidou Karen Hao: jornalista, engenheira e sua colega no MIT Technology. Ela explica que a Intelig\u00eancia Artificial tenta reproduzir a maneira como o c\u00e9rebro humano aprende e toma decis\u00f5es. Mas h\u00e1 dois tipos: o primeiro, chamado \u201cIntelig\u00eancia Artificial Restrita\u201d \u00e9 essa citada nos exemplos. Ela \u00e9 criada para executar bem um tipo de tarefa. J\u00e1 a \u201cIntelig\u00eancia Artificial Geral\u201d \u00e9 a mais parecida com um humano e que ainda estamos longe de desenvolver, pois exige um repert\u00f3rio mais amplo. Fala tamb\u00e9m da diferen\u00e7a entre os rob\u00f4s (hardware) e IA (software). <\/p>\n\n\n\n

UMA HIST\u00d3RIA FEITA POR MULHERES<\/strong><\/p>\n\n\n\n

No cap\u00edtulo seguinte a autora desenha um panorama na linha de tempo contando como a IA se desenvolveu, desde Alan Turing em meados de 1930, at\u00e9 2018, quando pesquisadores descobriram vieses racistas nos algoritmos. Mas no meio disso tudo, ela apresenta as muitas mulheres que fizeram tudo acontecer (e n\u00e3o foram poucas): vamos de Ada Lovelace, com o primeiro algoritmo, at\u00e9 as incr\u00edveis mulheres programadoras e inventoras das linguagens de programa\u00e7\u00e3o e compiladores (Grace Hopper, tamb\u00e9m criadora do COBOL, inventou o compilador porque achava um absurdo as pessoas terem que usar a linguagem da m\u00e1quina, e n\u00e3o o contr\u00e1rio). \u00c9 s\u00e9rio; s\u00f3 esse cap\u00edtulo j\u00e1 valeria o livro, tantas s\u00e3o as maravilhas que essas poderosas fizeram na computa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

MAS COMO A IA FUNCIONA?<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Com a ajuda da Karen Hao, o cap\u00edtulo descreve como funciona o machine learning<\/em>, que tipo de dado cada programa (Fotos do Facebook, Spotify, Netflix, Youtube) usa para aprender; como eles buscam os padr\u00f5es para tomar as decis\u00f5es no seu lugar.<\/p>\n\n\n\n

Achei muito bacana porque ela desmonta as not\u00edcias sensacionalistas publicadas sem nenhum crit\u00e9rio, como aquela que dizia que o Facebook fez um experimento em que dois algoritmos conversavam e eles acabaram criando uma linguagem pr\u00f3pria, que os humanos n\u00e3o entendiam. <\/p>\n\n\n\n

Meio que tocaram terror sobre os perigos da IA, especulando como as m\u00e1quinas poderiam se rebelar. Na verdade, os algoritmos foram treinados para buscar padr\u00f5es, ou seja, grupos de palavras que apareciam mais quando a compra era fechada. A\u00ed come\u00e7aram s\u00f3 usar essas palavras e o vocabul\u00e1rio deles ficou restrito demais; n\u00e3o fazia sentido para os humanos. Em vez de superintelig\u00eancia, o que aconteceu foi o oposto; o teste falhou justamente porque as m\u00e1quinas simplificaram demais a coisa e o resultado n\u00e3o serviu para substituir um humano na negocia\u00e7\u00e3o, que era a ideia original.<\/p>\n\n\n\n

COMO N\u00c3O FALAR COM UM ROB\u00d4<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Nesse cap\u00edtulo Tabitha fala sobre os riscos da IA, como programar um algoritmo para criar e disseminar conte\u00fados perigosos (como o caso do Cambridge Analytica, que influenciou o Brexit; o uso de deepfakes para distribuir fake news); discriminar grupos de pessoas (j\u00e1 h\u00e1 pesquisas mostrando algoritmos que reproduzem machismo e racismo, entre outros problemas); criar depend\u00eancia entre pessoas e m\u00e1quinas; infringir privacidade, provocar\/participar de ataques ou guerras, entre outros.<\/p>\n\n\n\n

A autora fala das causas desses riscos: basicamente dados com vieses, pouca diversidade entre os programadores, desconhecimento dos mecanismos internos para a tomada de decis\u00e3o, falta de responsabiliza\u00e7\u00e3o e desigualdade digital (entre idades, pa\u00edses e n\u00edveis de educa\u00e7\u00e3o, por exemplo). Aqui ela cita tamb\u00e9m algumas a\u00e7\u00f5es que est\u00e3o sendo tomadas para tentar minimizar esses riscos.<\/p>\n\n\n\n

COMO FALAR COM UM ROB\u00d4<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Esse cap\u00edtulo trata de apresentar os benef\u00edcios do uso da IA. Olha alguns exemplos:<\/p>\n\n\n\n

ningu\u00e9m vai mais precisar fazer trabalhos chatos, <\/p>\n\n\n\n