Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794
{"id":26970,"date":"2022-01-21T16:39:21","date_gmt":"2022-01-21T19:39:21","guid":{"rendered":"http:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/?p=26970"},"modified":"2022-01-24T10:49:41","modified_gmt":"2022-01-24T13:49:41","slug":"o-verdadeiro-motivo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/o-verdadeiro-motivo\/","title":{"rendered":"O verdadeiro motivo"},"content":{"rendered":"\n

Achei o livro \u201cPayoff: The Hidden Logic That Shapes Our Motivations<\/em><\/strong>\u201d (tradu\u00e7\u00e3o livre: \u201cRecompensa: a l\u00f3gica escondida que molda nossas motiva\u00e7\u00f5es<\/em>\u201d) de Dan Ariely nos usados da Amazon e confesso que meu interesse inicial foi por causa da informa\u00e7\u00e3o de que o volume era ilustrado (pensando aqui em fazer algo assim no meu pr\u00f3ximo livro). <\/p>\n\n\n\n

Sou f\u00e3 do Dan Ariely h\u00e1 muito tempo e at\u00e9 j\u00e1 conhecia parte do conte\u00fado por conta de outros livros que li dele como Positivamente Irracional<\/a>. Mas Payoff<\/em><\/strong> \u00e9 de uma cole\u00e7\u00e3o inspirada em palestras do TED que aprofunda um pouco mais o falado na apresenta\u00e7\u00e3o. E o tema da vez \u00e9 motiva\u00e7\u00e3o, principalmente no trabalho (prestem aten\u00e7\u00e3o, gestores!).<\/p>\n\n\n\n

Dan come\u00e7a falando sobre a defini\u00e7\u00e3o de motiva\u00e7\u00e3o: <\/p>\n\n\n\n\n\n\n\n

\u201cO ato ou processo de dar a algu\u00e9m raz\u00f5es (ou motivos) para fazer alguma coisa<\/strong><\/em>\u201d ou <\/p>\n\n\n\n

\u201cA condi\u00e7\u00e3o de estar ansioso ou disposto a fazer algo<\/strong><\/em>\u201d. <\/p>\n\n\n\n

Ele explica que essa condi\u00e7\u00e3o \u00e9 fundamental para que as pessoas sejam mais comprometidas e produtivas no trabalho.<\/p>\n\n\n\n

Essa disposi\u00e7\u00e3o para se engajar na execu\u00e7\u00e3o de um trabalho depende de muitas e subjetivas vari\u00e1veis: dinheiro, realiza\u00e7\u00e3o, felicidade, prop\u00f3sito, senso de progresso, preocupa\u00e7\u00e3o com os outros, orgulho e mais um monte de outros elementos que v\u00e3o variar de pessoa para pessoa.<\/p>\n\n\n\n

Uma coisa que ele chama aten\u00e7\u00e3o \u00e9 que muitos desses elementos n\u00e3o t\u00eam a ver com alegria ou bons sentimentos. Muitas pessoas s\u00e3o motivadas a fazer coisas dif\u00edceis e desagrad\u00e1veis, \u00e0s vezes at\u00e9 dolorosas. Mas por qu\u00ea?<\/p>\n\n\n\n

Sofrer sim, mas com sentido<\/h3>\n\n\n\n

A\u00ed ele compartilha uma hist\u00f3ria pessoal: estava jantando com amigos quando recebeu o chamado de uma pessoa desconhecida (que conseguiu seu n\u00famero com um amigo em comum) pedindo-lhe para ir imediatamente at\u00e9 um hospital. Ele foi, e descobriu que a mulher que ligou tinha dois filhos que haviam sofrido queimaduras grav\u00edssimas em um acidente. Ela estava desorientada e queria a ajuda do Dan para saber como proceder para tornar o sofrimento dos filhos menos intenso. Mas por que ele?<\/p>\n\n\n\n

Bem, \u00e9 de conhecimento p\u00fabico (pelos seus livros) que o autor sofreu queimaduras grav\u00edssimas quando era adolescente e passou nada menos que 3 anos inteiros no hospital sofrendo dores horr\u00edveis enquanto seu corpo se recuperava. At\u00e9 hoje ele tem sequelas, mas consegue levar uma vida normal e produtiva. Era essa a esperan\u00e7a que a mulher queria dar aos filhos. <\/p>\n\n\n\n

Para Dan, reviver o passado e assistir \u00e0 verdadeira tortura que era a troca de curativos foi algo muito pesado e dif\u00edcil para ele. Mas o sentimento de que isso tinha um significado e podia fazer realmente diferen\u00e7a na vida de algu\u00e9m empurrou-o \u00e0 a\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

E aqui ele deixa clara a diferen\u00e7a entre felicidade e significado. As coisas que fazemos por terem um sentido n\u00e3o necessariamente s\u00e3o as que nos fazem felizes. Mas d\u00e3o a sensa\u00e7\u00e3o de fazer parte de algo maior que n\u00f3s mesmos, o que faz valer o sacrif\u00edcio. <\/p>\n\n\n\n

Como destruir uma equipe brilhante<\/h3>\n\n\n\n

No livro, ele conta tamb\u00e9m a hist\u00f3ria de uma empresa onde ele era consultor e viu toda a equipe de engenheiros especializados perderem totalmente a motiva\u00e7\u00e3o para o trabalho (mesmo com excelentes sal\u00e1rios) quando o projeto ao qual eles estavam se dedicando havia anos, sacrificando finais de semana e f\u00e9rias para constru\u00edrem o primeiro prot\u00f3tipo tinha sido simplesmente abandonado pela empresa. Os gestores fizeram uma an\u00e1lise e acharam melhor cancelar aquela linha de desenvolvimento. <\/p>\n\n\n\n

Todos continuaram com seus empregos, mas a que pre\u00e7o emocional? Dan questiona: se os l\u00edderes tivessem realmente preocupados com a motiva\u00e7\u00e3o da equipe, n\u00e3o teriam pensado numa sa\u00edda menos traum\u00e1tica tipo, sei l\u00e1, para eles pensarem em como a tecnologia poderia ser usada em outros projetos da empresa, sem jogar no lixo todo o trabalho j\u00e1 feito? Ou pedir para eles fazerem uma apresenta\u00e7\u00e3o resumindo toda a jornada para que os gestores tivessem uma ideia mais abrangente sobre o que estavam decidindo? Ou simplesmente perguntar para aquele grupo de profissionais inteligent\u00edssimos se eles tinham alguma ideia melhor? <\/p>\n\n\n\n

De nada adianta investir milh\u00f5es em cursos, palestras e treinamentos se quando a coisa aperta, toda a dedica\u00e7\u00e3o \u00e9 simplesmente desconsiderada como se n\u00e3o tivesse valido de nada (ou pior; o mais comum \u00e9 que as pessoas sejam simplesmente descartadas). Ningu\u00e9m nasceu ontem, ainda mais se estamos falando de trabalhadores qualificados. Depois vem aquele desespero para conseguir os profissionais especializados necess\u00e1rios para o pr\u00f3ximo projeto. Complicado, n\u00e3o?<\/p>\n\n\n\n

Dan mostra v\u00e1rias pesquisas e experimentos que indicam que as pessoas s\u00e3o mais produtivas se se sentem acolhidas e valorizadas. Quando isso n\u00e3o acontece, o jeito \u00e9 se limitar a cumprir tabela e n\u00e3o fazer nada de errado para garantir o sal\u00e1rio; nada mais que isso. A empresa seleciona, contrata e mant\u00e9m a mediocridade por sua pr\u00f3pria escolha e consci\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

Customizando o ambiente de trabalho<\/h3>\n\n\n\n

Ariely mostra tamb\u00e9m como a gente valoriza muito mais aquilo que nos custou muito esfor\u00e7o. O exemplo \u00e9 a experi\u00eancia de comprar um m\u00f3vel na IKEA e mont\u00e1-lo com as pr\u00f3prias m\u00e3os; a pe\u00e7a  acaba recebendo mais aten\u00e7\u00e3o que as outras. <\/p>\n\n\n\n

Em qualquer trabalho \u00e9 assim; se foi a gente que fez, se exigiu empenho e dedica\u00e7\u00e3o, a gente acha que vale muito mais (mesmo que o resultado final tenha ficado uma porcaria). <\/p>\n\n\n\n

O pior \u00e9 que essa distor\u00e7\u00e3o de percep\u00e7\u00e3o \u00e9 t\u00e3o profunda que a gente n\u00e3o percebe e acaba pensando que os outros enxergam aquele objeto da mesma maneira que n\u00f3s (claro, se fui eu que escrevi o livro, ele \u00e9 \u00f3timo. Se n\u00e3o vende tanto \u00e9 porque as pessoas n\u00e3o percebem ou t\u00eam inveja \u2014 meu desenho \u00e9 uma obra de arte, s\u00f3 o mercado \u00e9 que ainda n\u00e3o descobriu \u2014 e por a\u00ed vai\u2026).<\/p>\n\n\n\n

Ent\u00e3o, uma das conclus\u00f5es \u00e9 que um ambiente de trabalho que possa ser customizado e pare\u00e7a um pouco como tendo sido \u201cconstru\u00eddo” pela pr\u00f3pria pessoa pode aumentar a produtividade e o senso de pertencimento. Um porta-retratos, um plantinha ou um tom art podem fazer mais do que se imagina para a pessoa se sentir parte do lugar onde est\u00e1 trabalhando.<\/p>\n\n\n\n

E o dinheiro? <\/h3>\n\n\n\n

Pois \u00e9, a quest\u00e3o do dinheiro.<\/p>\n\n\n\n

Como Dan disse l\u00e1 no come\u00e7o, a equa\u00e7\u00e3o que define a motiva\u00e7\u00e3o tem muitas e subjetivas vari\u00e1veis. Uma delas \u00e9 o dinheiro, claro. Se tudo estiver maravilhoso, mas a pessoa n\u00e3o estiver conseguindo pagar as contas, as coisas desandam. Ent\u00e3o a quest\u00e3o \u00e9: dinheiro \u00e9 importante sim, mas o peso vai depender tamb\u00e9m das outras vari\u00e1veis (que s\u00e3o diferentes para cada pessoa). Mas uma das descobertas das pesquisas \u00e9 que b\u00f4nus de incentivo e produtividade n\u00e3o produzem os melhores resultados automaticamente, justamente porque dinheiro n\u00e3o \u00e9 uma vari\u00e1vel isolada das outras.<\/p>\n\n\n\n

As medidas intang\u00edveis importantes para a motiva\u00e7\u00e3o n\u00e3o s\u00e3o sempre facilmente mensur\u00e1veis; ali\u00e1s, quando se tenta colocar tudo em n\u00fameros, a\u00ed \u00e9 que se corre o risco de se perder os melhores talentos. <\/p>\n\n\n\n

O autor deu seu pr\u00f3prio exemplo quando era professor do MIT: tudo era minimamente calculado para compor sua produtividade. Mas, para ganhar mais pontos e ser considerado mais produtivo, ele tinha que diminuir as horas de aula, o que era um sofrimento, pois ele adorava (em algumas universidades \u00e9 o contr\u00e1rio). <\/p>\n\n\n\n

O ponto \u00e9 que n\u00e3o tem como medir o quanto ele contribui com a marca e o cumprimento da miss\u00e3o da institui\u00e7\u00e3o,  o quanto os alunos confiavam nele, o quanto ele transformou a vida de pessoas que passaram por suas aulas e definiram suas carreiras. Um jeito f\u00e1cil de matar  motiva\u00e7\u00e3o \u00e9 simplesmente colocar um pre\u00e7o na confian\u00e7a e na boa-vontade da pessoa com rela\u00e7\u00e3o ao seu trabalho. E resumir tudo a n\u00fameros e \u00edndices.<\/p>\n\n\n\n

Motiva\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m depende de confian\u00e7a, de conex\u00e3o e do sentido que a pessoa v\u00ea na empreitada, sendo que essas quest\u00f5es s\u00e3o subjetivas e variam para cada um.<\/p>\n\n\n\n

Enfim, Dan conclui que o assunto \u00e9 mais complexo do que parece e n\u00e3o existem solu\u00e7\u00f5es simples e m\u00e1gicas. Mas perguntar para os envolvidos como que eles se sentem a respeito pode ajudar, e muito.<\/p>\n\n\n\n

Sou obrigada a concordar.<\/p>\n\n\n\n

********<\/p>\n\n\n\n

Para quem tiver interesse, a palestra no TED (o livro extrapolou em muito, mas muito mesmo) est\u00e1 neste link aqui<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

O livro n\u00e3o tem tradu\u00e7\u00e3o para o portugu\u00eas (novidade\u2026), mas quem quiser se arriscar no ingl\u00eas, recomendo muito. Para comprar na Amazon brasileira, \u00e9 s\u00f3 clicar aqui<\/a>.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Resenha do livro \u201cPayoff: The Hidden Logic That Shapes Our Motivations\u201d de Dan Ariely.<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":26971,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,23,35,60,79,49,99,110],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/IMG_5730.jpeg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/26970"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=26970"}],"version-history":[{"count":2,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/26970\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":26973,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/26970\/revisions\/26973"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/26971"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=26970"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=26970"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=26970"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}