Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794
{"id":6134,"date":"2011-01-26T10:35:42","date_gmt":"2011-01-26T12:35:42","guid":{"rendered":"http:\/\/ligiafascioni.com.br\/blog\/?p=6134"},"modified":"2022-11-14T10:34:58","modified_gmt":"2022-11-14T13:34:58","slug":"eco-pecados","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/eco-pecados\/","title":{"rendered":"Eco pecados"},"content":{"rendered":"

\n

\"\"<\/a>
Ilustra\u00e7\u00e3o: Banski<\/figcaption><\/figure>\n

O pecado \u00e9 inerente ao ser humano e, desde que o conceito existe, temos convivido com a culpa como se fosse uma sombra; dependendo do sol, ela some, mas sempre volta. O povo apronta bastante, mas, quando sente que pegou pesado, corre atr\u00e1s de salva\u00e7\u00e3o para sua alma atormentada na esperan\u00e7a de que algu\u00e9m passe a m\u00e3o na sua cabe\u00e7a e diga que est\u00e1 tudo bem; nem foi t\u00e3o mal assim, vai.<\/p>\n

Empreendedora como sempre foi, na Idade M\u00e9dia a Igreja sacou que a\u00ed havia uma grande oportunidade de neg\u00f3cio e come\u00e7ou a vender pequenos peda\u00e7os de papel com o perd\u00e3o escrito por sacerdotes autorizados. Em parte, o sucesso da prensa de Gutenberg se deu por essa “malinagem”, uma vez que quase ningu\u00e9m sabia ler na \u00e9poca, mas todo mundo tinha pecados guardados nas gavetas e nos arm\u00e1rios. O resultado \u00e9 que descobriu-se que imprimir indulg\u00eancias era o mesmo que imprimir dinheiro e o projeto foi um tremendo sucesso. Dizem alguns historiadores que essa foi a gota de tinta que faltava para que Lutero se revoltasse e consolidasse a Reforma Protestante. A coisa foi t\u00e3o escandalosa que, depois de muita indulg\u00eancia vendida, a Igreja achou por bem colocar fim nesse com\u00e9rcio de perd\u00f5es, pelo menos oficialmente (como n\u00e3o freq\u00fcento nenhuma igreja, n\u00e3o sei bem como funciona hoje, ent\u00e3o vamos deixar assim).<\/p>\n

De qualquer maneira, os tempos mudaram, mas os seres humanos e, principalmente, seus pecados, continuam bombando. A diferen\u00e7a \u00e9 que, como as pessoas est\u00e3o menos pudicas e as leis d\u00e3o conta dos crimes mais s\u00e9rios, o grande pecado de nossa \u00e9poca \u00e9 atentar contra a sustentabilidade do planeta. Simples como a tabuada de dois, todo mundo tem pelo menos algum grau de consci\u00eancia de que, do jeito que a coisa anda, a gente n\u00e3o vai muito longe. O planeta est\u00e1 se desintegrando a olhos vistos e tudo por culpa da absoluta falta de educa\u00e7\u00e3o de uma gera\u00e7\u00e3o mimada que cresceu (e se multiplicou) achando que os recursos eram infinitos e que algum funcion\u00e1rio sol\u00edcito iria aparecer do al\u00e9m para limpar a sujeira e deixar tudo em ordem de novo.<\/p>\n

Ent\u00e3o, crian\u00e7as, quando a gente sabe que est\u00e1 fazendo alguma coisa errada, mas n\u00e3o quer mudar porque acha bom assim mesmo, faz o qu\u00ea? Ressuscita da Idade M\u00e9dia a tal da indulg\u00eancia, agora na vers\u00e3o empresarial na forma de cr\u00e9ditos de carbono e na vers\u00e3o civil, na forma de camisetas engajadas, adesivos irados e biocombust\u00edvel.<\/p>\n

<\/p>\n

\u00c9 um tal de consumir latas e latas de refrigerante, garrafas e copinhos de PET na maior tranq\u00fcilidade se achando o mais ecol\u00f3gico dos camaradas, que n\u00e3o \u00e9 brincadeira. E a paz de esp\u00edrito tem sua raz\u00e3o no r\u00f3tulo m\u00e1gico que todos esses lixinhos carregam: s\u00e3o todos recicl\u00e1veis.<\/p>\n

A quest\u00e3o \u00e9: n\u00e3o \u00e9 por ser recicl\u00e1vel que uma coisa necessariamente VAI ser reciclada. Os lix\u00f5es a c\u00e9u aberto e os bueiros entupidos est\u00e3o todos a\u00ed para corroborar o argumento. Na \u00faltima grande enchente que houve em S\u00e3o Paulo, lembro-me de ter lido num blog que as pessoas estavam todas ref\u00e9ns da \u00e1gua e impedidas de se locomover; s\u00f3 quem tinha liberdade para ir onde quisesse eram as garrafinhas PET e as sacolinhas pl\u00e1sticas de supermercado, que desfilavam, orgulhosas, a sua reciclabilidade.<\/p>\n

Visto que isso era bom e fashion, mas n\u00e3o o suficiente para acalmar os esp\u00edritos mais atormentados e com os sinais cada vez mais \u00f3bvios de que n\u00e3o est\u00e1 funcionando, a moda agora \u00e9 neutralizar o carbono. Essa semana recebi um an\u00fancio de uma empresa que promete plantar uma \u00e1rvore a cada 1.033 km que eu rodar com minha moto. \u00c9, pessoas, as indulg\u00eancias est\u00e3o cada vez mais sofisticadas e sabe-se l\u00e1 que conta mirabolante foi feita para chegar a esse n\u00famero, mas parece s\u00e9rio, o que significa que posso poluir \u00e0 vontade e com a consci\u00eancia tranq\u00fcila que meu lugar no c\u00e9u est\u00e1 garantido.<\/p>\n

Vem c\u00e1, sou s\u00f3 eu ou isso est\u00e1 parecendo muito, mas muito infantil?<\/p>\n

N\u00e3o adianta sujar, poluir, destruir, consumir desenfreadamente e depois plantar meia d\u00fazia de mudinhas que n\u00e3o vou cuidar s\u00f3 para aplacar minha consci\u00eancia. O planeta n\u00e3o est\u00e1 nem a\u00ed para os adesivos que colo no meu carro, n\u00e3o sabe ler camisetas descoladas em l\u00ednguas e tipografias diversas e nem faz conta de 3 ou 4 canteirinhos malcuidados. A pobre bola est\u00e1 seriamente doente; s\u00f3 o que a gente faz \u00e9 bater nela, belisc\u00e1-la, cort\u00e1-la e envenen\u00e1-la o tempo todo; de vez em quando, bate a culpa e a gente ensaia um beijinho discreto como se isso fosse ajud\u00e1-la a sair da cama dan\u00e7ando moonwalk <\/em>na maior empolga\u00e7\u00e3o. Como \u00e9 que esse povo ainda n\u00e3o se deu conta de que simplesmente n\u00e3o vai rolar?<\/p>\n

Ou a gente vai para a UTI agora, antes que o quadro, j\u00e1 bem preocupante, piore; muda h\u00e1bitos, p\u00e1ra de cortar, beliscar, bater e envenenar, imediatamente, ou sen\u00e3o, meus amigos, s\u00f3 vai ter um jeito.<\/p>\n

Rezar.<\/p>\n

Ligia Fascioni | www.ligiafascioni.com.br<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O pecado \u00e9 inerente ao ser humano e, desde que o conceito existe, temos convivido com a culpa como se fosse uma sombra; dependendo do sol, ela some, mas sempre volta. O povo apronta bastante, mas, quando sente que pegou pesado, corre atr\u00e1s de salva\u00e7\u00e3o para sua alma atormentada na esperan\u00e7a de que algu\u00e9m passe […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":6135,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,24,26,44,48],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/6134"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=6134"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/6134\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":27435,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/6134\/revisions\/27435"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=6134"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=6134"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=6134"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}