Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794
{"id":657,"date":"2008-05-29T16:12:01","date_gmt":"2008-05-29T16:12:01","guid":{"rendered":"http:\/\/ligiafascioni.wordpress.com\/?p=657"},"modified":"2008-05-29T16:12:01","modified_gmt":"2008-05-29T16:12:01","slug":"nao-e-obvio","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/nao-e-obvio\/","title":{"rendered":"N\u00e3o \u00e9 \u00f3bvio?"},"content":{"rendered":"

\"\"<\/a><\/p>\n

Voc\u00ea acha que algumas coisas s\u00e3o \u00f3bvias e outras n\u00e3o? Pois eu acho que nada nesse mundo \u00e9 \u00f3bvio. Leia e veja se voc\u00ea concorda.<\/p>\n

Obviedades<\/h2>\n

\n

28-05-2008 Estou aqui pensando que n\u00e3o existe nada menos \u00f3bvio no mundo do que a palavra \u201c\u00f3bvio\u201d. Ela nasceu l\u00e1 na antig\u00fcidade, do voc\u00e1bulo latino via<\/em> (caminho). Obviam<\/em> significava ent\u00e3o algo que est\u00e1 \u201cno caminho<\/em>\u201d. Nos dicion\u00e1rios atuais, a gente pode atestar que \u00f3bvio \u00e9 aquilo que \u00e9 claro, manifesto; que salta \u00e0 vista.<\/p>\n

Mas acabo de me dar conta que essa palavra \u00e9 absurda. Na comunica\u00e7\u00e3o humana n\u00e3o existem coisas \u00f3bvias. A semi\u00f3tica nos ensina que cada pessoa interpreta um signo (aquilo que significa) de acordo com o seu repert\u00f3rio pessoal, seus filtros, suas viv\u00eancias e at\u00e9 seu estado de esp\u00edrito. Nada est\u00e1 mais fora do nosso controle do que a interpreta\u00e7\u00e3o daquilo que a gente escreve, diz, faz ou parece. Podemos nos comunicar de maneira clara, evidente, compreens\u00edvel, did\u00e1tica e at\u00e9 redundante; mas jamais conseguiremos ser \u00f3bvios. O que me faz lembrar uma frase que ouvi esses dias: eu sou respons\u00e1vel pelo que eu falo; voc\u00ea \u00e9 respons\u00e1vel pelo que voc\u00ea ouve. Essas duas coisas quase sempre s\u00e3o bem diferentes.<\/p>\n

Por que esse papo todo? \u00c9 que h\u00e1 algumas semanas, escrevi uma coluna no AcontecendoAqui<\/a> falando de uma defini\u00e7\u00e3o de design que gerou pol\u00eamica (adorei). Mas um coment\u00e1rio em particular me chamou aten\u00e7\u00e3o e me fez pensar bastante (na verdade, fiquei ruminando sobre o assunto at\u00e9 agora). \u00c9 que o Gabriel Inler, muito apropriadamente, lembrou que a tradu\u00e7\u00e3o literal da palavra design \u00e9 projeto. Iniciamos uma saud\u00e1vel discuss\u00e3o (que n\u00e3o gostaria de retomar agora) porque sempre achei essa defini\u00e7\u00e3o insatisfat\u00f3ria e gen\u00e9rica demais. Demorei bastante, mas finalmente consegui entender o que o Gabriel estava querendo dizer (d\u00e3\u00e3\u00e3\u00e3…). \u00c9 que design (projeto) \u00e9 uma coisa; design industrial \u00e9 outra (\u00f3bvio!). Eu estava falando de design industrial, o Gabriel estava falando de design.<\/p>\n

A mim sempre pareceu evidente que se algu\u00e9m quer se referir a um projeto, n\u00e3o precisa usar a palavra design. Existe um termo em portugu\u00eas muito apropriado e que traduz perfeitamente a id\u00e9ia: \u00e9 \u201cprojeto\u201d. Entenda-se por projeto qualquer empreendimento tempor\u00e1rio (in\u00edcio, meio e fim) com objetivo definido (essa eu peguei da disciplina de gerenciamento de projetos). Sempre achei que estava subentendido que quando eu escrevo design, quero dizer design industrial, afinal \u00e9 disso que essa coluna quase sempre trata. \u00d3bvio. Ou n\u00e3o? Ainda bem que o Gabriel me fez ver que n\u00e3o.<\/p>\n

Ent\u00e3o, conv\u00e9m deixar claro, daqui para frente, que toda vez que eu usar a palavra design nesse espa\u00e7o, estarei me referindo ao design industrial, que tem esse nome porque nasceu durante a revolu\u00e7\u00e3o industrial, onde se precisava bolar um jeito de projetar coisas que pudessem ser fabricadas em s\u00e9rie. Design, nesse contexto, n\u00e3o tem equivalente em portugu\u00eas (ok, eu sei que j\u00e1 propuseram des\u00edgnio, mas n\u00e3o \u00e9 consenso) e \u00e9 por isso que a gente usa no original mesmo. Se tivesse uma tradu\u00e7\u00e3o, eu usaria a palavra em portugu\u00eas e acabariam os mal-entendidos.<\/p>\n

O que me serve de consolo \u00e9 que boa parte da literatura especializada tamb\u00e9m prefere usar a express\u00e3o mais curta, o que certamente amplia o significado nos pa\u00edses de l\u00edngua inglesa. Pelos motivos que expliquei antes, n\u00e3o via motivo para essa confus\u00e3o em um pa\u00eds onde se fala portugu\u00eas e oferece \u00e0 sua inteira disposi\u00e7\u00e3o a bel\u00edssima palavra projeto.<\/p>\n

Pois ent\u00e3o. S\u00f3 para n\u00e3o deixar nada subentendido (de novo), segue uma classifica\u00e7\u00e3o geral simplificada das \u00e1reas de atua\u00e7\u00e3o do design industrial no Brasil, segundo Jo\u00e3o Gomes Filho*:<\/p>\n

Design de produto:<\/strong> desenvolve projetos de produtos tridimensionais como ve\u00edculos, m\u00f3veis, utens\u00edlios dom\u00e9sticos, eletrodom\u00e9sticos, eletroeletr\u00f4nicos, cal\u00e7ados, j\u00f3ias, embalagens, roupas, instrumentos, acess\u00f3rios, cortinas, tapetes, etc<\/p>\n

Design gr\u00e1fico:<\/strong> desenvolve projetos de produtos bidimensionais como sistemas de identidade visual, livros, folhetos, cartazes, sinais, ilustra\u00e7\u00f5es, p\u00e1ginas web, CD-ROMs, e-books, vinhetas, totens, banners, estampas, papelaria, organiza\u00e7\u00e3o da informa\u00e7\u00e3o, embalagens e aplica\u00e7\u00f5es gr\u00e1ficas em geral.<\/p>\n

Design de ambientes: <\/strong>desenvolve projetos de configura\u00e7\u00e3o ambiental como organiza\u00e7\u00e3o, decora\u00e7\u00e3o, especifica\u00e7\u00e3o de mobili\u00e1rio e equipamentos, composi\u00e7\u00e3o e layout espacial.<\/p>\n

Gomes ainda cita o design de moda, mas ele \u00e9 t\u00e3o pr\u00f3ximo ao design de produto (desenvolve produtos tridimensionais como roupas, cal\u00e7ados, j\u00f3ias e acess\u00f3rios) que n\u00e3o consigo encontrar uma justificativa para separ\u00e1-lo, pelo menos nesse contexto. H\u00e1 tamb\u00e9m o design de interfaces, que trata da integra\u00e7\u00e3o entre duas ou mais especialidades do design na configura\u00e7\u00e3o de um produto, como, por exemplo, uma embalagem.<\/p>\n

\u00c9 isso ent\u00e3o, pessoas. Quando eu quiser dizer projeto, escreverei simplesmente projeto. Quando estiver tratando de design industrial, usarei design. Combinado?<\/p>\n

_____________<\/p>\n

*GOMES FILHO, Jo\u00e3o. Design do objeto \u2212 bases conceituais<\/strong>. S\u00e3o Paulo: Escrituras Editora, 2006.<\/p>\n

L\u00edgia Fascioni | www.ligiafascioni.com.br<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Voc\u00ea acha que algumas coisas s\u00e3o \u00f3bvias e outras n\u00e3o? Pois eu acho que nada nesse mundo \u00e9 \u00f3bvio. Leia e veja se voc\u00ea concorda.<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":9606,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,26],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/657"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=657"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/657\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=657"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=657"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=657"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}