![\"\"](\"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-content\/uploads\/2010\/11\/29_06_2008_0212214001214749615_ib_nyoman_widyantara1-300x161.jpg\" "\\"29_06_2008_0212214001214749615_ib_nyoman_widyantara1\\"")
<\/a>Esse texto \u00e9 antigo, mas como estou com nada menos de 7 question\u00e1rios\/entrevistas para responder (por enquanto), achei que valia ressucit\u00e1-lo. Alguns j\u00e1 est\u00e3o fazendo tudo certinho, mas outros…<\/p>\n
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Eis que o final de ano se aproxima e a minha caixa fica lotada de pedidos de colabora\u00e7\u00e3o para responder pesquisas variadas. Em geral, s\u00e3o pessoas que est\u00e3o fazendo algum trabalho de conclus\u00e3o de curso, disserta\u00e7\u00e3o ou tese. Em alguns casos, est\u00e3o querendo subs\u00eddios para desenvolver um novo produto. Como sei o desespero que \u00e9 conseguir volunt\u00e1rios de boa vontade para colaborar nessas horas dif\u00edceis porque j\u00e1 precisei tamb\u00e9m, sempre reservo um tempinho para isso.<\/p>\n
Mas nunca deixo de me surpreender com a falta de gentileza e bom senso desses pesquisadores de ocasi\u00e3o. Eles querem que a gente ajude, mas n\u00e3o facilitam a nossa vida em nada. Quem tem interesse que o question\u00e1rio seja respondido que se mexa e descubra um jeito de tornar a tarefa menos ingrata e trabalhosa para os solid\u00e1rios colegas.<\/p>\n
Para mim, o c\u00famulo da falta de educa\u00e7\u00e3o e sensibilidade \u00e9 a criatura simplesmente anexar um arquivo em formato Word ou Excel e obrigar o pobre volunt\u00e1rio a desanex\u00e1-lo, edit\u00e1-lo aos trancos e barrancos (os espa\u00e7amentos geralmente se perdem e aparecem erros de formata\u00e7\u00e3o) e depois anex\u00e1-lo novamente para enviar de volta. Trof\u00e9u \u201csem no\u00e7\u00e3o\u201d \u00e9 pouco. Responder a question\u00e1rios \u00e9 muito chato, mas se dar a esse trabalh\u00e3o todo \u00e9 muito pior.<\/p>\n
Vou dar uma dica sobre como fiz para obter as 476 entrevistas virtuais que fundamentaram a minha tese de doutorado sem ter que cortar rela\u00e7\u00f5es definitivamente com parentes, amigos e conhecidos. Pode ser \u00fatil para quem est\u00e1 a ponto de se tornar um p\u00e1ria da sociedade por sua chatice sem fim em convencer toda a sua rede de contatos a responder a pesquisa.<\/p>\n
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Primeiro, publique o seu question\u00e1rio em uma p\u00e1gina na Internet<\/strong>. N\u00e3o sabe? N\u00e3o se preocupe, a internet est\u00e1 cheia de ferramentas para ajud\u00e1-lo a fazer isso, \u00e9 s\u00f3 perguntar para o tio Google. Isso \u00e9 fundamental, pois voc\u00ea n\u00e3o precisa mais anexar nada, \u00e9 s\u00f3 enviar um link para a alma caridosa clicar. A outra vantagem desse meio \u00e9 que, usando as armas certas, voc\u00ea consegue que as respostas sejam enviadas automaticamente para um endere\u00e7o de e-mail criado especialmente para esse fim, o que n\u00e3o mistura os resultados com a sua correspond\u00eancia normal.<\/p>\n Lembre-se de que o question\u00e1rio n\u00e3o precisa (nem deve) ter frescuras e conv\u00e9m que seja limpo e f\u00e1cil de preencher<\/span> <\/strong>(princ\u00edpio b\u00e1sico do design, lembra?). Ah, e n\u00e3o se esque\u00e7a de criar uma p\u00e1gina de agradecimento, que tem duas fun\u00e7\u00f5es: agradecer realmente a disposi\u00e7\u00e3o e permitir que a pessoa se certifique que suas respostas foram enviadas com sucesso.<\/p>\n Outra coisa que bolei e deu muito certo, apesar de bem simples, foi o seguinte: como, no meu caso, as entrevistas eram separadas por empresas, criei um c\u00f3digo para cada pessoa para quem eu mandava a mensagem. Era assim: eu falava com o respons\u00e1vel por cada empresa (eram 19) e pedia, por exemplo, o endere\u00e7o de 3 clientes, 3 colaboradores e 3 fornecedores. As mensagens eram personalizadas (essa regra \u00e9 de ouro!) e explicavam que o endere\u00e7o havia sido fornecido por fulano (da empresa tal) e que o sigilo das respostas era garantido pelo tal c\u00f3digo. Assim, a pessoa entrava na p\u00e1gina, digitava o c\u00f3digo e respondia rapidamente as quest\u00f5es. Olha s\u00f3 um exemplo: xc2<\/strong> (onde x<\/strong> \u00e9 a empresa, c<\/strong> \u00e9 de cliente e 2<\/strong> \u00e9 o n\u00famero do cliente). Para que servia isso? Ora, se eu precisava de 10 entrevistas de clientes de uma empresa, sabia que j\u00e1 tinha recebido 9 e que tinha que arranjar outro endere\u00e7o, j\u00e1 que um dos nomes fornecidos n\u00e3o se disp\u00f4s a responder (e eu sabia exatamente que era o de n\u00famero 5, pois havia uma tabela com os nomes e respectivos c\u00f3digos). Ficava f\u00e1cil de conferir quem tinha respondido o qu\u00ea, por\u00e9m, garantindo a privacidade nas respostas. Assim, voc\u00ea n\u00e3o corre o risco de ficar infernizando a vida de quem j\u00e1 colaborou. D\u00e1 um trabalho dos diabos, mas para voc\u00ea, n\u00e3o para seus amigos do bem<\/strong>.<\/p>\n Ah, e outra coisa que muita gente se esquece, mas \u00e9 o b\u00e1sico da boa educa\u00e7\u00e3o: oferecer aos volunt\u00e1rios uma c\u00f3pia do trabalho conclu\u00eddo, afinal, sem eles, nada teria sido feito.<\/p>\n Pois \u00e9. Parece t\u00e3o \u00f3bvio. Por que ent\u00e3o continuo a receber avalanches de arquivos anexados que depois nunca mais d\u00e3o not\u00edcias, se o bom senso (assim como o bom gosto) \u00e9 uma das poucas coisas que todo mundo acredita j\u00e1 ter o suficiente desde que nasceu?<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Esse texto \u00e9 antigo, mas como estou com nada menos de 7 question\u00e1rios\/entrevistas para responder (por enquanto), achei que valia ressucit\u00e1-lo. 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