![\"quando](\"http:\/\/ligiafascioni.files.wordpress.com\/2008\/06\/tapa.jpg\")
<\/a><\/p>\nTem dias que essa coluna at\u00e9 que est\u00e1 legal. Mas algumas vezes, confesso que n\u00e3o me orgulho nem um pouco de v\u00ea-la publicada. At\u00e9 erros de portugu\u00eas encontro. <\/span><\/p>\n Pois \u00e9, a gente n\u00e3o acerta todo dia (na verdade, o \u00edndice de erros \u00e9 bem alto), mas ningu\u00e9m precisa se matar ou desistir por causa disso. Melhor assumir, ouvir as cr\u00edticas com aten\u00e7\u00e3o e partir para erros novos.<\/span><\/p>\n Acontece comigo, com voc\u00ea e com designers gr\u00e1ficos tamb\u00e9m. Pena que as pessoas relutem tanto em admitir.<\/span><\/p>\n <\/span><\/p>\n M\u00e9todo projetual<\/span> em design \u00e9 uma coisa que designers s\u00e9rios levam a s\u00e9rio mesmo. Os autores consagrados apresentam varia\u00e7\u00f5es, mas de tudo o que li, sempre aparecem, de um jeito ou de outro, os seguintes passos:<\/span><\/p>\n <\/span><\/p>\n 1.<\/span> <\/span>Obter o m\u00e1ximo de informa\u00e7\u00f5es sobre o projeto<\/span><\/strong>.<\/strong> Isso pode acontecer de v\u00e1rias maneiras. Deve-se definir bem e conhecer o p\u00fablico de interesse, estudar os concorrentes diretos e indiretos, relacionar as necessidades e restri\u00e7\u00f5es que o projeto deve atender, prospectar tend\u00eancias, verificar a disponibilidade de t\u00e9cnicas e materiais, redigir um briefing<\/em><\/span> bem completinho e tudo o mais que puder ajudar. Eu incluo ainda, nos projetos dos quais participo, um diagn\u00f3stico da identidade corporativa.<\/span><\/p>\n <\/span><\/p>\n 2. Organizar ou representar visualmente as informa\u00e7\u00f5es associadas<\/span><\/strong>.<\/strong> Isso pode ser feito por meio de um painel sem\u00e2ntico, onde imagens e palavras podem conduzir o fluxo de id\u00e9ias, mas h\u00e1 outras formas. H\u00e1 quem use mapas mentais, visite bancos de imagens e at\u00e9 quem prefira rabiscar em Moleskines<\/em><\/span>.<\/span><\/p>\n <\/span><\/p>\n 3. Gerar alternativas.<\/span><\/strong> Quem ignora o m\u00e9todo geralmente come\u00e7a desse ponto, perdendo pelo caminho um monte de informa\u00e7\u00f5es essenciais quando se senta na frente do computador. A gera\u00e7\u00e3o de alternativas pode ser feita a l\u00e1pis mesmo, num primeiro momento. <\/span><\/p>\n <\/span><\/p>\n 4. Selecionar alternativas e refin\u00e1-las.<\/span><\/strong> Designers profissionais costumam escolher 3 op\u00e7\u00f5es (no m\u00e1ximo) para apresentar ao cliente. Isso acontece por dois motivos: se ele apresenta 10 id\u00e9ias, \u00e9 porque n\u00e3o fez uma pr\u00e9-sele\u00e7\u00e3o e o trabalho ainda n\u00e3o est\u00e1 maduro. Al\u00e9m do mais, o cliente pode ficar confuso e querer construir um Frankestein<\/em><\/span> com um peda\u00e7o de cada. Por isso \u00e9 que se precisa estudar bem todas elas, verificar os pr\u00f3s e os contras de cada uma, analisar a pregn\u00e2ncia<\/span> da forma, as poss\u00edveis interpreta\u00e7\u00f5es semi\u00f3ticas, se as cores s\u00e3o as mais <\/span>apropriadas, as aplica\u00e7\u00f5es em positivo e negativo, a adequa\u00e7\u00e3o da tipografia, os alinhamentos, a Gestalt<\/em><\/span>. Se \u00e9 um cartaz, \u00e9 importante se certificar que ele cumpre os objetivos. Se \u00e9 uma marca, garantir que ela n\u00e3o contradiz a ess\u00eancia da empresa. Se \u00e9 um documento, assegurar-se de que a informa\u00e7\u00e3o \u00e9 comunicada com clareza e facilidade.<\/span><\/p>\n <\/span><\/p>\n 5. Apresentar o resultado ao cliente e estar aberto a ouvir feedbacks<\/em><\/strong>.<\/span> Essa \u00e9 a parte mais dif\u00edcil, sem d\u00favida. Principalmente porque nesse ponto o designer j\u00e1 est\u00e1 considerando o seu trabalho como um filho e disposto a defend\u00ea-lo com unhas e dentes de qualquer amea\u00e7a de cr\u00edtica. Sempre advogo que um profissional precisa ter argumentos t\u00e9cnicos para apresentar em caso de d\u00favidas ou descontentamentos, at\u00e9 para evitar que o cliente mutile o projeto ou modifique-o a ponto de torn\u00e1-lo irreconhec\u00edvel. Ok, mas \u00e0s vezes acontece do trabalho n\u00e3o ter ficado bom mesmo. <\/span><\/p>\n <\/span><\/p>\n O fato do sujeito ter seguido todos os passos, ter feito tudo direitinho e se dedicado, ainda n\u00e3o garante um resultado digno de nota. Pode ter faltado talento. Pode ter faltado tempo ou planejamento. Sei l\u00e1, pode ter faltado at\u00e9 inspira\u00e7\u00e3o para encontrar uma solu\u00e7\u00e3o eficaz e contundente. Nada disso significa que ele \u00e9 um incompetente, mas <\/span>certamente significa que ele precisa fazer de novo<\/span>.<\/span><\/p>\n <\/span><\/p>\n O duro \u00e9 quando o designer n\u00e3o quer admitir isso de jeito nenhum: ficam ele e o cliente tristes, frustrados, infelizes, agredindo-se com meias palavras e guardando m\u00e1goas m\u00fatuas. Ruim para todo mundo.<\/span><\/p>\n <\/span><\/p>\n Vejo alunos dedicados fazerem tudo certo e apresentarem trabalhos med\u00edocres, ruins mesmo. Como faz\u00ea-los entender? Na maioria das vezes, falta cultura visual, eles n\u00e3o fazem a menor id\u00e9ia do que estou falando e acreditam piamente que o resultado ficou \u00f3timo.<\/span><\/p>\n <\/span><\/p>\n N\u00e3o gosto da palavra humildade porque associo-a sempre \u00e0 submiss\u00e3o, coisa que acho p\u00e9ssima. Ent\u00e3o, nessa hora, aconselharia mesmo \u00e9 ter bom senso e manter ouvidos e olhos bem abertos. <\/span><\/p>\n <\/span><\/p>\n A gente pode aprender muito nessas experi\u00eancias traum\u00e1ticas quando consegue reconhecer que n\u00e3o foi brilhante. <\/span>Conv\u00e9m n\u00e3o desperdi\u00e7ar a chance<\/span>. <\/span><\/span><\/p>\n