A \u00daLTIMA DOS MARKETEIROS<\/strong><\/p>\nAntes, leitor, deixe-me esclarecer que eu tenho a palavra “marketeiro” na mais baixa conta. Trata-se de um termo pejorativo. Identifica aquela pessoa de pouca ou nenhuma qualifica\u00e7\u00e3o que realiza auto-promo\u00e7\u00e3o ou promo\u00e7\u00e3o de alguma organiza\u00e7\u00e3o de maneira indevida (geralmente tangenciando ou mergulhando mesmo na pura desonestidade).
\nS\u00e3o indiv\u00edduos que dominam meia d\u00fazia de t\u00e9cnicas de publicidade e completam o trabalho com truques, atalhos e espertezas (no pior sentido da palavra esperteza, evidentemente)<\/p>\n
Por isso a palavra marketeiro \u00e9 utilizada por pessoas que conhecem seu significado e a utilizam para desqualificar os picaretas… e por pessoas que desconhecem o verdadeiro sentido do marketing e, inocentemente, utilizam o termo marketeiro como se ele tivesse um significado correspondente a profissional de marketing.<\/p>\n
Fique atento, leitor. Chamar algu\u00e9m que trabalha com marketing de marketeiro \u00e9 uma ofensa. Portanto, recomendo sempre n\u00e3o use esse termo quando se referir \u00e0quelas pessoas que desenvolvem um trabalho s\u00e9rio no marketing.<\/p>\n
Mas os marketeiros existem, sim. S\u00e3o aqueles sujeitos que fazem “o trabalho sujo” para empres\u00e1rios inescrupulosos. Aqueles que avan\u00e7am o sinal. Que transgridem “um pouquinho”. Que acreditam que “os fins justificam os meios”. Que levam ao p\u00e9 da letra essa coisa de que o marketing \u00e9 uma guerra e que, portanto, “guerra \u00e9 guerra!”
\nTenho pavor de marketeiros. Mas eles existem.<\/p>\n
E deve ser id\u00e9ia de um deles essa coisa de aumentar o volume do som durante os intervalos comerciais da tv. Voc\u00ea, leitor, certamente j\u00e1 deve ter percebido que hoje em dia n\u00e3o \u00e9 mais poss\u00edvel ver televis\u00e3o sem o controle remoto na m\u00e3o. E n\u00e3o s\u00f3 para mudar de canal. Mas, principalmente, para diminuir o volume do som durante os intervalos (e aumentar novamente quando o programa recome\u00e7a)<\/p>\n
N\u00e3o \u00e9 preciso ser g\u00eanio para entender como \u00e9 que essa pr\u00e1tica se estabeleceu. Algu\u00e9m descobriu que durante os intervalos dos programas, seja em casa, seja nos bares ou em qualquer outro lugar onde haja uma TV ligada, algumas pessoas aproveitam para conversar, fazer coment\u00e1rios, buscar uma cerveja… essas coisas.<\/p>\n
Como manter a aten\u00e7\u00e3o do telespectador durante os intervalos? Diminuindo o n\u00famero de comerciais? aumentando a qualidade das pe\u00e7as publicit\u00e1rias? Que nada, disse um marketeiro de plant\u00e3o. \u00c9 simples: basta aumentar o volume do som durante os intervalos. As pessoas v\u00e3o continuar ouvindo a TV, mesmo que n\u00e3o queiram ou n\u00e3o estejam interessadas.<\/p>\n
N\u00e3o importa se isso \u00e9 invasivo ou mal educado. N\u00e3o importa se isso desrespeita os direitos do cidad\u00e3o. N\u00e3o importa se isso causa um trabalho extra para quem tem ouvidos sens\u00edveis e gosta do som no volume certo. O que importa \u00e9 que funciona. Os n\u00fameros das pesquisas devem ter indicado isso.<\/p>\n
\u00c9 uma pena que as autoridades brasileiras n\u00e3o prestem aten\u00e7\u00e3o nisso.
\nE \u00e9 uma pena tamb\u00e9m que os diretores dessas emissoras de TV n\u00e3o percebam os princ\u00edpios que est\u00e3o sendo transgredidos com esta pr\u00e1tica horrorosa.
\nHonestidade, \u00c9tica e Respeito s\u00e3o vencidos pela esperteza, pela \u00e9tica dos resultados e pelo desrespeito ao consumidor.<\/p>\n
ENIO PADILHA
\nwww.eniopadilha.com.br<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"O \u00canio Padilha \u00e9 engenheiro que vive de ensinar aos engenheiros como se faz marketing (e com muita compet\u00eancia, diga-se de passagem). Ele tem uma Newsletter gratuita que voc\u00ea pode assinar entrando no site www.eniopadilha.com.br. Chama-se “Tr\u00eas Minutos de Marketing” e \u00e9 sempre uma grata surpresa. D\u00e1 uma olhada no artigo dessa semana!<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[23,24,28],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/7370"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=7370"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/7370\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=7370"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=7370"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=7370"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}