Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794
{"id":7436,"date":"2007-07-17T15:25:43","date_gmt":"2007-07-17T15:25:43","guid":{"rendered":"http:\/\/ligiafascioni.wordpress.com\/2007\/07\/17\/falando-em-semiotica\/"},"modified":"2007-07-17T15:25:43","modified_gmt":"2007-07-17T15:25:43","slug":"falando-em-semiotica","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/falando-em-semiotica\/","title":{"rendered":"Semi o qu\u00ea?"},"content":{"rendered":"

\"eye.jpg\"<\/p>\n

\n

Um dos aspectos mais importantes do trabalho do designer \u00e9 o seu conhecimento em semi\u00f3tica. Ok, mas quantos deles sabem bem o que essa palavrinha capciosa significa?<\/p>\n

Uma das mais conceituadas pesquisadoras na \u00e1rea, L\u00facia Santaella, autora de dezenas de livros sobre o assunto, j\u00e1 se deparou com quest\u00f5es curiosas; j\u00e1 lhe perguntaram se seria o estudo dos s\u00edmios ou uma especialidade da oftalmologia.<\/p>\n

Bom, j\u00e1 vou adiantando que o assunto \u00e9 bem complicado. Para se ter uma id\u00e9ia, tem a ver com fenomenologia, a \u00e1rea da filosofia que estuda o modo como n\u00f3s compreendemos tudo o que \u00e9 apresentado \u00e0 nossa mente, desde uma imagem, um som, at\u00e9 conceitos mais abstratos e emo\u00e7\u00f5es complexas. Fen\u00f4meno, que vem do latim phaneron<\/em>, \u00e9 tudo aquilo que nossa mente consegue perceber. Nada a ver com o prosaico Ronaldinho. Sentiu o drama?<\/p>\n

Pois \u00e9, e onde \u00e9 que a semi\u00f3tica entra nessa hist\u00f3ria? Bem, a palavra deriva do grego semeion<\/em>, que significa signo, e \u00e9 a ci\u00eancia que estuda os signos (n\u00e3o, n\u00e3o tem nada a ver com hor\u00f3scopo!). Signo, para a filosofia, \u00e9 tudo aquilo que significa alguma coisa. Assim, aquele cheirinho de caf\u00e9 feito na hora \u00e9 um signo tanto quanto a marca gr\u00e1fica de uma empresa.<\/p>\n

O signo, essa coisinha cheia de armadilhas perigosas, pode ser analisado de 3 pontos de vista (segundo Charles Pierce, uma das principais refer\u00eancias; mas h\u00e1 quem discorde, como, de resto, tudo na filosofia):<\/p>\n

1) O signo<\/strong> em si mesmo, ou seja, a sua capacidade de significar. Por exemplo, o quanto o desenho de uma flor \u00e9 reconhec\u00edvel como a representa\u00e7\u00e3o de uma flor.<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

2) A refer\u00eancia<\/strong> \u00e0quilo que ele indica ou representa. Por exemplo, a rela\u00e7\u00e3o entre o desenho e a flor. A flor \u00e9 a id\u00e9ia; o desenho \u00e9 uma forma de comunic\u00e1-la.<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

3) Os efeitos<\/strong> que o signo produz em quem est\u00e1 sendo impactado por ele. Por exemplo, a sensa\u00e7\u00e3o que a pessoa tem quando v\u00ea o desenho da flor.<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

Parece que o n\u00famero 3 \u00e9 m\u00e1gico na semi\u00f3tica, pois tudo se desdobra em tr\u00eas partes e vai ficando cada vez mais complicado: tr\u00eas elementos formais que regem os fen\u00f4menos, tr\u00eas teorias Peircianas do signo, tr\u00eas tipos de rela\u00e7\u00e3o que o signo pode ter com objeto que ele representa, tr\u00eas tipos de propriedades dos signos, sem falar na l\u00f3gica tri\u00e1drica do signo. Ent\u00e3o, para n\u00e3o me alongar muito, s\u00f3 vou descrever os tr\u00eas tipos de signos:<\/p>\n

a) \u00cdcones<\/strong>: s\u00e3o signos que mant\u00e9m uma rela\u00e7\u00e3o de analogia com o objeto representado. Ex: desenhos figurativos, fotos, filmes, imita\u00e7\u00f5es, caricaturas, etc<\/p>\n

b)\u00cdndices<\/strong>: s\u00e3o signos que mant\u00e9m rela\u00e7\u00f5es causais com os objetos ou id\u00e9ias que eles representam. Ex: fuma\u00e7a para indicar fogo, talheres para indicar restaurante, sorrisos para indicar alegria, l\u00e1grimas para indicar tristeza, etc<\/p>\n

c) S\u00edmbolos<\/strong>: s\u00e3o signos cujos significados s\u00e3o derivados de conven\u00e7\u00f5es. Ex: foi convencionado que um tri\u00e2ngulo na pista significa carro com problemas; que uma pomba representa a paz; que a bandeira representa um pa\u00eds, que s\u00edmbolos gr\u00e1ficos representam sons em uma palavra. Esses signos s\u00f3 s\u00e3o entendidos por quem conhece as conven\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

Est\u00e1 vendo como tem gente chutando por a\u00ed e usando s\u00edmbolo, \u00edcone e signo como sin\u00f4nimos? A semi\u00f3tica \u00e9 extensa e complexa, e fico preocupada com a forma displicente com que os jovens estudantes de design a tratam. Com que crit\u00e9rio se vai escolher entre um \u00edcone, um \u00edndice ou um s\u00edmbolo para representar uma id\u00e9ia? O impacto da escolha do tipo de signo tem implica\u00e7\u00f5es diretas na forma como ele ser\u00e1 interpretado e as rela\u00e7\u00f5es que ter\u00e1 com seus receptores.<\/p>\n

A teoria da comunica\u00e7\u00e3o nos diz que as pessoas interpretam os signos de acordo com o repert\u00f3rio delas. O repert\u00f3rio \u00e9 o conjunto de informa\u00e7\u00f5es que essas pessoas j\u00e1 conhecem e inclui a hist\u00f3ria, a cultura, as cren\u00e7as e as viv\u00eancias de cada um. Se o designer escolhe signos que est\u00e3o fora do repert\u00f3rio do seu p\u00fablico, \u00e9 prov\u00e1vel que essas pessoas n\u00e3o o compreendam ou se sintam desconfort\u00e1veis com ele. Se o designer usa apenas signos comuns ao repert\u00f3rio de todos, cai na mesmisse e no lugar-comum. Uma verdadeira sinuca; \u00e9 a\u00ed que os brilhantes aparecem e se destacam.<\/p>\n

A semi\u00f3tica \u00e9 uma \u00e1rea de estudo essencial para ajudar o designer a usar as ferramentas mais adequadas a cada situa\u00e7\u00e3o. \u00c9 o que faz o seu trabalho ser mais conseq\u00fcente, planejado, eficaz.<\/p>\n

Olha, n\u00e3o sei para voc\u00eas, mas para mim, um designer que n\u00e3o entende de semi\u00f3tica n\u00e3o passa de um semidesigner.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Um dos aspectos mais importantes do trabalho do designer \u00e9 o seu conhecimento em semi\u00f3tica. Ok, mas quantos deles sabem bem o que essa palavrinha capciosa significa?<\/p>\n

Uma das mais conceituadas pesquisadoras na \u00e1rea, L\u00facia Santaella, autora de dezenas de livros sobre o assunto, j\u00e1 se deparou com quest\u00f5es curiosas; j\u00e1 lhe perguntaram se seria o estudo dos s\u00edmios ou uma especialidade da oftalmologia.<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":10030,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,23,50,24,25,26,35,49],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/7436"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=7436"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/7436\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=7436"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=7436"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=7436"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}