Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/fascioni/public_html/index.php:4) in /home/fascioni/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794
{"id":927,"date":"2008-09-03T21:41:31","date_gmt":"2008-09-03T21:41:31","guid":{"rendered":"http:\/\/ligiafascioni.wordpress.com\/?p=927"},"modified":"2008-09-03T21:41:31","modified_gmt":"2008-09-03T21:41:31","slug":"a-beleza-nos-neuronios","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/a-beleza-nos-neuronios\/","title":{"rendered":"A beleza nos neur\u00f4nios"},"content":{"rendered":"

\"\"<\/a><\/p>\n

A est\u00e9tica \u00e9 um assunto que me fascina. Por que algumas coisas nos encantam e outras n\u00e3o? O que \u00e9 a beleza? A revista Mente & C\u00e9rebro<\/em> desse m\u00eas nos d\u00e1 algumas pistas com o artigo \u201cA neurologia da est\u00e9tica<\/strong>\u201d, escrito pelos neurocientistas<\/span> americanos Vilayanur<\/span> e Diane Ramachandran<\/span>.<\/span><\/p>\n

Esses estudiosos defendem que existem leis universais da est\u00e9tica que podem transcender n\u00e3o apenas culturas, mas tamb\u00e9m esp\u00e9cies. Parece absurdo \u00e0 primeira vista, mas pense bem: a gente acha borboletas lindas, mas elas n\u00e3o se enfeitam assim para a gente; os bichos t\u00eam aqueles desenhos sensacionais nas asas para atrair outras da pr\u00f3pria esp\u00e9cie. Levante a m\u00e3o a\u00ed quem conhece alguma cultura que n\u00e3o admire a beleza das borboletas. D\u00e1 para pensar nas flores, nos pav\u00f5es, no Brad Pitt, na Angelina Jolie e em tudo aquilo que a esmagadora maioria das pessoas considera unanimidades visuais. O que ser\u00e1 que essas coisas, bichos e pessoas t\u00eam em comum?<\/span><\/p>\n

<\/span><\/p>\n

Eles procuraram caracter\u00edsticas comuns e acharam essas. As duas primeiras s\u00e3o velhas conhecidas da Gestalt<\/span>, mas as outras tamb\u00e9m fazem sentido, olha s\u00f3.<\/span><\/p>\n

<\/span><\/strong><\/p>\n

Agrupamento:<\/span><\/strong> Acontece quando a gente v\u00ea uma imagem fragmentada, como um cachorro d\u00e1lmata em frente \u00e0 uma parede branca de bolinhas pretas. O nosso c\u00e9rebro tem que se esfor\u00e7ar para reunir os peda\u00e7os e montar uma figura de cachorro, pois tudo parece misturado. Quando as pe\u00e7as se ajeitam e a gente consegue ver a figura, d\u00e1 uma sensa\u00e7\u00e3o gratificante. Aparentemente essa tarefa envia mensagens de prazer ao nosso sistema l\u00edmbico e ele interpreta isso como algo em que vale a pena prestar aten\u00e7\u00e3o. Os Ramachandran<\/span> acreditam que essa capacidade foi desenvolvida durante a nossa evolu\u00e7\u00e3o para contornar a esperteza da camuflagem. Nosso sistema desconfia que as partes todas n\u00e3o s\u00e3o parecidas por coincid\u00eancia e tenta prestar aten\u00e7\u00e3o na figura para mont\u00e1-la. Isso faz com que coisas assim pare\u00e7am interessantes para n\u00f3s, contribuindo para a harmonia est\u00e9tica.<\/span><\/p>\n

<\/span><\/p>\n

Simetria:<\/span><\/strong> Aqui os pesquisadores tamb\u00e9m apontam a influ\u00eancia da evolu\u00e7\u00e3o na nossa capacidade de sentir uma atra\u00e7\u00e3o irresist\u00edvel por coisas sim\u00e9tricas. \u00c9 que se a gente observar, as coisas mais interessantes na natureza (presas, predadores, parceiros) s\u00e3o sim\u00e9tricos, fato que mais do que justifica a nossa aten\u00e7\u00e3o para essa caracter\u00edstica. A natureza associa assimetria com genes defeituosos ou parasitas. Predadores saud\u00e1veis s\u00e3o mais sim\u00e9tricos, portanto, mais perigosos, e parceiros sim\u00e9tricos tamb\u00e9m t\u00eam sa\u00fade melhor para reproduzir nossos genes. Mesmo depois de tanto tempo, a gente continua achando as coisas sim\u00e9tricas mais dignas da nossa aten\u00e7\u00e3o do que aquelas meio tortas.<\/span><\/p>\n

<\/span><\/p>\n

Est\u00edmulos hipernormais<\/span>:<\/span><\/strong> Essa \u00e9 a mais misteriosa das capacidades, pois tenta explicar como nossos neur\u00f4nios visuais codificam uma informa\u00e7\u00e3o sensorial. Aparentemente, o nosso sistema l\u00edmbico provoca um choque de satisfa\u00e7\u00e3o quando somos submetidos a alguns padr\u00f5es estranhos. \u00c9 alguma coisa na gram\u00e1tica perceptual primitiva do c\u00e9rebro que ainda n\u00e3o se conhece bem, mas justifica porque as pessoas podem se apaixonar perdidamente por algumas formas esquisitas e at\u00e9 pagar fortunas para t\u00ea-las. Algu\u00e9m pode dizer que algumas obras de arte s\u00e3o valorizadas por causa do mercado; mas e quem as comprou antes de fazerem sucesso, s\u00f3 porque gostou delas? <\/span><\/p>\n

<\/span><\/p>\n

Mudan\u00e7a de pico:<\/span><\/strong> Essa \u00e9 a <\/span>capacidade que faz as pessoas apreciarem uma caricatura ou uma foto que ressaltem um rosto diferente da m\u00e9dia, com alguns tra\u00e7os mais acentuados que o normal mas que mesmo assim se encaixam com harmonia (vide os narizes da Gisele B\u00fcndchen e do Tom Cruise, a boca da Angelina Jolie, os olhos gigantes da Anne Hathaway<\/span>). Pesquisadores de Harvard descobriram que macacos reagem com muito mais anima\u00e7\u00e3o a uma caricatura de um rosto do que a seu original, mesmo em detrimento da simetria. <\/span><\/p>\n

<\/span><\/p>\n

Isolamento:<\/span><\/strong> Essa capacidade faz com que a gente consiga reduzir todos os detalhes de uma imagem a apenas suas formas essenciais. Essa \u00e9 a raz\u00e3o pela qual \u00e0s vezes achamos mais interessante o esbo\u00e7o de um p\u00e1ssaro rabiscado do que uma foto da mesma ave em alta resolu\u00e7\u00e3o. \u00c9 porque isso permite concentrar nosso sistema visual apenas no que \u00e9 essencial sem se distrair com detalhes irrelevantes. Nosso sistema l\u00edmbico tamb\u00e9m tem uns ataques de \u201cmenos \u00e9 mais\u201d de vez em quando.<\/span><\/p>\n

<\/span><\/p>\n

Resolu\u00e7\u00e3o de problemas perceptuais:<\/span><\/strong> Somos mais atra\u00eddos pela imagem de uma pessoa semi-encoberta por uma cortina transparente do que pela pessoa sem nada. Por qu\u00ea? \u00c9 que nosso c\u00e9rebro adora descobrir um objeto escondido, \u00e9 como um enigma visual. Cada vislumbre parcial do objeto faz a gente ficar contente e continuar a busca para ver o que h\u00e1 atr\u00e1s. N\u00e3o \u00e9 \u00e0 toa que publicit\u00e1rios trabalham tanto para evocar sensa\u00e7\u00f5es de ambig\u00fcidade, mudan\u00e7as e pico e paradoxos para fazer as coisas ficarem mais instigantes. <\/span><\/p>\n

<\/span><\/p>\n

Pois \u00e9, esses s\u00e3o os princ\u00edpios que tentam explicar a beleza comum, aquela que \u00e9 consenso e, mesmo assim baseada apenas em princ\u00edpios visuais est\u00e1ticos. Mas penso que uma coisa muito importante foi deixada de lado, e que, para mim, faz toda a diferen\u00e7a: \u00e9 a maneira como um animal ou uma pessoa se mexe. A gra\u00e7a com que um felino caminha, o dom\u00ednio do corpo na dan\u00e7a, a eleg\u00e2ncia e a atitude de uma pessoa; esses detalhes t\u00eam o poder de transformar patinhos feios em cisnes com muito mais efici\u00eancia do que qualquer pl\u00e1stica.<\/span><\/p>\n

<\/span><\/p>\n

Al\u00e9m disso, n\u00e3o d\u00e1 para esquecer justamente aquelas coisas que n\u00e3o se encaixam em nada disso, o que \u00e9 bonito s\u00f3 para a gente e para mais ningu\u00e9m. Todo mundo, no fundo, tem l\u00e1 seus filhotes de coruja.<\/span><\/p>\n

L\u00edgia Fascioni | www.ligiafascioni.com.br<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

A est\u00e9tica \u00e9 um assunto que me fascina. Por que algumas coisas nos encantam e outras n\u00e3o? O que \u00e9 a beleza? A revista Mente & C\u00e9rebro desse m\u00eas nos d\u00e1 algumas pistas com o artigo \u201cA neurologia da est\u00e9tica\u201d, escrito pelos neurocientistas americanos Vilayanur e Diane Ramachandran.<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":9444,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"footnotes":"","two_page_speed":[],"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false},"categories":[45,46,26],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/927"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=927"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/927\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=927"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=927"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.ligiafascioni.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=927"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}