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Comentários sobre: Yes is more! https://www.ligiafascioni.com.br/yes-is-more/ Tue, 20 Mar 2018 07:54:52 +0000 hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.4 Por: ligiafascioni https://www.ligiafascioni.com.br/yes-is-more/#comment-9665 Tue, 20 Mar 2018 07:54:52 +0000 http://www.ligiafascioni.com.br/?p=24875#comment-9665 Em resposta a Manuel Perez.

Entendi, Manuel! Também não tenho nada contra as casas Bahia; chamei atenção apenas para a associação automática a um determinado tipo de produto sem a gente conhecer a pessoa. Não vi a matéria da Casa Vogue nem o projeto, então não posso opinar a respeito desse tema. Mas, do pouco que sei sobre arquitetura, o arquiteto deve fazer entrevistas com quem vai morar no lugar para conhecer seus gostos e suas necessidades. Por isso, acho difícil que alguém faça um projeto tão elogiado desconsiderando totalmente o perfil da pessoa que vai morar. Mas você é arquiteto, deve saber melhor do que eu. Talvez isso não aconteça sempre…

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Por: Manuel Perez https://www.ligiafascioni.com.br/yes-is-more/#comment-9664 Mon, 19 Mar 2018 22:59:35 +0000 http://www.ligiafascioni.com.br/?p=24875#comment-9664 Nada contra casa Bahia, rs. Minha ex mora numa casa, projeto meu, bastante impactante…e tem na sala um sofá da Casa Bahia, um pinguim sobre a geladeira e uma jarra abacaxi, de plástico, cadeiras dinamarquesas originais, até o saca-rolha Anna G do Sandro Mendini. etc.. O preconceito foi a publicação da Casa Vogue, colocando como “até a empregada pode” ter acesso a um projeto arquitetônico. Infelizmente, a não ser que participe dos programas sociais que o IAB está lutando para implantar, não consegue ter acesso a um projeto completo, digo arquitetura, instalações, detalhes, etc…especialmente se for de um escritório estruturado, pois só o imposto consome cerca de 25 %. O que questiono é a inadequação dos projetos ao cliente, por isso acho interessante a colocação do Philip Johnson. Quanto ao fazer para ganhar prêmio, perfeito, mas com a coerência. Num dos primeiros concurso Opera Prima, destinados a estudantes de arquitetura, o vencedor foi um projeto, com certeza, não dentre os melhores, mas com uma apresentação animada fantástica.Pior que isso foi que o juri elogiou a apresentação, que foi evidentemente feita por profissionais altamente qualificados. Ficaram encantados com a apresentação não olharam o projeto. Nos concursos seguintes isso foi corrigido, estabelecendo-se critérios para as apresentações, o que permitia que uma equipe com menos recursos financeiros tivesse também chance de ser premiado. Bem, são as idiossincrasias do juri….

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Por: ligiafascioni https://www.ligiafascioni.com.br/yes-is-more/#comment-9663 Mon, 19 Mar 2018 14:02:06 +0000 http://www.ligiafascioni.com.br/?p=24875#comment-9663 Em resposta a Manuel Perez.

Sim, todo projeto de morar tem um objetivo (nem sempre compreendido por quem o visita). Tem um livro do Alain de Botton que fala sobre isso (aqui a resenha): http://www.ligiafascioni.com.br/objetos-intrigantes/

A questão é que a arquitetura traduz as pessoas. Como o Jean disse, ele prefere ser funcional e as pessoas que o procuram também têm esse objetivo, pois se identificam com os projetos dele. E isso é o que o faz ser tão respeitado e admirado na sua área; a sintonia com os clientes.

De minha parte, fico encantada com a ousadia e a diversão. Acho que isso é a graça do mundo. E não só na arquitetura, mas na arte, na literatura, na moda, em tudo. Isso está bem traduzido na minha casa, que, por dentro, não é nada convencional.

Também acho uó fazer projeto para ganhar prêmio, mas não sou tão simplista. Não penso que muitos dos projetos ousados tenham sido feitos com esse objetivo. O legal do mundo é justamente que as pessoas pensem tão diferente (e façam projetos, casas, tudo, completamente diferente um dos outros).

Sobre a faxineira, talvez seja um pouco preconceituoso achar que só por causa de sua profissão ela seja fã das casas Bahia. Pode ser que ela ame Phillip Starck e nunca tenha podido ter uma peça dele. E odeie pinguins de geladeira. Não sabemos (pelo menos, eu não sei, pois não a conheço). Talvez o arquiteto tenha pesquisado (faz parte do trabalho dele) né?

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Por: Manuel Perez https://www.ligiafascioni.com.br/yes-is-more/#comment-9662 Mon, 19 Mar 2018 13:41:51 +0000 http://www.ligiafascioni.com.br/?p=24875#comment-9662 O texto do Jean Tosetto, me remete ao um comentário que fiz sobre a premiação de uma casa para uma “empregada doméstica”, que me parece até preconceituosa a expressão. De fato ela é uma faxineira autônoma, que pelos menos aqui por estas bandas é um emprego com remuneração bastante razoável. O premiado projeto é absolutamente correto, certinho…..móveis adequados para o espaço, materiais aparentes, etc….enfimcas, uma boa casa para um arquiteto ou similar, rs.
Entretanto falta a alma do cliente….cadê o pinguim da geladeira, cadê p sofá da Casa Bahia, enfim…o espaço é totalmente inadequado à cliente. O projeto foi feito para ganhar prêmio e não atender ao cliente. Pergunto e respondo: É um bom projeto? Para mim não….Lembro também das aulas de Historia da Arte, quando meu professor, o grande João Evangelista de Andrade Filho falava da expressão…..de como a arquitetura deve refletir o espírito. Um exemplo clássico: As igrejas paleocristãs, remetem ao tempo recente, onde Cristo era uma memória recente. Abóbodas, lembrando o útero acolhedor, onde o fiel, conversava com Cristo, igrejas góticas, lindas, maravilhosas, resplandecentes,,,,Deus, lá em cima….oprimindo, distanciado dos fieis, que não mais conversam com ele, mas oram pedindo piedade. É a igreja dos senhores feudais e da opressão. Acho fantástico como essa situação fica claro quando se visita pessoalmente esses monumentos, não apenas para ver o espaço, mas sim para sentir o espaço. Uma dúvida que tenho é com a Sagrada Familia, de Barcelona. Um maravilhoso delírio……não se enquadra em nada

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Por: ligiafascioni https://www.ligiafascioni.com.br/yes-is-more/#comment-9661 Mon, 19 Mar 2018 13:09:07 +0000 http://www.ligiafascioni.com.br/?p=24875#comment-9661 Muito boa a sua observação!

A questão é que a arquitetura traduz as pessoas. Como você mesmo disse, prefere ser funcional e as pessoas que o procuram também têm esse objetivo, pois se identificam com os seus projetos. E isso é o que o faz ser tão respeitado e admirado na sua área; a sintonia com os clientes.

De minha parte, fico encantada com a ousadia e a diversão. Acho que isso é a graça do mundo. E não só na arquitetura, mas na arte, na literatura, na moda, em tudo. Isso está bem traduzido na minha casa, que, por dentro, não é nada convencional.

Também acho uó fazer projeto para ganhar prêmio, mas não sou tão simplista. Não penso que todos os projetos ousados tenham sido feitos com esse objetivo. O legal do mundo é justamente que as pessoas pensem tão diferente (e façam projetos, casas, tudo, completamente diferente um dos outros).

Ainda bem que há arquitetos para todos, né? Abraços e obrigada!

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Por: Jean Tosetto https://www.ligiafascioni.com.br/yes-is-more/#comment-9660 Mon, 19 Mar 2018 12:51:12 +0000 http://www.ligiafascioni.com.br/?p=24875#comment-9660 Prezada Fascioni, as técnicas construtivas atuais nos permitem construir rocamboles de vidros. São bonitos e arrojados. Mas são inabitáveis. Vejo a cafonice reinando na arquitetura praticada no meu entorno, com gente pendurando verdadeiras árvores de natal de ponta cabeça no teto, chamando aquilo de lustre.

Não vou me declarar minimalista, mas como arquiteto me enquadro mais na racionalização das formas que refletem a funcionalidade das obras. Nos meus projetos, procuro oferecer descanso para a vista das pessoas, inundadas de formas complexas e informações desconexas que pululam nas telas dos smartphones.

Reconheço que minhas casas chegam a ser discretas, perto das construções vizinhas que mesclam guarda-corpos de aço escovado com platibandas adornadas por cornijas de uma ordem perdida entre a toscana e a jônica. Mas felizmente tenho contratantes que se identificam comigo e que não gostam de bancar ostentações na sua morada.

A gente não precisa conceber um manifesto pós-modernista a cada projeto assinado. As pessoas não passam 10, 15 ou 20 anos economizando dinheiro para entregar tudo nas mãos de um arquiteto que deseja se promover impactando os outros. Elas economizam para morar na casa própria. Isso não rende gibi na Taschen, mas traz satisfação para muitos. Palavra de escoteiro.

Cordiali saluti!

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