O plástico e a preguiça

Vou confessar uma coisa; tenho horror, pavor, alergia, paúra, náuseas e mais um monte de coisas ruins quando vejo aquelas cadeiras brancas de plástico (as amarelas com propaganda de cerveja, então, são o fim da linha). Para mim, é uma das piores pragas da humanidade, uma elegia ao mau gosto, ao desleixo e à falta de estilo.

Sei que essas cadeiras (e mesas) são muito baratas. Mas além de feias e deselegantes, a maioria é de péssima qualidade. Já presenciei mais de uma vez a cena humilhante e constrangedora de alguém acima do peso se esborrachar no chão; merecia processo.

Já sei que vou levar uma chuva de pedradas e muita gente vai me acusar de elitista, fresca (sou mesmo) e chata (idem…eheheh). Podem julgar à vontade, mas, para mim, comprar (e usar!) esses “móveis” demonstra a mais pura preguiça e falta de capricho.

O argumento exaustivamente usado por fãs do “despojamento” é que essas cadeiras e mesas são muito baratas e acessíveis.  Gente, as lojas de móveis usados estão lotadas de coisas muito mais baratas, bacanas, sustentáveis e charmosas. Dá para comprar uma cadeira de cada tipo e pintar de cores diferentes. Fica muito mais bonito e não custa nenhum centavo a mais (talvez até muitos a menos).

Mas, se a pessoa insistir mesmo nas cadeiras plásticas, pelo menos que sejam coloridas e estilosas como essas, que achei aqui em um bar em Belo Horizonte. Pelo menos…

Fogo no céu

Eu sei que ceu não tem mais acento, mas ainda não consegui me acostumar… fica tão esquisito!

Bom, estou agora em Belo Horizonte (já virei mineira, sério!) para uma palestra na Federação das Unimeds e na viagem para cá tive a sorte de estar na poltrona certa na hora certa. Não parece uma cidade antiga sendo incendiada? Sei lá por que lembrei-me daquele episódio da história grega onde Arquimedes incendiou os navios na guerra contra os romanos usando lentes e espelhos para concentrar e refletir o sol. Show!

Pessoas invisíveis

Já faz um tempo recebi uma mensagem que me deixou comovida. Como a recebi de vários endereços diferentes, é possível que você também já a tenha lido, ainda mais porque, pesquisando no Google, descobri que a história é verdadeira e o texto é de 2004.

O caso é o seguinte: Fernando Braga da Costa, por sugestão de seu orientador de Mestrado em Psicologia, resolveu trabalhar como gari na própria universidade onde estudava para entender como esses profissionais eram vistos pela sociedade. Eis a conclusão, após 8 anos trabalhando na função: eles não são vistos.

Em Paris, até buraco na rua é chique!

Só a mesmo a maravilhosa Winnie Bastian (Design do Bom) para achar um luxo desses: a artista francesa Juliana Santacruz Herrera usa os buracos e imperfeições nas ruas da cidade luz para fazer suas intervenções para lá de coloridas. Pena que devem durar pouco, mas certamente a beleza criada vale o empenho. Tem experiência mais bacana que ver uma surpresa assim caminhando pelas ruas? Amei! E você?

Conjugal, frear e grandeza

Mais um contículo construído a partir de 3 palavras colhidas aleatoriamente no dicionário. Vamos lá.

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A mania da Bernadete de fingir que ia participar do casamento real já estava irritando o Gláucio e acabando com a paz conjugal. Onde já se viu? A louca gastou todas as economias para encomendar um vestido de rica e descobriu até um sujeito, lá em Beijo das Freiras, nos confins de Pernambuco, que fazia chapeus forrados de seda. Deu para grudar na televisão e fazer planos sobre o tal dia. Parecia que a doidivanas vivia numa realidade paralela; agora só falava em esmalte de unha. Nem a noiva devia estar assim tão envolvida em preparativos nesse nível de detalhe…

Coisa mais linda

Nossa, Vitória deve ser um lugar ótimo para morar. É uma ilha, mas quase completamente “abraçada” pelo continente e cheia de recortes, ilhas menores e praias charmosas. É a cidade com maior área verde por habitante do Brasil e dá para ver mesmo a lindeza que é. Sinceramente, não esperava que esse lugar fosse tão lindo; a gente quase não ouve falar daqui. A indústria é bem desenvolvida, ainda mais por causa da proximidade com os portos; e, pelo jeito, a riqueza é bem distribuída, pois além de uma das maiores rendas per capitas do país, é também um dos maiores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano).

Diferente?

Essa palavra, “diferente” e sua versão mais hype, a tal “diferenciada” carrega armadilhas perigosas. Se um profissional tem uma das duas na ponta da língua, cuidado. A tradução correta de “fiz assim para ficar diferente” é “fiquei com preguiça de pensar, dei uma enrolada e vê se não enche”.
O designer apresenta uma marca gráfica cheia de ornamentos árabes para uma cantina italiana. É só pressionar um pouquinho que ele revela:

— É que eu achei legal, tipo assim, fica diferente.
Gente que pensa, projeta, raciocina, sempre tem excelentes argumentos para defender seus projetos. E são argumentos bem diferentes, pode acreditar.

Papel ou iPad?

Nunca escondi de ninguém que sou viciada em papel; adoro. Mesmo assim, decidi dar uma chance para as plataformas virtuais, admitindo que sim, elas têm inúmeras vantagens. O ponto principal que sempre me incomodou em livros eletrônicos é a questão da incompatibilidade, pois, mídias virtuais, a gente sabe, têm prazo de validade e dependem de […]